The Bold Type - A jornada para a vida adulta
As redes de streaming têm se tornado aliadas na busca por entretenimento durante a pandemia e com tantas opções diferentes do que assistir aqui vai uma dica: a série “The Bold Type” ou “Poder feminino” na tradução para Portugês (br) da Netflix.
A série, com quatro temporadas já disponíveis na Netflix e uma quinta ainda sem data de estreia na plataforma de Streaming, mostra de maneira irreverente, divertida e inteligente a vida de três amigas que ocupam cargos distintos na famosa, glamurosa e ficcional revista Scarlet.
Originalmente a série estreou em 2017 nos Estados Unidos, e chegou à Netflix somente em Maio de 2021, estreando simultaneamente em vários países incluindo o Brasil.
Com tiradas inteligentes e situações que nos fazem refletir sobre vários aspectos da vida, a série aborda a trajetória e os recortes de Jane Sloan (interpretada por Katie Stevens), recém contratada como escritora da Scarlet, Kat Edison (Aisha Dee), chefe de mídias sociais da revista e a assistente Sutton Brady (Meghann Fahy). Juntas as três formam uma amizade baseada em lealdade, risadas, respeito, autoconhecimento e aprendizagem.
A série consegue, ainda, mesclar ficção e realidade abordando assuntos importantes e sérios como racismo, violência, abuso, relações familiares, feminismo, política e sexualidade de forma ampla e não romantizada, reflexiva e leve, respeitando o lugar de fala de cada pessoa.
Os personagens (não tão) secundários
Além das três personagens centrais, o enredo ainda apresenta Jacqueline Carlyle (Melora Hardin), editora chefe da Scarlet que quebra o padrão de chefes más e arrogantes, sendo completamente aberta a conversas sinceras e amistosas, dando credibilidade, conselhos e confiabilidade principalmente a Jane Sloan, que muitas vezes duvida de seu talento como escritora, mas também se mostrando uma mulher de pulso firme na tomada de decisões sérias e valiosas para garantir o sucesso e o futuro da revista, o chefe do departamento de moda Oliver Grayson (Stephen Conrad Moore), que no começo parece ser meio fechado, mas com o passar dos episódios e das temporadas se mostra um homem de humor ácido, mas de caráter bom e o membro do conselho editorial da Scarlet, Richard Hunter(Sam Page), um dos galãs da série.
Obviamente o arco de personagens não para por aí e cada vez mais personagens secundários vão chegando na vida das personagens principais e ficando cada vez mais, tendo inclusive parte de suas histórias contadas em determinados episódios.
Além do pessoal
O grande foco de The Bold Type é mostrar o dia a dia e os bastidores de uma revista que fala sobre empoderamento feminino, assim como mostrar a vida de três de suas integrantes e as dificuldades de ser jovem adulto em uma cidade grande como Nova Iorque. A série é sobre correr riscos, se descobrir, ter coragem, ir atrás dos seus sonhos e aprender a lidar com as possíveis falhas da caminhada para a vida adulta. É uma degustação nostálgica, ou futurista para o espectador que passou ou passará por essa fase da vida.
É uma comédia dramática que inspira, acredito que, em grande maioria as mulheres a lutarem por seus direitos e ideais.
Aos que ainda não se convenceram…
Além de todas essas abordagens fascinantes que a série mostra, há algumas curiosidades: ela foi baseada na vida de Joanna Coles, ex-editora-chefe da revista Cosmopolitan. Inicialmente o nome da série seria Issues (Problemas, na tradução livre), só depois seu nome foi mudado para The Bold Type (algo como Escrita em negrito, em tradução livre). Joana Coles é uma das produtoras executivas da série e a Jacqueline Carlyle foi baseada nela.
Sem contar com suas críticas ótimas no site Rotten Tomatoes, onde a série teve uma aprovação de 91% pelos críticos e 76% pela audiência.
E aí, consegui te convencer a maratonar The Bold Type? Diz aí!
Imagem de capa - As inseparáveis amigas, Jane, Kat e Sutton. / Créditos: Netflix Brasil no Instagram
Este artigo foi escrito por Mariana da Silva e publicado originalmente em Prensa.li.