Com a evolução do sistema financeiro e o Open Banking sendo instaurado desde o fim de 2020, muitas instituições bancárias tiveram que se adaptar de forma ainda mais rápida para continuarem sendo competitivas.
Esse processo não é tão simples quanto parece. É preciso investir em novas tecnologias e garantir uma equipe qualificada para ter certeza que essa mudança terá resultados positivos.
Para isso, as instituições podem contar com algumas empresas que auxiliam e desenvolvem melhores meios e plataformas digitais. Uma dessas organizações é a Technisys.
A Technisys é um dos principais provedores mundiais de plataformas de banco digital da próxima geração.
O principal objetivo da empresa é ajudar os bancos tradicionais a se transformar em digitais, e a lançar no mercado challengers, neobancos e fintechs.
Esse processo é feito através de uma plataforma bancária de última geração, nativa na nuvem e baseada em APIs, que permite a esses bancos criarem, de maneira rápida e eficaz, experiências digitais inteligentes e empáticas de ponta a ponta.
Para explicar mais sobre a plataforma da Technisys, Inteligência Artificial e o futuro do sistema financeiro, chamamos Maristela Martins, Head of Sales, da empresa no Brasil.
Acompanhe a entrevista:
Fale um pouco sobre a sua trajetória, em especial relacionado a inovação e tecnologia financeira.
Trabalho há mais de 20 anos com soluções de produtos e serviços para o mercado financeiro. Tenho passagem por empresas líderes do segmento, como SAP, Temenos e Backbase e também por fintechs.
E já vi um pouco de tudo: Digital Banking, Core Banking, Onboarding, Payments, AI/ML, e-Wallets, Authentication, Identity & Access Management, Big Data, SaaS, IaaS, PaaS, BaaS, BaaP, Analytics, Cloud, e Robo Advisor.
Recentemente, tenho me especializado dentro do tema de Open Finance, ajudando bancos e empresas a acelerarem a transformação digital, ao mesmo tempo que constroem soluções cada vez mais personalizadas para os seus clientes.
O momento atual pede a criação de novos modelos de negócios digitais, combinando o valor agregado ao cliente junto com novas formas de monetização.
O conceito de Open já é parte do dia a dia da economia do mundo, e não há como voltar atrás. Na sua opinião, em especial no Brasil, quais as principais transformações que aconteceram com o mercado financeiro desde as primeiras abordagens sobre o modelo para aplicação no País?
Muitas mudanças estão acontecendo impulsionadas pela pandemia. Para começar, mudamos a nossa forma de viver, trabalhar e consumir.
A crescente onda de compras on-line é uma tendência que continuará em 2022, e isso se aplica inclusive para serviços financeiros. Um exemplo prático desta mudança no mundo financeiro é o PIX.
Desde o início, as operações superam 1 bilhão de PIX realizados. Esse pra mim é a principal transformação no mundo financeiro brasileiro.
Mas acredito que esta transformação não para por aí. O consumidor mudou, demandando mais soluções e produtos on-line e cada vez mais personalizado, e para isso as instituições precisaram se adaptar.
As transformações dentro das instituições também estão acontecendo em ritmo acelerado. Modernização do Core, Migração de Mainframe, adoção de cloud, APIs, microsserviços, são alguns dos exemplos de transformação que estão acontecendo em termos tecnológicos.
Por isso que o tema da transformação digital passou a ser mandatório da agenda de todo o C-Level.
E “logo, logo” os consumidores começaram a ver mais melhorias, na qualidade das ofertas, na rapidez de acesso às informações, ofertas mais interessantes e individualizadas para a sua necessidade, e muito mais.
Há espaço para inovações ainda mais impactantes no curto e médio prazo?
Com certeza. O Banco Central já anunciou que está desenvolvendo sua própria moeda digital, Real Digital ou CBDC (Central Bank Digital Currency), e que está analisando outras frentes como o ecossistema de DeFi (Finanças Descentralizadas), NFTs e o metaverso, que poderão no futuro ser integradas à plataforma do Real Digital.
O que é a plataforma Cyberbank da Technisys e como ela está relacionada às necessidades que organizações têm frente ao advento Open?
O Cyberbank é uma plataforma completa, full stack para bancos digitais, ou seja, possui uma camada de aceleração de engajamento digital combinado com um core de próxima geração. Isso permite aos bancos, sejam eles já digitais ou tradicionais, se transformarem e competir no mundo digital que vivemos.
A plataforma Cyberbank foi projetado para expor automaticamente seus serviços através de Open API’s, permitindo que o banco interaja com seus próprios canais, participe de ecossistemas abertos, bem como integrações diretas de sistemas de terceiros com um único ponto de entrada. Já nascemos como uma plataforma aberta e prontos para os desafios relacionados a um modelo aberto.
Como o uso de IA transforma a aplicação e o uso das soluções da Technisys?
O uso de IA em um contexto de banco conversacional permite que as instituições financeiras ofereçam diferenciação através de ofertas de produtos e serviços personalizados, de forma proativa e orientada a dados, atendendo necessidades exclusivas de cada cliente, dinamicamente, no canal que o cliente escolher.
A plataforma Cyberbank da Technisys aproveita o poder e a percepção que são fornecidos pelos dados e os integra com tecnologia de ponta para oferecer flexibilidade.
Flexibilidade que permite às instituições financeiras criar e adaptar qualquer produto financeiro, em segundos, proporcionando uma experiência digital ininterrupta em cada ponto de interação com o cliente, independentemente do canal escolhido.
A incorporação do uso de IA na plataforma Cyberbank da Technisys garante que os bancos consigam entender melhor o seu cliente e prover empatia, através da engenharia de empatia, construída com o Natural Language Process, uma tecnologia que consegue analisar sentimentos e detectar emoções sugerindo ações proativas durante a interação com o cliente.
Em geral, com esta solução os bancos conseguem aumentar o engajamento com os clientes, reduzir o custo com o call center, ao mesmo tempo que elimina a fricção na interação com o cliente durante as mudanças de canais.
O que é e quais são (ou quais podem ser) os impactos do Banco Conversacional nos modelos bancários de hoje?
O Banco Conversacional (ou Conversational Banking) nada mais é do que um chatbot, que pode ser feito por mensagem de texto, vídeo ou voz.
Este tipo de tecnologia nós já conhecemos e utilizamos, o chat on-line. O que está mudando é que a Inteligência Artificial/Machine Learning está sendo aplicada também nesses chats, trazendo o entendimento do sentimento por trás da conversa. Através de ações empáticas, ele consegue sugerir o melhor caminho para a conversa, inclusive para encaminhar para um atendente humano.
Então, o impacto do Conversational Banking + AI/ML ajudará as empresas a trazerem uma maior humanização durante as interações com os seus clientes.
E o que nós da Technisys estamos vendo, é que após a implementação da solução, 80% dos problemas conseguem ser resolvidos através da solução e 20% somente ficam com a necessidade de ter interação humana.
E isso reduz radicalmente o custo e o número de chamadas no call center, por exemplo.
O que significa “contextual banking”, e como se relaciona com tecnologia?
Contextual Banking acontece quando o banco cria e oferece soluções personalizadas para o seu cliente, entendendo o contexto que ele vive no momento. Por isso a expressão “contextual banking”.
E esse, no meu ver, é o futuro. Os bancos conhecendo cada vez mais o seu cliente, o seu contexto de vida, objetivos, o que gosta, o que curte nas mídias sociais, e com isso propor ações, ofertas de produtos e recomendações para melhorar a sua vida como um todo.
No que mais a Inteligência Artificial pode ajudar em relação ao conceito de contextual banking?
O contexto de um mundo "Open" permite que isso se torne uma realidade muito rapidamente. Assim que a fase 4 do Open Finance estiver implementada, acredito que veremos estas ofertas hiper personalizadas em massa, e novamente a inteligência artificial/ machine learning, analytics sendo ferramentas cruciais nas estratégias de negócio, já que são facilmente escaláveis.
O que podemos esperar para o cenário de pós-pandemia em relação a soluções e oportunidades “Open”, tanto para organizações quanto para cidadãos brasileiros?
Veremos um movimento nas instituições querendo entender cada vez mais o seu cliente para poder criar soluções cada vez mais personalizadas.
Os produtos e soluções financeiras ficaram cada vez mais 'invisíveis'. Parcerias intensificadas em todas as indústrias e entre indústrias.
E aí existem dois movimentos: o de Embedded Finance (Finanças Embutidas) e o de Beyond Finance, ou Super App. No primeiro, atividades de BaaS (Banking as a Service) e FaaS (Fintech as a Service) ganham mais força, já que é uma forma rápida de embutir finanças nos negócios.
Já no segundo, é o movimento inverso, que vemos principalmente nos bancos, que estão expandindo o seu portfólio, agregando soluções não-financeiras que fazem parte da vida do seu cliente.
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