Como a inovação no sistema financeiro pode moldar um futuro mais inteligente, sustentável e inclusivo?
Febraban Tech reforça o papel do sistema financeiro na adoção de tecnologias emergentes com principais líderes do setor
O Febraban Tech 2025 mostrou que o futuro do setor financeiro não se limita a tecnologia: ele passa por decisões estratégicas sobre como usá-la.
IA, sustentabilidade, personalização e educação financeira formam os eixos de transformação que marcaram os dois primeiros dias do evento.
Inteligência artificial como ponto de virada
IA é destaque entre líderes do setor financeiro e pauta debates sobre produtividade, autonomia e futuro do trabalho
A abertura do evento foi marcada pela fala de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, que reconheceu os avanços, mas reforçou que ainda há espaço para aprimoramento — até nos algoritmos de trânsito. Na agenda do BC, os próximos anos exigem coragem para lidar com novos desafios e acelerar a evolução do sistema financeiro.
No painel com os presidentes dos principais bancos do país, a inteligência artificial foi apontada como pilar do novo ciclo competitivo. Os líderes do Banco do Brasil, Bradesco, BTG, Caixa, Itaú e Santander destacaram a construção de ecossistemas e novas formas de monetização como estratégias conectadas à IA.
Gil Giardelli, em sua palestra no Palco Imersão, reforçou que estamos entrando na Era da Produtividade, onde a IA deixa de ser apenas técnica e passa a ter papel social, filosófico e até educacional — com destaque para a formação da primeira turma de graduação em IA da UFG, mais concorrida que Medicina e Direito.
Sustentabilidade e o papel estratégico do setor financeiro
Painel sobre COP30 reforça papel dos bancos na transição para uma economia de baixo carbono
A COP30, que será realizada em Belém, entrou no radar como símbolo de um novo posicionamento brasileiro na agenda global de sustentabilidade. Amaury Oliva (Febraban), Helder Barbalho (governador do Pará) e Luiz Lessa (Banco da Amazônia) reforçaram que o sistema financeiro tem papel central na transição para uma economia de baixo carbono.
As discussões ressaltaram que justiça climática depende de justiça social — e que a Amazônia precisa ser entendida como território estratégico. Bioeconomia, créditos de carbono e captura de CO₂ foram algumas das frentes destacadas.
Personalização, automação e impacto real
Instituições financeiras mostram como IA e dados vêm transformando o relacionamento com os clientes
No segundo dia, Elizabeth Bramson-Boudreau (MIT Technology Review) apresentou uma seleção de tecnologias emergentes com foco em acessibilidade e sustentabilidade. Small language models, agentes de IA e avanços em biotecnologia mostram como a inovação precisa andar junto com inclusão e responsabilidade ambiental.
A hiperpersonalização foi tema central na palestra de Felipe Pojo (AWS), com exemplos concretos de como IA e dados vêm transformando a experiência dos clientes: o Banco Inter melhorou a eficiência em 20%, o PagBank reduziu em 85% o tempo de atendimento e a Livelo desenvolveu um assistente digital baseado em sonhos e desejos dos usuários.
Educação financeira como base para a transformação
Bancos apostam em gamificação, diagnóstico e linguagem acessível para fortalecer a autonomia dos clientes
Encerrando o segundo dia, um painel sobre educação financeira reuniu especialistas do Banco do Brasil, Itaú, Santander e Sicredi. O foco foi claro: empoderar o cliente com informação acessível, personalizada e contínua.
Foram apresentados desde programas gamificados para o controle de gastos até jornadas estruturadas com diagnóstico e recomendações. A conclusão? Incluir e educar é tão inovador quanto automatizar — e essencial para transformar o presente.
A Prensa Open acompanha os próximos painéis do evento para te manter atualizado com o que realmente importa. Na próxima edição, você confere os destaques do último dia. Até lá! 💎