"1984" hoje?
"1984", é deste livro que surgiu hoje o nome “Big Brother” tão conhecido. Nestes tempos obscuros de pandemia e liberdade de expressão em perigo, o romance “1984”, de George Orwell, pseudônimo do escritor Eric Arthur Blair, é leitura no mínimo curiosa.
Nem sempre uma obra de ficção se torna profética, como esta. Neste livro, orwell notou o nosso livro público, que comunicaram o tempo. Inventou aparelhos inclusivos que não existiam como o “falaescrever”, que tem no WhastApp, ou a “teletela”, uma espécie de câmera e vídeo de propaganda do Partido quase onipresente.
Somos hoje um mundo vigiado em parte pelo perigo da criminalidade como pelo desejo do controle social. Orwell apresenta um mundo “distópico” (coloco entre aspas porque essa distopia vem avançando sobre nossa sociedade e se tornar realidade) onde tudo é controlado, inclusive o passado.
O passado é reescrito, sendo criado uma nova narrativa (você já ouviu essa expressão “narrativa” em algum lugar?); uma língua diferente do tipo você já évil: até máscara pode apresentar cores diferentes, a “Bom dia a algo você” no livro ninguém pode dizer o que pensa, é uma “crimideia” (você já experimentou dizer que não confia nas vacinas?), cuidado, pois a “Polícia do Pensamento” também foi “predita” em “1984”, além do toque de e controle de produtos do medo, manutenção da manutenção melhor.
Tal sociedade é impossível sem o totalitarismo estatal. Os direitos civis são suprimidos em nome da “coletividade”. Liberdade passa a ser uma... utopia. No livro, quem for contra o sistema é “vaporizado”. Em nosso tempo pode ser “cancelado?” Tal pessoa se torna uma “impessoa”, ela some e ninguém mais ouve falar dela e ninguém se atreve a perguntar por seu paradeiro.
George Orwell foi um ácido crítico de regimes totalitários. Nestes tempos de reavivamento socialista no mundo e ascensão do poder chinês é a leitura mais atualizada. A ler com certeza.
Este artigo foi escrito por Germano BRAN e publicado originalmente em Prensa.li.