Cibersegurança no setor financeiro
Enquanto algumas organizações avançam lentamente para a era digital, as instituições financeiras não se podem dar ao luxo de caminhar devagar. Elas devem estar sempre atualizadas com novas tecnologias e inovações, especialmente quando se trata de segurança.
Como instituição financeira, um banco ajuda as pessoas não apenas a economizar e aumentar sua riqueza, mas também proveem crédito para financiar empresas que desejam expandir e investir.
Esta característica básica de um banco é uma das responsáveis pelo crescimento da economia. No entanto, a tecnologia bancária testemunhou uma mudança massiva com a digitalização, o que apresentou vários desafios. Um dos principais desafios são as ameaças à segurança cibernética.
Mas, o que define uma ameaça à segurança cibernética? É um ato malicioso para danificar, roubar ou interromper a vida digital de uma pessoa, roubando seus dados privados.
As ameaças à segurança podem vir na forma de vírus de computador, violação de dados e até mesmo ataques de negação de serviços.
Hackers e outros criminosos nem sempre visam o dinheiro diretamente. As informações privadas de seus clientes também estão em risco.
Por isso, é crucial entender a importância da segurança digital no setor bancário.
Quando você conhece as ameaças comuns, o que está em risco e quais medidas você pode tomar em resposta, pode evitar perdas e preservar o sucesso da instituição.
Conformidade e reputação
Segundo Jerome Powell, presidente do FED (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos) os ataques cibernéticos são o principal risco para o sistema financeiro global.
“Eu diria que o risco que mais mantemos nossos olhos agora é o cibernético. Isso é algo que muitas agências governamentais, incluindo o FED, as grandes empresas privadas e principalmente as empresas financeiras monitoram com muito cuidado, além dos investimentos massivos. E é aí que está o risco agora, em vez de algo como uma crise financeira global”, disse.
Os bancos têm o dever de proteger os dados financeiros de seus clientes. Se sua segurança digital for inadequada, os clientes podem perder tempo valioso e informações pessoais, além de suas economias.
As instituições financeiras têm uma série de obrigações legais a cumprir, tanto para clientes quanto para governos locais e federais, conforme eles atende a padrões e regulamentos específicos. Não fazer isso pode resultar em ações judiciais e outros riscos de conformidade.
Além disso, cada violação de segurança representa uma ameaça à reputação do seu banco. Os clientes podem ficar inseguros ou apreensivos, e você pode perder a confiança que o público deposita em sua instituição para manter o dinheiro e as informações em segurança.
Esse risco é um dos mais perigosos de acordo com Powell. Caso os hackers consigam desligar um grande processador de pagamentos, o fluxo de dinheiro entre bancos seria prejudicado. “Isso poderia fechar setores ou até mesmo as grandes áreas do sistema financeiro”, diz.
No geral, há muitas considerações de conformidade e segurança que uma instituição deve fazer. Ao construir e analisar o sistema de segurança cibernética, é necessário ter em mente como suas defesas afetam todos os aspectos de seus negócios e as pessoas com quem trabalha.
Dados não criptografados e aplicativos móveis desprotegidos são duas das principais vulnerabilidades. Mas os ataques podem vir de fontes variadas e surpreendentes.
Principais ataques as instituições bancárias
O mundo da cibersegurança está em constante evolução. Para construir uma defesa forte, você deve primeiro conhecer as ameaças mais comuns e atuais que seu banco enfrenta.
O phishing está entre as ameaças à segurança cibernética mais comuns atualmente.
É um golpe de engenharia social, em que o hacker rouba dados do usuário, incluindo números de cartão de crédito e credenciais de login.
O hacker se apresenta como um funcionário do banco, com ofertas atraentes, mas, para conseguir o serviço o cliente precisa divulgar seus dados privados.
O destinatário recebe então um link malicioso, e, assim que clica no conteúdo o phishing congela seu sistema e permite que os hackers recebam os dados privados.
Ataques de ransomware usam um malware que ajuda os hackers a decodificar dados exclusivos de clientes.
Em seguida, eles fecham o acesso do cliente aos seus próprios dados e pedem um resgate para que o dono tenha novamente acesso a suas informações. Daí o nome de ataque de Ransomware .
O último tipo de ataque é o DDoS (ataque de negação de serviços), uma forma de ameaça à segurança cibernética em que os hackers sobrecarregam ou eliminam um site ou serviço (como o e-banking) enviando spam com solicitações excessivas.
Embora em tais ameaças de segurança os dados permaneçam ilesos e os hackers apenas evitam que usuários/clientes legítimos acessem o site, clientes de e-banking podem ser vítimas de tais ataques e até mesmo se envolver em golpes.
Os bancos também podem lidar com violações em organizações terceirizadas, especialmente se seus parceiros não tiverem o mesmo nível de segurança. No entanto, nem todos os ataques são imediatamente aparentes.
O processo para garantir a segurança
As instituições financeiras mantêm informações pessoais dos clientes, como nome, endereço, score de crédito e dados não públicos que, se caírem nas mãos erradas, podem causar problemas não apenas para o cliente, mas também para o banco.
A manipulação de dados está se tornando cada vez mais popular. Em vez de roubar dados completamente, os hackers alteram os dados sutilmente em seu benefício.
Essa tática é particularmente perigosa, pois os dados alterados podem não ser diferentes dos dados inalterados. Certifique-se de que você, seus funcionários e sua equipe de segurança tenham conhecimento e treinamento atualizados sobre essas e outras ameaças cibernéticas em ascensão.
A tarefa principal e mais importante em trabalhos de segurança cibernética é criptografar informações pessoais, protegendo-as de criminosos cibernéticos.
Também é importante testar defesas realizando avaliações de risco cibernético de rotina. Use a tecnologia e o software a seu favor.
Firewalls, software antivírus ou antimalware e serviços de computação em nuvem podem ajudá-lo a construir uma infraestrutura segura para proteger seus clientes e todos os dados que eles confiam em você.
Invista na proteção de endpoint de última geração que possam reconhecer e eliminar as práticas e ações utilizadas nas explorações.
A cibersegurança nos bancos é algo que não pode ser comprometida. Com o crescimento da digitalização no setor bancário, ele se tornou mais sujeito a ataques de cibercriminosos.
É preciso que as instituições olhem para a cibersegurança e entendam que ela deve ser infalível para não comprometer a segurança dos dados, a reputação da instituição e a confiança do usuário.