A evolução da internet: conheça o metaverso e saiba por que as empresas querem fazer parte dele
O metaverso é um negócio sério. Ou, pelo menos, tem todo o potencial para ser. Este novo conceito, que promete revolucionar o mundo dos negócios, do lazer e até das relações humanas, avança a passos largos e ninguém quer ficar de fora.
Algumas empresas brasileiras já estão investindo neste universo, que de acordo com uma notícia da Exame, promete movimentar valores estarrecedores: de US$ 8 a até US$13 trilhões. Tudo isso até 2030.
Tanta atenção e dinheiro merecem uma justificativa: acontece que o metaverso é uma evolução da Internet. Este novo espaço permite que o usuário vá além da navegação na tela para habitar ou participar de uma experiência compartilhada imersiva e persistente, abrangendo o espectro do nosso mundo real de forma virtual.
Ele compreende várias tecnologias, incluindo realidade estendida, blockchain, e inteligência artificial.
Como os games se mesclam com o metaverso?
Embora o metaverso apresente uma grande oportunidade para quase todas as indústrias, há uma em particular que foi o berço de mundos imersivos: o negócio multibilionário dos jogos virtuais.
É um espaço onde a inovação sempre foi confortável e as empresas fazem experimentos com usuários que se adaptam rapidamente às novas tecnologias.
Este setor fatura por ano:
US$ 200 bilhões diretamente, entre consoles, software, compras digitais de jogos, assinaturas e anúncios;
US$ 100 bilhões em acessórios e comunidades.
Este crescimento, que se aprofundou nos últimos dois anos, significa que esta tendência mobiliza mais dinheiro do que a indústria da música e do cinema juntos.
As oportunidades para o metaverso e os jogos são infinitas porque, hoje, a descentralização é o motor da mudança na tecnologia: os novos desenvolvimentos apostam na liberdade de decisão e na igualdade de oportunidades, promovendo maior transparência, segurança e escalabilidade.
No total, mais de 2,8 bilhões de pessoas em todo o mundo jogam em dispositivos móveis, PCs ou consoles. A América Latina não fica muito atrás com 289 milhões de jogadores. Se esse universo tem espaço para crescer, 70% da população online está dentro dele.
Qual é o papel das criptomoedas no metaverso?
O ecossistema cripto também faz parte dessa mudança de paradigmas que chega com o metaverso, e funciona como um canal para que esses dois mundos se tornem mais fortes.
De forma geral, existem dois modelos de metaverso:
Centralizado: o proposto pela Meta, com uma empresa que "governa" aquele mundo virtual;
Descentralizado: sem "autoridades" e baseado em blockchain, como a plataforma Decentraland, criada por argentinos e que tem sua própria moeda.
A maior oportunidade do metaverso está no seu uso em massa e na capacidade de integrar ferramentas. Quanto ao mundo das criptomoedas, os novos jogos vão incluir a tecnologia blockchain, primeiro com NFTs e depois com suas próprias moedas.
O metaverso é um universo inteiro a ser explorado, e reflete uma oportunidade única para marcas e anunciantes criarem experiências imersivas. Certamente eles têm a oportunidade de se fortalecer e estabelecer um relacionamento com os consumidores mais pessoal e próximo do que nunca.
Longe do estigma que os games online tinham (e que, para muitos, ainda têm), a indústria desponta como uma das grandes vencedoras da revolução imersiva proposta pelo metaverso. É exatamente por isso que ninguém quer ficar de fora.
Este artigo foi escrito por Bianca Lopes e publicado originalmente em Prensa.li.