A conquista da tecnologia CGI na indústria do entretenimento
Nas últimas semanas, os internautas estão comentando em suas redes sociais sobre a série do momento, Stranger Things, que teve sua 4°temporada lançada na plataforma da Netflix.
Além de ter uma narrativa envolvente, os espectadores estão admirados com os efeitos CGI que a série implantou em diversas cenas.
Por exemplo, a personagem Eleven, que é interpretada pela atriz Millie Bobby Brown, precisa fazer uma busca em suas memórias para recuperar suas habilidades especiais. Nos flashbacks, a personagem aparece ainda criança, e quando volta para o presente, ela já está crescida.
Esta transição entre a fase criança e adolescente de Eleven foi realizada graças a tecnologia CGI, que com a ajuda de uma criança como dublê, foi possível encaixar o rosto da atriz original na pequena dublê, já que a intérprete de Eleven não é mais criança.
Mas afinal, o que é a tecnologia CGI que tem crescido em alguns produtos na indústria do entretenimento?
Desdobrando o termo
CGI é uma palavra provinda de uma junção em inglês Computer Graphic Imagery que é um termo usado para produções de cinema, videogames e animações e que garantem a qualidade técnica dos efeitos especiais, ou seja, são imagens geradas pelo computador ( computação gráfica).
De acordo com o blog Hardware:
“ CGIs são imagens em 3D que visam ser o mais real possível, contando até mesmo com profundidade de campo, que é o que dá aquela sensação de que o elemento está mesmo ali e faz parte do ambiente. Um exemplo é o personagem Hulk, do filme dos Vingadores.”
É graças a este produto tecnológico que muitos filmes, animações e jogos proporcionam uma experiência visual bastante impactante. Com o auxílio de CGI, diretores e roteiristas de obras cinematográficas possuem liberdade na criação narrativa de seu filme, sem se preocupar se determinada ideia será ou não possível de fazer.
Atualmente, é possível observar os grandes passos da Indústria de efeitos, onde atores contracenam com o vazio cheios de fios e chips para que a perfeição da ilusão nos faça entretenimento.
É possível analisar essa evolução dentro de franquias que são conhecidas pelo público.
Por exemplo, Toy Story, animação famosa da Disney Pixar, apresenta claramente essa evolução em CGI com o passar dos anos. Isto se deve ao avanços dos meios tecnológicos na esfera global, e que foram adquiridos dentro do setor de entretenimento.
(Imagem: IGN Brasil, antes e depois do efeito visual do filme Toy Story)
Como o CGI pode ser usado?
Geralmente, o CGI pode ser utilizado de diversas maneiras por meio do objetivo do filme.
Em alguns filmes, os produtores podem exigir que seja colocada uma figura fictícia. Deste modo, os responsáveis pela edição conseguem, através do CGI, colocar uma figura virtual na cena. Um exemplo é o filme Jurassic Park, com a implantação virtual de dinossauros.
Já em outras obras do cinema, a CGI pode ser usada na chamada “captura de movimento”. Nesses casos, não é preciso criar uma figura virtual do zero no computador, pois o personagem é criado através de modificações a partir de uma pessoa real.
Ou seja, o ator interage e se movimenta normalmente, para depois, ser transformado no personagem da trama. Quer um exemplo? O vilão Thanos, de Vingadores.
Outra maneira de usar o CGI para dar um toque especial nos longas, é na implantação de cenários e paisagens.
Nessas horas, o fundo verde é escolhido, pois ele é capaz de ser modificado no momento da edição, onde os profissionais conseguem retirar a tela verde e colocar o fundo que desejarem. Um exemplo claro deste uso do CGI é no live-action, Alice no País das Maravilhas.
Porém, a tecnologia CGI também é capaz de substituir o papel dos atores em determinados momentos das cenas. Na contemporaneidade, algumas obras do cinema já não utilizam mais dublês para as cenas de luta e confrontos físicos, pois a computação gráfica consegue simular uma cena tão real quanto a cena literal.
A título de exemplo, Robert Downey Jr. e Tom Holland, os lendários Homem de Ferro e Homem-Aranha, respectivamente, já chegaram a ser substituídos em cenas de combate por meio de criações digitalizadas em algum cenário das últimas produções da Marvel, sendo computadorizados e se aproximando mais ainda da nossa realidade.
Então, será que no futuro a tecnologia CGI não precisará mais de atores e atrizes para compor algum filme real?
Bom, de acordo com o colunista Pedro Freitas, do web site Mega Curioso, a tecnologia revolucionou o modo de criar os efeitos especiais dos filmes, e parece que elas vieram mais para somar os roteiros principais e toda a corporação do entretenimento do que para substituir a essência humana das obras.
De modo lógico, Freitas acredita que atores e atrizes irão precisar se adaptar com este novo panorama de CGI, sem temer perder o cargo para algoritmos. O colunista ainda finaliza: "a tecnologia surge como uma grande amiga para que a criatividade possa ser exercida sem precedentes nas telonas.”
Mas e você? O que você acha sobre os efeitos CGI?
Este artigo foi escrito por Sarah Gomes e publicado originalmente em Prensa.li.