A fraqueza de Joe Biden
Nessa segunda-feira (1), foi anunciado pelo governo norte-americano, que conseguiu matar o sucessor de Osama bin Laden, Ayman al-Zawahiri, na cidade de Cabul que fica no Afeganistão. Zawahiri tinha 71 anos e liderava a Al-Qaeda desde a morte de bin Laden, que também foi morto pelo governo dos Estados Unidos por causa dos atentados de 11 de setembro de 2001. Ao que parece – pelas notícias – o presidente Joe Biden anda em baixa e tem que tomar medidas de fortalecimento das políticas norte-americanas, pois, nos últimos tempos, vimos um enfraquecimento da força militar diante nações ditas rivais.
Como eu disse em um outro artigo aqui no Prensa sobre redes sociais, os norte-americanos parece não entender o mundo de hoje como não entendem que redes sociais (que alguns chamam mídias sociais), tendem a ter um certa adesão pelo gosto. Por isso alguns vão gostar de um Instagram e outros de um TikTok, não tem muito a ver com o formato delas ou seu conteúdo, mesmo o porquê, se aparecer um estranho no meu feed eu nem adiciono. Claro, que geopolíticas é algo muito mais complexo, tendem a ir muito no pensamento ideológico. Mas, não se enganem, política é muito mais prática do que ideológica.
Como disse um dos presidentes americanos, não existe nações “amigas” dentro da política, existem interesses. Biden é democrata – como Barack Obama – mas, mesmo assim, tem que arrumar uma nação que bateu recordes de inflação. Vendo um mundo caótico onde a Rússia invade a Ucrânia, onde existem doenças aparecendo, onde há a questão de Taiwan – que a China ameaça invadir sempre – e que, fazer medidas de proteção para si. Um grande desafio para um presidente fraco. Tão fraco, que, segundo o programa Morning Show da Jovem Pan, teve que pedir para uma deputada democrata, Nancy Pelosi, ir a ilha. Acontece, que o governo chines não gostou, e ameaça agora.
Claro, poderíamos usar a pergunta do seriado Chapolin: “quem poderá nos defender?”. Esse “nos” tem a ver com o ocidente, pois, durante a guerra fria, o ocidente com seus valores liberais e capitalistas – menos Cuba, claro – criaram uma dependência militar e cultural com a nação americana. A Europa – mãe do ocidente – depende energicamente da Rússia, ela depende militarmente dos Estados Unidos. EUA, Rússia e China, hoje, são potencias nucleares e, querendo ou não, seguram o mundo de terem uma terceira guerra mundial. Quem iria querer uma guerra nuclear?
Biden seguem a política norte-americana – que o filósofo Luiz Felipe Pondé chama de verdadeiro conservador – de intervenção e de construir um “inimigo” para juntar a nação americana. A pergunta é: a que preço? O ocidente vai pagar a conta disso tudo? Tanto do oriente médio, quanto de Taiwan, parece que sim. A Europa já pagou a conta e está pagando graças a Síria e a África – claro, a África foi detonada pela Europa a séculos - e, ao que parece, vai pagar a conta energética com a Rússia. Indo a pergunta: “quem poderá nos defender?”, garanto, que Biden não é o Chapolin Colorado.
Este artigo foi escrito por Amauri Nolasco Sanches Junior e publicado originalmente em Prensa.li.