A tecnologia vai roubar seu emprego?
O mercado de trabalho está e ficará cada vez mais amplo na quantidade de atuações. Por mais que tenham alguns defasados – e incorretos – preconceitos de que a tecnologia irá roubar os empregos das pessoas, na verdade, essa é uma das principais áreas que mais gera melhorias nas profissões existentes e diversas atuações profissionais inteiramente novas.
Desenvolvedores de ecossistemas do Metaverso, manutenção de robôs industriais, advogados de Smart Contracts, mecânicos de drones, analistas Front-End, analistas Back-End, Full-Stack, gerentes de Business Intelligence, cientistas de Machine Learning...
Essas e centenas de outras são profissões que não existiam há 2 anos, 5 anos, 10 anos e por aí vai, que só permitiram mais e mais vagas de emprego por meio do avanço da tecnologia. Conforme os dias passam, cada vez mais descobertas e invenções são feitas pelas empresas, instituições de ensino e laboratórios, e todas elas geram um ou mais novas atuações profissionais que demandam de muitos empregos para atuar com elas, e que podem se aplicar e impactar diversas indústrias ao mesmo tempo.
Jovens que buscam se inserir no mercado de trabalho e até pessoas já trabalhando e experientes na área recebem progressivas chances de melhorar em suas carreiras, adentrar em novas e necessárias carreiras que surgem com as mudanças tecnológicas no mercado, e assim, beneficiar suas próprias rotinas e qualidade de vida.
A Lei de Conservação das Massas, ou Lei de Lavoisier, sobre reações químicas na natureza, por mais que seja de um autor antigo e com algumas variações científicas para cada área, se resume na filosófica e conhecida frase: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, e tem muito a ver com a relação entre o mercado de trabalho e os avanços da tecnologia.
Quando ainda não havia luz elétrica nas cidades e os postes iluminavam com o uso de gás e combustíveis, muitas pessoas com a profissão de acendedor de poste não ficaram sem emprego. Elas migraram sua atuação de ficar andando por toda a cidade durante à noite para a área da mecânica e instalação dos novos sistemas elétricos que surgiram.
Carregadores de troncos e enormes toras de madeira migraram dessa área de extremo desgaste físico para a área de pilotagem, direção ou manutenção dos equipamentos, automóveis e embarcações que agora os poupam desse cansaço e realizam os trabalhos de forma muito mais ágil.
Esses exemplos parecem muito antigos para você? É para serem mesmo!
A tecnologia nunca roubou os empregos e nem vai. O que ela faz é o que sempre fez desde séculos atrás: Transformar os empregos e as rotinas existentes para a melhor, gerando novas atuações, nos poupando de tarefas repetitivas, manuais, desgastantes para a nossa saúde e – muitas vezes – até para o meio ambiente e para a economia da sociedade.
Quem não busca aceitar esse fato e se adaptar à essas mudanças que ocorrem desde que o mundo é mundo, provavelmente ficará sem o trabalho que tinha antes, mas isso não significa que ele será deletado do mundo. Como na Lei de Lavoisier, o que ocorre é que os trabalhos se transformam, adaptando os conhecimentos necessários dos profissionais para poder executá-los conforme surgem, mas permitindo salários cada vez maiores e muito mais qualidade de vida para essas pessoas – se tudo for gerenciado corretamente.
Este artigo foi escrito por Gabriel Tessarini e publicado originalmente em Prensa.li.