Brasil registra maior inflação em 7 anos
Não é novidade que os preços em geral têm aumentado nos últimos meses. O valor da cesta básica, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), custa em média R$ 830 reais diante o salário mínimo de R$ 1.210 reais atualmente.
Em 2022, pesquisas divulgadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) revelam que 2021 apresentou a maior taxa de inflação desde 2015, que foi de 10,67%. A inflação atinge a marca de 10,06%, tendo como setores mais impactados o transporte e a habitação. Esses dados só confirmam o que o bolso de muitas famílias brasileiras vem sentindo ao longo da pandemia.
Os reajustes do diesel e gasolina propiciam o aumento nos transportes, como o valor de carros novos e aplicativos de viagens. Em 2021, a gasolina chegou a aproximadamente R$ 7,00 reais o litro nos postos de combustíveis, impactando diversos setores, principalmente o automotivo.
Por outro lado, a habitação representa cerca de 13% da inflação de 2021. Isso porque ao falarmos sobre o valor da habitação, valores como o custo da cesta básica e insumos básicos impactam diretamente. A conta de luz e o valor do aluguel, por exemplo, são dados analisados neste contexto. Desse modo, a alimentação também pode ser entendida como um dos agentes da inflação, já que os dados de dezembro de 2021 a indicam como a maior influenciadora para o aumento da inflação.
Os mais atingidos pela alto dos valores inflacionários são as classes mais pobres da sociedade brasileira. A fome somou 19 milhões de pessoas, cerca de 9% da população.
A pandemia agravou o cenário econômico em todo o mundo, resultando assim no Brasil em 3º lugar no ranking das maiores inflações de 2021. O país fica atrás somente da Argentina e Turquia.
Este artigo foi escrito por Amanda Casado e publicado originalmente em Prensa.li.