APIs são interfaces utilizadas dentro de recursos de uma organização, onde o gerenciamento dessas interfaces juntamente aos próprios recursos, acaba sendo um excelente meio de manipulação.
APIs devem sempre ser pensadas e manejadas com o consumidor final em mente, no final das contas, uma API só agrega valor quando está sendo utilizada e não por simplesmente existir. Adotar a perspectiva do consumidor, pode ajudar em uma melhor avaliação e entendimento dos aspectos técnicos e comerciais destas interfaces.
APIs como produtos
De acordo com Erik Wilde para que uma cerveja seja distribuída aos seus consumidores finais, precisa ser embalada em uma lata ou garrafa, as APIs, na verdade, não são a cerveja, mas sim o me canismo de entrega. Assim, a cerveja é o valor e a experiência que você deseja fornecer e entregar ao seu consumidor.
“O maior valor não está no mecanismo de entrega, muitas conversas técnicas se perdem nesse ponto de vista. No entanto, ninguém vai usar sua aplicação e ter o valor e a experiência desejadas, se esta não for entregue”, comenta Erik. Com isso, a capacidade de uma API acaba se tornando muito mais importante que a sua interface, pois se você entregar um produto de uma forma que dificulte a experiência do seu consumidor, o valor do seu produto também vai acabar sendo reduzido.
Desta forma, existem três pontos importantes que precisam ser levados em consideração quando falamos em APIs como produtos e o valor e experiência que são produzidos quando estiverem disponíveis no mercado:
Valor do produto;
API landscape: Como entregar um produto que funcione para os consumidores e que seja disseminado além do portfólio do meu produto;
API individual: Pensar em um desgin específico de API para o produto que você deseja entregar;
Tendo em mente que as APIs são um mecanismo de entrega, precisamos pensar nas diferenças que envolvem os vários modelos de APIs. A principal diferença, por exemplo, de uma API privada para uma pública, é que na privada, as pessoas envolvidas com o sistema de aplicação conhecem muito bem suas capacidades e forma de funcionamento, mas ao tornar pública, nem todas as pessoas que entrarem em contato com ela saberão entender.
Essa falha de compreensão de um aplicação, pode gerar alterações graves e que resultem em falhas de segurança. Com isso, torna-se extremamente importante que design dessa API facilite em poucos minutos a sua compreensão e sempre levando em consideração quem é o seu público. Erik afirma que “uma API não tem valor em si mesma, ela só tem valor no momento que for consumida”.
Este artigo foi escrito por Erik Wilde e publicado originalmente em Prensa.li.