A tokenização como entrada em escala global no mercado financeiro
Saiba mais sobre como a tokenização pode impulsionar o pioneirismo do sistema financeiro do Brasil, com detalhes do painel que reuniu BACEN, ABCripto, Parfin, CVM, Avanade e Bee4 no Febraban Tech.
Em um dos painéis mais aguardados do terceiro e último dia da 34ª edição do Febraban Tech, o líder da iniciativa DREX e servidor do Banco Central do Brasil desde 1998, Fabio Araújo, se reuniu — em uma conversa moderada por Courtnay Nery Guimarães, Director - Digital Enterprise Practice e Chief Scientist Meta Economy & Emerging Technologies na Avanade, com os especialistas Bernardo Srur, CEO da ABCripto, Jorge Casara, Inspector da CVM, Marcos Viriato, CEO da Parfin, e Patricia Stille, CEO da Bee4, para falar sobre a tokenização como entrada para a escala global.
Araujo comentou a posição em que o Brasil se encontra com relação ao mercado internacional:
"O projeto PIX posicionou o Brasil como um dos principais participantes na arena global de finanças. Nossa intenção é que a tokenização seja mais um fator que impulsione esta principalidade perante o sistema financeiro mundial."
Os palestrantes falaram sobre este pioneirismo do Brasil com relação a outros países, lembrando que os pagamentos instantâneos, por exemplo, são uma realidade comum para os brasileiros enquanto são impensáveis em diversos territórios.
No aspecto da tokenização, Srur lembrou que a primeira tokenização de dívida pública foi no Brasil, em 2019:
"Somos os primeiros a ter uma licença para tokenização de dívida e sua distribuição. Estamos ativamente trabalhando a criptoeconomia para caber no sistema financeiro nacional — não encontramos ações como estas em nenhum outro lugar do mundo."
Sobre a fase atual do DREX, Fabio compartilhou:
"A fase 2, de business cases, tem o objetivo de criar a governança de entrada de novos serviços com base na livre abertura para o mercado. Um dos pontos fundamentais desta plataforma é incentivar o direito de errar, para corrigir antes de chegar na população.
Nossa intenção é tropeçar no máximo de pedras possível e, assim, poder abrir oficialmente para o mercado com o mínimo de empecilhos possível. Aprender com agilidade, lidar com as dificuldades rapidamente e, assim, fazer a governança necessária para que os erros não se repitam."
Como disse uma participante da plateia ao fim do painel: os Estados Unidos inovam e a Europa regula — mas é o Brasil quem faz.