Como metrificar a Experiência do Desenvolvedor

Explore a importância da Developer Experience (DX) e aprenda a medir usando métricas de UX para melhorar a qualidade e eficiência dos produtos.

Dois desenvolvedores programando.

Pensar na experiência do desenvolvedor é uma prática imprescindível que cada vez mais empresas têm priorizado. Investir em DX é se preocupar com a experiência que o developer tem ao usar um produto, suas libs, SDKs, APIs, documentações, frameworks, soluções open-source e ferramentas de forma geral. 

Os benefícios de uma boa DX são incontáveis. Mas, como metrificar a experiência dos desenvolvedores de uma empresa? Como sabemos se nossa Developer Experience é, de fato, boa? 

Developer Experience pode ser compreendida como uma vertente da UX, já que os devs são usuários, ainda que técnicos, que serão impactados pela experiência de um produto – seja ela boa ou ruim. 

Para medir a experiência do desenvolvedor, pode-se aproveitar das métricas de user experience compreendendo seus pilares e aplicando-os no contexto da DX. 

Como medir DX utilizando métricas de UX 

Acessibilidade de UX e Função de DX 

O produto precisa ser acessível para seus todos os usuários alvo em seus respectivos contextos. É importante saber quem são as pessoas que irão usá-lo e suas jornadas durante o uso. 

Para a experiência dos developers, promessas milagrosas de uma ferramenta não vão esconder as funcionalidades ruins – uma devtool deve ser tão eficiente quanto a função que ela promete para realizar uma atividade. Se não funciona, não existe uma boa DX. 

É importante que a jornada dos diferentes tipos de usuários que vão estar em contato com o produto seja considerada. Caso contrário, a ferramenta não terá uma boa acessibilidade, mesmo que resolva o problema que se propõe a resolver, já que o produto poderá ser usado pelo público-alvo errado. 

Para isso, é crucial fazer o journey map de todas as personas que estarão em contato com o produto, para, assim, delinear uma jornada pensando nas particularidades de cada uma delas. 

Credibilidade de UX e Estabilidade de DX  

Para a experiência do usuário, a credibilidade em produtos é algo crucial, pois o cliente precisa saber se o que a empresa promete é o que, de fato, será entregue. Para desenvolvedores, o caso é o mesmo.  

Uma das melhores maneiras de medir a credibilidade do produto é medir bugs. Além dos que aparecem dentro do produto, é importante prestar atenção aos bugs de processo. 

O produto precisa não somente funcionar, mas ter alta performance e confiança, mesmo que estejam sujeitos a bugs. A relação de confiança do dev com o produto começa na estabilidade. Sem ela, a ideia de valor cai radicalmente. 

Se para o usuário a experiência com o produto é dada pelo nível de credibilidade que esse ele passa, no caso de produtos para developers, é o grau de estabilidade que define a experiência. É importante ter em mente que a instabilidade de uma plataforma, causa estresse para os usuários e pode gerar prejuízos altos para a sua empresa. 

Usabilidade e facilidade de uso de DX 

Para que o uso de uma ferramenta seja feito com facilidade, o desenvolvedor precisa poder acessar o que for necessário em todas as etapas da jornada de forma rápida e eficiente. A experiência vai além de apenas navegar da ferramenta. 

Alguns pontos são importantes para agilizar o processo de interação dos developers com o produto e aumentar o engajamento. Como: documentação rica, casos de uso, comunidades, bases de conhecimento, atalhos de teclado, snippets, filtros intuitivos, e pontos mais profundos como desempenho. 

Se para a UX é comum dizer que bom design muitas vezes não precisa ser explicado, para o desenvolvedor, o primeiro passo para uma boa experiência é entender qual cada etapa da jornada para que o desafio seja resolvido. 

Encontrabilidade de UX e Clareza de DX  

O desenvolvedor deve encontrar o que ele precisa com facilidade. Para avaliar eficiência, deve ser medido o tempo que o usuário levará para completar uma tarefa. 

Para isso, a DX precisa fornecer uma interface simples que leve as informações necessárias para o developer resolver questões críticas do seu dia a dia de trabalho. É importante se preocupar com a clareza das possíveis consequências provenientes de uma ação do desenvolvedor. 

É ideal apresentar aos poucos as funcionalidades do produto, de acordo com a evolução do usuário, em vez de apresentar todas as funcionalidades ao mesmo tempo. É um erro comum pensar que deixar tudo visível é melhor para que o usuário encontre o que ele precisa. 

Usar métricas de user experience para medir a experiência da pessoa desenvolvedora é uma boa tática para entender a fundo os usuários, desafios e objetivos relacionados ao produto. Dessa forma, é possível mensurar de forma assertiva o sucesso do seu negócio.