Brasil salta da 71ª posição para 18ª no ranking mundial de cibersegurança
Levantamento da UIT, agência ligada às Nações Unidas, ainda mostrou que mundo pode perder US$ 6 trilhões por causa de crimes cibernéticos
Crimes cibernéticos avançaram no mundo durante a pandemia e mais países passaram a adotar estratégias de segurança. É o que aponta o recente relatório da UIT (União Internacional de Telecomunicações), agência ligada às Nações Unidas. Brasil se destaca e avança 53 posições no ranking mundial de cibersegurança.
Pandemia agrava ataques cibernéticos no mundo
Mundo pode perder US$ 6 trilhões por causa de crimes cibernéticos. Relatório da UIT mostrou aumento de 64% no número de países que adotaram estratégia de segurança cibernética durante a pandeia.
Com o crescimento do home-office no período, cerca de um bilhão de usuários ingressou na internet entre 2015 e 2019, no mundo. Por isso, os governos tiveram que investir na proteção de dados.
“Tempos difíceis como os atuais e com o aumento do número de pessoas dependendo das tecnologias de informação para conduzir a economia e a produção, é mais importante do que antes assegurar o espaço cibernético e criar a confiança dos internautas”, afirmou o secretário-geral da UIT, Houlin Zhao.
Brasil avança no combate aos crimes cibernéticos
O Brasil foi um dos países que investiram em mais segurança contra os crimes cibernéticos. Relatório da UIT apontou que o País, que antes ocupava a 71ª posição no ranking mundial de cibersegurança, agora, está na a 18ª colocação, entre as 194 nações pesquisadas. Na América Latina, o Brasil está em 3° lugar no ranking.
A FAB (Força Aérea Brasileira) é a responsável pela frente de trabalho de segurança nacional contra os crimes online. Em 2020, o Ministério da Defesa criou o Sistema Militar de Defesa Cibernética (SMDC), em cumprimento à Política Cibernética de Defesa.
A FAB, então, é a responsável pela proteção nacional contra os ciberataques, o que inclui a segurança de setores essenciais, como hidrelétricas, abastecimento de água e sistema financeiro.
Brasil salta da 71ª posição para 18ª no ranking mundial de cibersegurança, mas enfrenta desafios/ Freepik
Mas Brasil ainda enfrenta desafios
Apesar dos esforços e da colocação de destaque, os ataques de hackers ainda são constantes e provocam estragos às instituições no Brasil. O mais recente foi o que atingiu a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
Em janeiro de 2022, o ataque cibernético que derrubou os sistemas do Ministério da Saúde ainda provocava falhas na rede que reúne os registros do SUS (Sistema Único de Saúde) nos Estados e municípios.
O problema provocou desatualizações no números da pandemia da Covid-19. A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) não conseguiu emitir os relatórios sobre gripe, no período, e o aplicativo ConcetSUS não atualizou os dados de exames e da Campanha Nacional de Vacinação contra Covid-19.
Este artigo foi escrito por Sandra Riva e publicado originalmente em Prensa.li.