"Bug hunters”: conheça detalhes da profissão milionária
Esqueça o velho estereótipo de que os hackers são criminosos virtuais. Atualmente, o hacker ético tem sido uma prática cada vez mais adotada no Brasil e no mundo. Em busca de recompensas milionárias, os chamados “bugs hunters” dedicam horas do seu dia à procura de vulnerabilidades em sites. Mas o que, de fato, chama tanto a atenção nessa profissão?
1. Motivação Financeira
Esse é, sem sombras de dúvidas, o principal motivo. A esperança de encontrar uma falha em um site famoso e receber uma boa recompensa em dinheiro é o que motiva muitos adolescentes e adultos a passarem dias, ou até mesmo meses, testando cada funcionalidade de uma página esperando encontrar um detalhe indevido.
Dentro das próprias plataformas colaborativas de recompensa por bugs aparecem listas de sites para serem realizadas buscas. Também tem as regras (quais tipos de falhas podem ser procuradas e quais não) e por fim, qual a recompensa em dinheiro. Geralmente, esses valores variam de acordo com o impacto do bug – podendo ser classificados em baixo, médio, alto e crítico. Quanto mais grave for a falha, maior é a recompensa, podendo variar entre US $150 a US $2.400. No entanto, existem casos de empresas que pagam até 100 mil como recompensa. Este é o caso, por exemplo, da Microsoft, maior empresa de software do mundo.
Alguns usuários, já conseguiram ultrapassar US $2 milhões em recompensas. Outros, infelizmente, acumulam bugs em níveis mais baixos, com alta probabilidade de não serem recompensados. Caso isso aconteça, podem receber brindes como camisetas e canecas.
2. Busca por uma ocupação ou hobby
A maioria dos adeptos do bug bounty, são adolescentes menores de idade. Curiosos, sem terem muito o que fazer com tanta fome de aprendizado, esses jovens procuram se aprofundar cada vez mais no mundo da tecnologia. Assim, trazem soluções para falhas esquecidas pelos melhores desenvolvedores do mundo.
O fato de ainda serem jovens demais para terem um salário fixo também influencia bastante o início da prática, visto que muitas das plataformas de bug bounty não exigem uma idade ou grau de conhecimento mínimo. Desse modo, não importa se você tem 14 ou 30 anos, o que importa é sua vontade de aprender e persistência.
3. Promessa de um futuro garantido
Com o mercado de trabalho cada vez mais concorrido, as pessoas estão começando a procurar por áreas que tendem a crescer nos próximos anos. Em apenas dez anos, a média de crescimento de serviços de tecnologia ultrapassou os 118% no Brasil. Além disso, o esperado é que o país tenha cerca de um milhão de profissionais de tecnologia até 2030. Ou seja, mesmo que seja um hobby, adotando a prática do bug bounty a pessoa estará adquirindo conhecimento e experiência, que a ajudará a encontrar um emprego na área em que deseja seguir.
4. Como posso começar no bug bounty?
Para começar nessa área, é bom que você já conheça fundamentos de programação. Se possui pouco conhecimento, foque em apenas um tipo de vulnerabilidade. Evite pensar apenas em dinheiro, pois pode ser que tenha que estudar mais e esperar um pouco até conseguir sua primeira recompensa. E caso encontre falhas, prepare relatórios claros, que alertem sobre como essa falha pode se tornar um problema grave.
Um exemplo de plataforma onde poderá começar a praticar é a Bug Hunt, primeira plataforma de bug bounty do Brasil.
Imagem de capa via Pexels
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Este artigo foi escrito por Laisa Santos e publicado originalmente em Prensa.li.