Carnaval e a alegria do vírus
Foto: Fernando Grilli | Riotur
Vamos lá, primeiramente devemos pensar no carnaval como a maior festa pública do Brasil. No exterior, um dos principais atrativos de viagens é a festividade que ocorre nas principais capitais brasileiras.
No ano de 2020, cerca de 86 mil turistas estrangeiros foram à Bahia durante o período e representaram um recorde na movimentação turística do país. E esse foi o último carnaval comemorado antes da pandemia e as restrições que buscam conter a disseminação do vírus.
Historicamente, a festa é como uma válvula de escape para os brasileiros. Você já deve ter ouvido a expressão “o ano só começa depois do carnaval”, não é? As festas de rua regadas a bebidas alcóolicas, desfiles de escolas de samba, fantasias e muitas cores, são esperadas ansiosamente por milhões de brasileiros durante o ano. É um planejamento e tanto.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas, pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE), só o Estado do Rio de Janeiro deixou de arrecadar aproximadamente R$ 5,5 bilhões de reais em 2021 devido ao cancelamento de boa parte das festas carnavalescas. Enquanto em 2020, o Estado movimentou R$ 4 bilhões.
Por outro lado, é preciso entender a alta taxa de infectados que volta a crescer em diversos países. A sensação de proteção e flexibilização gerada com as campanhas de vacinação em massa, resultou em 19 mil casos em apenas 5 dias de 2022.
Independente de nossa opinião pessoal sobre a realização ou não das festas de carnaval esse ano, é preciso entender o perigo geral que a população corre com os novos vírus e a aglomeração. É tempo de confiar nos profissionais de saúde e representantes políticos, bem como pesquisar e cobrar medidas seguras para nossa vida.
Fontes
RJ perderá R$ 5,5 bilhões sem o Carnaval deste ano, aponta FGV
Carnaval brasileiro bate recorde de público em 2020
Brasil registra mais de 19 mil casos de Covid em 24 h
Este artigo foi escrito por Amanda Casado e publicado originalmente em Prensa.li.