Como construir uma cultura inclusiva em cibersegurança?
Nesta Prensa People, os avanços, desafios e estratégias no setor de cibersegurança.
A diversidade e a inclusão estão no centro das discussões sobre o futuro da cibersegurança e da tecnologia. A necessidade de ambientes inclusivos e de práticas que priorizem a saúde mental dos profissionais tornou-se uma prioridade para empresas que desejam se manter competitivas e inovadoras.
Nesta edição da Prensa Open você verá:
Alona Geckler, líder na Acronis, aborda as mudanças e os desafios na inclusão de mulheres e minorias no setor de TI;
O impacto do burnout em profissionais de cibersegurança e as estratégias para mitigar os efeitos da pressão no ambiente de trabalho;
O lançamento do programa Contra Ataque, uma iniciativa inédita para discutir fraudes e segurança, especialmente em períodos de alta demanda, como a Black Friday.
Cultura inclusiva em TI: ações práticas para promover a diversidade
A diversidade no setor de cibersegurança e TI tem ganhado relevância nos últimos anos, mas os desafios para criar ambientes verdadeiramente inclusivos ainda são significativos. Alona Geckler, Chief of Staff e SVP de Operações na Acronis, compartilhou em uma entrevista recente suas percepções sobre a evolução do setor, barreiras enfrentadas por mulheres e estratégias para promover mudanças concretas.
Progresso e desafios na inclusão
"Quando comecei na área, diversidade não era um tema comum, e a indústria era dominada por homens", relembra Geckler. Hoje, a conscientização sobre a importância da inclusão aumentou, e muitas empresas integram o tema em suas estratégias. A Acronis, por exemplo, lidera iniciativas como programas de mentoria e capítulos regionais de Women in Tech, além de eventos como o WiT Cyberbreakfast, promovendo discussões globais sobre inclusão.
Apesar do progresso, a representação feminina em cargos de liderança e funções técnicas ainda é limitada. Na Acronis, 28% dos líderes são mulheres, uma melhora recente, mas longe de alcançar paridade. Além disso, barreiras como o viés inconsciente e dificuldades para equilibrar trabalho e vida pessoal continuam afetando mulheres e outros grupos sub-representados.
Estratégias para criar uma cultura inclusiva
Geckler enfatiza que mudanças reais requerem ação estruturada. Entre as estratégias, destaca:
Mentoria e patrocínio: programas formais ajudam mulheres a encontrar orientação e apoio;
Flexibilidade: arranjos de trabalho adaptáveis atendem às necessidades diversas dos profissionais;
Desenvolvimento de carreira: treinamentos e workshops específicos para mulheres fortalecem habilidades de liderança;
Celebração da diversidade: eventos e programas de reconhecimento promovem a valorização de perspectivas diversas;
Diálogo aberto: pesquisas e fóruns internos ajudam a identificar necessidades e promover melhorias.
Oportunidades em crescimento
A cibersegurança está se tornando mais interdisciplinar, criando espaço para profissionais de diferentes formações, como direito, psicologia e negócios. A crescente importância de habilidades interpessoais e a expansão do trabalho remoto ampliam as oportunidades, enquanto áreas como automação e IA oferecem novas funções para especialistas em ciência de dados e aprendizado de máquina.
"É animador ver como essas tendências estão abrindo caminhos para pessoas com perfis diversos entrarem e prosperarem no setor", destaca Geckler.
O futuro da inclusão em cibersegurança
Embora o setor tenha avançado, alcançar inclusão total requer compromisso contínuo. As empresas precisam cultivar culturas de apoio, combater o viés inconsciente e implementar políticas que priorizem a diversidade. Para as mulheres que consideram ingressar na área, Geckler incentiva: "Invistam no aprendizado contínuo, abracem desafios e procurem oportunidades de crescimento. O futuro da cibersegurança depende da contribuição de perspectivas diversas."
A pressão nas profissões tecnológicas e o risco do burnout
O avanço acelerado da tecnologia trouxe grandes benefícios às organizações, mas também gerou ambientes de trabalho intensos para os profissionais do setor. Longas jornadas, alta pressão para entrega de resultados e a necessidade de constante atualização compõem a rotina de muitos especialistas em TI. Esses fatores criam um cenário que pode comprometer a saúde mental, e a área de Cyber Security é um dos exemplos mais críticos dessa realidade.
Segundo Alex Amorim, especialista em privacidade e segurança da informação, "os gestores dessa área precisam lidar com uma grande quantidade de dados sensíveis e informações confidenciais, muitas vezes em ambientes de alta pressão." Esse contexto, aliado ao estresse crônico, pode levar ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout, caracterizada por exaustão emocional, despersonalização e queda de desempenho profissional.
O impacto na cibersegurança
A relevância do time de Cyber Security nas empresas é inquestionável. Esses profissionais têm a missão de proteger dados confidenciais e mitigar ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas. Contudo, a alta demanda da função tem gerado sérias consequências. "Até 2025, cerca de metade dos líderes de cibersegurança seguirão para outros cargos, e 25% dos profissionais migrarão completamente de área devido ao estresse relacionado à atividade", aponta Amorim, citando dados do Gartner.
Diante desse cenário, é essencial que as empresas reconheçam a urgência de agir, implementando práticas que promovam um ambiente de trabalho mais saudável.
Estratégias para prevenir o burnout
Amorim sugere quatro ações que podem ajudar a mitigar o burnout entre profissionais de Cyber Security:
Definição de limites
Estabeleça horários de trabalho claros e evite sobrecarregar a equipe. "É importante que os profissionais de Segurança tenham um horário de trabalho definido e que não sejam solicitados a trabalhar excessivamente", reforça Amorim.Disponibilização de recursos
Garanta ferramentas adequadas e treinamentos atualizados. Além disso, é fundamental distinguir demandas rotineiras de incidentes críticos que realmente exigem atenção extra.Apoio à saúde mental
Ofereça programas de bem-estar e momentos de descanso compensatório. "Sabemos que existem muitas demandas, mas vale mais a pena compensar com dias de folga do que com hora extra. Isso permite que os profissionais passem mais tempo com suas famílias", sugere o especialista.Reconhecimento e celebração
Valorize as conquistas e motive os colaboradores. "Nós, brasileiros, temos um péssimo hábito de não comemorar as pequenas vitórias. É importante reservar momentos para reconhecer os feitos do ano, semestre e trimestre, além de enfatizar profissionais que se destacaram", diz Amorim.
Contra ataque: um novo espaço para combater fraudes
Especialistas lançam programa em parceria com a rádio A Guardiã para discutir segurança e proteção em tempos de Black Friday e muito mais.
Na última quarta-feira (13/11), Leandro Garcia e Renato Peres, especialistas em combate à fraude e sócios da 4axon, anunciaram o lançamento do programa Contra Ataque, em parceria com a rádio A Guardiã (AM 560). Transmitido todas as quartas-feiras, às 8h, nos canais digitais do grupo e no dial AM 560, o programa é uma iniciativa inédita para o setor, abordando temas de combate a fraudes com uma visão atualizada e prática. Além de contar com a participação de especialistas, o programa inclui interação direta com o público, respondendo a dúvidas enviadas por vídeos e áudios.
O lançamento aconteceu no restaurante Dibaco, em um evento que reuniu alguns líderes do mercado de prevenção a fraudes, marcando o início desse novo espaço de informação e discussão sobre temas fundamentais de segurança e proteção de consumidores e empresas. Com o objetivo de se manter alinhado aos principais temas do mercado, o Contra Ataque já tem pauta definida para o episódio de amanhã, onde abordará questões relacionadas à segurança durante a Black Friday.
A rádio A Guardiã, conhecida por sua cobertura de notícias nas regiões de São Paulo, Grande ABC e Alto Tietê, conta com uma audiência mensal de mais de 1milhão de ouvintes. Com o lançamento do programa Contra Ataque, a rádio amplia seu compromisso em oferecer conteúdo relevante e de impacto. Além disso, a expectativa de migração para a FM, prevista para março de 2025, deve expandir ainda mais seu alcance, consolidando a rádio e o programa como referência em conteúdo informativo.
Essa foi a Prensa People desta semana! Até a próxima!