Bancos estreiam Pix automático: o que muda?
Solução permite o pagamento periódico de contas recorrentes de forma ainda mais prática
Com mais de 175 milhões de usuários e novidades batendo à porta como o subtituto do débito automático, o Pix é unanimidade no Brasil. Para além das fronteiras brazucas, o sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central (BC) também se tornou uma referência.
O Pix automático ficou disponível nos bancos no último dia 16 de junho, com pessoas físicas como pagadoras e empresas como recebedoras, a ferramenta vai permitir o agendamento de despesas periódicas e recorrentes como contas de luz, mensalidades escolares, academias e serviços por assinatura.
Quais são as funcionalidades do Pix automático?
Empresa (academias, escolas, streaming, etc.) oferece Pix Automático como forma de pagamento de seus produtos ou serviços;
Pagador autoriza o pagamento das cobranças por Pix Automático e define regras, como o valor máximo de cada pagamento e se vai usar ou não linha de crédito;
Periodicamente, nos dias anteriores ao pagamento, a empresa envia cobrança ao banco do pagador;
O banco do pagador agenda o pagamento e notifica o pagador, que pode conferir, antes do pagamento e no app da sua conta, se está tudo certo;
No dia do pagamento, o banco do pagador efetiva o pagamento da cobrança de acordo com as regras definidas na autorização.
A ferramenta pretende beneficiar tanto empresas quanto consumidores. De acordo com o Banco Central (BC), o débito automático beneficiará até 60 milhões de brasileiros sem cartão de crédito.
Com essa modalidade de Pix Automático, o BC calcula que as empresas que receberão por essa modalidade de pagamento vão conseguir diminuir os custos de cobrança, pois essa operação independe de convênios bilaterais, como ocorre atualmente no débito em conta, e usa a infraestrutura criada para o funcionamento do Pix.
No entanto, as instituições ainda se preocupam com os riscos de segurança. O principal são falsas empresas que enviam propostas de cobrança que irão para contas de terceiros. Para minimizar o risco de golpes, o BC editou uma série de normas para as empresas que aderirem ao Pix automático.
Para as empresas, a nova tecnologia facilitará a cobrança ao simplificar a adesão à cobrança automática. Isso porque, o débito automático exige convênios com cada um dos bancos, o que na prática só era possível a grandes companhias. Com o Pix automático, bastará a empresa ou o MEI pedir a adesão ao banco onde tem conta. Por causa disso, ele ressaltou que essa nova modalidade do Pix deverá também ampliar o acesso para pessoas jurídicas menores.
“Pelo lado das empresas, eu acho que também vai ter um tremendo impacto porque atualmente a empresa precisa ter cerca de 200 contas bancárias. Se ela quiser atingir os clientes de uma certa instituição, a empresa tem que ter um convênio com aquela instituição [bancária] para poder oferecer o débito automático aos clientes que ela está mirando. Imagina o custo de transação e o custo legal de gerir isso tudo! O Pix Automático vai permitir que uma empresa consolide toda a sua atividade numa única instituição”, explicou Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, em entrevista concedida a jornalistas durante o evento.
Como autorizar um pagamento via Pix automático?
O Banco Central prevê quatro formas para o usuário autorizar cobranças recorrentes via Pix automático:
Notificação no app (sem QR Code): O recebedor solicita a autorização, e o banco do pagador notifica o usuário no aplicativo para concluir o processo.
QR Code com dados da recorrência: O pagador escaneia o código e autoriza a recorrência no app do banco, sem cobrança imediata.
QR Code com pagamento imediato + recorrência: O QR Code inclui um Pix comum e a recorrência; ao pagar, o usuário também autoriza futuras cobranças.
QR Code com opção de autorizar após o pagamento: O pagamento e a autorização são separados; após pagar ou agendar, o usuário recebe a oferta de autorizar o Pix Automático.
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