Como trabalhar com listas no Python – parte 1
Em qualquer linguagem de programação, listas são objetos versáteis e úteis. No Python não é diferente. Dominar o uso desse elemento é requisito obrigatório para programadores que desejam entrar no mercado de trabalho e seguir carreira na área. Se você veio parar aqui, acredito que esteja interessado em aprender sobre o assunto.
Não é demais lembrar os desavisados que este não é um artigo isolado sobre o Python. Caso já tenha lido os textos anteriores, parabéns. Do contrário, recomendo que faça isso. Há alguns meses inciei uma série de introdução à programação em Python. Logo, se você é novato na linguagem, recomendo que comece lendo o primeiro desses artigos e continue na sequência do aprendizado.
Então, sem mais enrolações, vamos ao que interessa: conhecimento. A seguir vamos aprender a trabalhar com Listas no Python.
O que é uma lista?
O conceito de lista é muito simples. É um container de dados armazenados em determinada ordem e em sequência. Para usá-las, devemos criar uma variável para guardar o conteúdo da mesma. O início e o fim da lista devem ser delimitados por colchetes ("[ ]").
Cada item deve ser separado por uma vírgula e podemos inserir qualquer tipo de dados suportados nela como strings, números, booleanos, entre outros.
Esses dados podem ser de um só tipo ou mistos. Confira alguns exemplos:
lista_de_compras = [“azeite”, ”arroz”, “feijão”, “macarrão”]
lista_mista = [“Maximiliano”, 40, True, “programador”]
numeros_da_megasena = [5, 10, 22, 34, 56, 59]
Acessando itens de uma lista
Para acessar os itens de forma individual, devemos usar um índice. O primeiro item de uma lista corresponde ao 0, o segundo ao 1 e assim por diante. Veja a seguir:
print(lista_de_compras[0])
print(lista_mista[1])
print(numeros_da_megasena[2])
Outra maneira de acessar o conteúdo de uma lista é através de índices negativos. Nesse caso, o último elemento corresponde ao -1, o penúltimo ao -2 e assim sucessivamente. Confira o exemplo abaixo:
print(lista_de_compras[-1])
Baseado em nossas variáveis de exemplo anteriores, a saída para o comando acima deverá ser “macarrão”. Por sua vez, o código abaixo deverá mostrar o número 56:
print(numeros_da_megasena[-2])
O Python permite o acesso ao conteúdo das listas usando faixas. Para isso basta informar o índice inicial e o final do item, separados pelo caractere “:” (sem as aspas). É possível até mesmo omitir um dos índices.
Para compreender melhor, confira os exemplos abaixo:
carros = [“Kombi”, “Fusca”, “Chevette”, “Jipe”, “Corsa”]
print(carros[1:3])
Ao executar o código acima no console do Python, a saída deverá ser: [‘Fusca’, ‘Chevette’].
Neste momento talvez você esteja se perguntando por qual motivo o último item mostrado não é “Jipe”. Afinal, este corresponde ao índice 3. A explicação é simples: o índice final numa faixa é exclusivo.
Ao acessar lista usando faixas, podemos omitir o índice inicial, o final ou ambos. Teste os códigos abaixo e veja o que acontece:
print(carros[:3])
print(carros[1:])
print(carros[:])
No primeiro exemplo, será mostrado o conteúdo da lista a partir do índice 0 até o 2. No segundo, do índice 1 até o último. Por fim, o seguinte retorna a lista inteira com todos os seus elementos, e é equivalente a este abaixo, mas sem os colchetes:
print(carros) # [‘Kombi’, ‘Fusca’, ‘Chevette’, ‘Jipe’, ‘Corsa’]
Outra maneira de criar listas é através do chamado modo literal. Neste caso, basta usar o construtor list():
frutas = ((“banana”, “maçã”, “uva”))
Esse modo usa parêntesis em vez de colchetes. Ao chamar o método print() a lista também será exibida assim.
print(frutas)
A saída acima será: (‘banana’, ‘maçã’, ‘uva’).
Os demais métodos e propriedades são os mesmos de uma lista criada no modo tradicional.
E, por falar em métodos e propriedades, ainda há muito o que aprender sobre listas como adicionar e remover itens, por exemplo. Mas não dá para explorar toda as possibilidades num único artigo. Por isso, no próximo, vamos dar uma olhada como manipular os elementos, removendo e adicionando itens.
Não esqueça de me seguir e até a próxima.
Este artigo foi escrito por Maximiliano da Rosa e publicado originalmente em Prensa.li.