5 filmes sobre o sistema penitenciário brasileiro
Sem pena
Feito pelo diretor Eugênio Puppo, investiga como é a vida nas prisões brasileiras e a maneira que o sistema de justiça contribui com o aumento da população carcerária.
Além disso, são entrevistados várias pessoas que tem ou tiveram uma relação com a cadeia, porém, seus rostos não são mostrados, pois, a intenção é você refletir sobre esse tema sem se apegar a ninguém.
Ganhou, no Festival de Cinema de Brasília de 2014, o prêmio de melhor filme pelo júri popular.
Juízo
Dirigido por Maria Augusta Ramos, acompanha o julgamento e a internação de jovens infratores pobres acusados de crimes como tráfico, roubo e homicídio.
Como a lei brasileira proíbe mostrar os rostos de menores que cometeram crimes, a diretora os substitui por atores adolescentes que não cometeram infrações, mas vivem uma realidade parecida com a dos julgados.
Apesar de ser um filme que retrata a realidade desses jovens, a juíza Luciana Fiala de Siqueira de Carvalho também teve um grande destaque com sua atuação “dura” e “firme”.
Bagatela
Em outras palavras, significa soma insignificante de dinheiro ou objeto de pouco valor, ou utilidade.
É necessário saber a definição dessa palavra para entender o filme feito pela diretora Clara Ramos que nos mostra a história de três mulheres que foram presas cometendo o crime de bagatela.
A justiça, nestes casos, pode aplicar o princípio da insignificância, ou seja, não punir a pessoa, pois o seu ato não causou um dano grave ao patrimônio da vítima. Porém, tudo depende do juiz que vai julgar o caso.
Além de conhecer as mulheres que praticaram a bagatela, também é mostrado as diversas opiniões de especialistas em direito sobre esse tema.
O cárcere e a rua
Com esse filme, a cineasta Liliana Sulzbach, nos mostra as histórias de Cláudia, Betânia e Daniela que estão presas na Penitenciária Madre Pelletier, em Porto Alegre.
A primeira mulher apresentada é a Cláudia, que após muitos anos de cadeia, está prestes a ganhar a sua liberdade e assim se reaproximar de seu filho.
Depois você conhecerá Betânia, condenada por cometer assaltos a mão armada, também está perto de conseguir sua liberdade.
E por fim, Daniela que chega no presídio sendo acusada de matar o seu próprio filho e por causa disso recebe ameaças de outras presidiárias que não aceitam esse tipo de crime.
O documentário recebeu alguns prêmios como:
Kikito de ouro de melhor documentário no Festival de Gramado de 2004;
Melhor documentário brasileiro no Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte;
Prêmio José Lewgoy de Melhor Longa-Metragem Gaúcho;
Melhor filme do II Festival Internacional de Cinema Feminino;
Melhor documentário do Festival Internacional El Cojo Ojo (Espanha);
Melhor Documentário do Festival Cinema e Vídeo dos Países de Língua Portuguesa;
Melhor Filme do IV Encuentro Hispanoamericano de Vídeo Documental Independiente (México).
Se eu não tivesse amor
Filme feito pela diretora Geysa Chaves, retrata a vida de cinco mulheres presas na Penitenciária Talavera Bruce, localizado no Rio de Janeiro, que cometeram crimes por amor aos seus namorados, maridos ou companheiros.
O nome das presas que aceitam contar a sua história são:
Luciana Campos Tavares
Condenada a 10 anos de prisão por tráfico de entorpecentes.
Dione Normando Pires
Cumpre pena de 41 anos de prisão por roubos de carga e já foi eleita duas vezes Miss Garota Talavera Bruce, em 2007 e 2009.
Jaqueline Rodrigues
Cometia furtos a residência sendo condenada a 25 anos de prisão.
Jeniffer Claude Salagnac
Francesa, foi condena a 6 anos de reclusão por tráfico internacional de drogas quando, a pedido do seu marido, tentou voltar para a França com duas malas cheias de cocaína.
Jéssica Borges Cabeço
Cometia crimes como tráfico de drogas e assalto a mão armada, condenada a cumprir uma pena de 9 anos e 10 meses.
A visão do sistema penitenciário
Neste artigo, você leu um pequeno resumo de cinco filmes que retrataram o nosso sistema penitenciário brasileiro. Apesar de serem um pouco antigos, vale muito a pena assistir para entender esse tema que é discutido de forma bem equivocada.
Logo você pode encontrá-los na Netflix e YouTube, e assim formar sua própria opinião a respeito desse assunto.
Este artigo foi escrito por Michelle Mignac e publicado originalmente em Prensa.li.