Como o ESG funciona no Open Banking
A segunda fase do Open Banking possibilita que o usuário confirme quais informações deseja compartilhar com instituições financeiras. Não há dúvidas de que o cliente é o maior beneficiado, já que vai poder contar com diversas vantagens que facilitarão seu relacionamento com os bancos.
Essa implementação também amplifica uma importante iniciativa que avalia as práticas ambientais, sociais e de governança das empresas.
Mais conhecido como ESG, sigla em inglês para “environmental, social and governance” (ambiental, social e governança), o termo surgiu pela primeira vez em um relatório de 2005 intitulado como “Who Cares Wins” (quem se importa, ganha), como uma iniciativa da Organização das Nações Unidas.
Na prática, as empresas que adotam medidas em prol da preservação do meio ambiente, que se preocupam com o contexto social no qual estão inseridas e com a conduta coorporativa, estão mais aptas a receberem investimentos com critérios de sustentabilidade, por exemplo.
Outro fator que valoriza a implementação do ESG nas instituições é a preocupação das novas gerações que priorizam o consumo de marcas transparentes e responsáveis. Empresas que seguem essas boas práticas são mais estáveis e podem trazer maior lucratividade a longo prazo.
As iniciativas mais comuns de ESG são:
Ambiental:
• Uso de menos plástico;
• Uso de materiais reciclados no escritório;
• Usar energias limpas e renováveis;
• Fazer a destinação correta de resíduos;
• Digitalizar o que for possível para evitar desperdícios.
Social:
• Oferecer um ambiente propício para que mulheres possam conciliar carreira com maternidade;
• Privilegiar o diálogo entre colaboradores e líderes;
• Realizar projetos sociais com a comunidade local;
• Promover ou patrocinar eventos culturais e sociais.
Governança:
• Ter transparência, tornando públicas as principais informações;
• Contratar fornecedores e colaboradores terceirizados que tenham integridade;
• Criar um canal de denúncias;
• Ter uma hierarquia bem definida, com cargos e funções determinados.
No Open Banking brasileiro, a governança e o social ganham força juntos. Os bancos poderão usar da transparência para conquistar mais clientes e as inovações nos produtos e serviços serão essenciais para garantir um mercado mais diversificado e competitivo.
O usuário final é o protagonista do Open Banking, e não ficará preso a um banco só, mas poderá migrar facilmente entre instituições financeiras. As práticas mais responsáveis e inclusivas serão pontos decisivos para a escolha do cliente.
Por isso, a cobrança será maior, não só por produtos e serviços melhores, mas como também por um envolvimento verdadeiro no meio social e ambiental.
Bancos e empresas terão que ficar ainda mais atentos em relação a postura e comprometimento com as práticas de ESG. O usuário vai esperar por criatividade e mudança genuína das instituições, que, por sua vez, terão que lutar para manter seus clientes.
Com o ESG implementado no Open Banking, ninguém sai perdendo. O usuário tem a oportunidade de se relacionar apenas com bancos que representam os valores nos quais ele acredita, e os bancos poderão investir em causas justas, enquanto transmite mais segurança e qualidade para os seus clientes.
Ambos contribuem para um mercado financeiro transparente e evoluído, que se importa com uma conexão mais humana e responsável com as pessoas, o meio ambiente e suas atitudes corporativas.
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