A quarta-feira dos meses
Nem começo, nem fim — junho é esse meio perfeito para revisar rotas, intenções e decisões.
Junho chega sem alarde, mas marca algo importante: estamos na metade do ano. Talvez você tenha começado 2025 com resoluções ambiciosas. Talvez tenha dado conta de boa parte delas. Talvez não. Seja como for, esse é um bom momento para parar e perguntar: a direção que estou seguindo ainda faz sentido para mim?
Metade do ano é um lugar interessante para estar: nem tão perto do começo que pareça cedo demais para mudar, nem tão perto do fim que pareça tarde demais para tentar algo novo. É a quarta-feira dos meses.
Esse check-in do meio do ano pode ser menos sobre performance e mais sobre presença. É muito fácil manter o piloto automático ligado quando as engrenagens externas giram rápido — quando o trabalho exige, os projetos acumulam, as cobranças crescem. Mas é justamente por isso que parar e escutar sua própria bússola interna importa.
Algumas perguntas que podem guiar essa escuta:
O que eu queria no início do ano ainda me representa?
Tenho sentido satisfação no que faço — ou apenas funciono?
O que me deu energia nos últimos meses? O que drenou?
O que estou adiando por medo de parecer inconstante ou decepcionar alguém?
Como eu quero me sentir quando este ano terminar?
Nem sempre a gente precisa de uma grande crise para mudar. Às vezes, o verdadeiro ponto de virada começa com um incômodo leve, quase imperceptível. Um descompasso entre o que você faz e o que você sente. Um desejo de redirecionar, mesmo que ninguém além de você entenda o porquê.
Revisar a rota não é retroceder. É cuidar da sua energia, da sua clareza, da sua verdade. Tenho pensado bastante nisso (escrevi mais sobre o assunto na Prensa People da semana passada. Clica aqui pra ler.) E, se for preciso recomeçar, que seja com intenção.
Até semana que vem!