Como transformar workflows com IA e low-code?
No APICON 2025, André Gutierrez e Silvio Cesar de Oliveira compartilham experiências de como desenvolver com mais agilidade.
Automação inteligente, low-code e inteligência artificial foram destaques no APICON 2025, evento realizado no início de abril e que reuniu especialistas para discutir tendências em tecnologia e integração de sistemas.
Confira os cases Zoho e Bedata.ai na Prensa Tech de hoje.
André Gutierrez, Head of Sales da Bedata.ia, apresentou o tema “Automação Inteligente: Como IA e Low-Code Estão Transformando Workflows” em sua palestra realizada no APICON 2025 no inicio deste mês. O especialista destacou como a automação inteligente é essencial para tornar as empresas mais ágeis e competitivas, ajudando a superar desafios como custos elevados, processos complexos e escassez de talentos qualificados.
Silvio Cesar de Oliveira, CEO da Wiki, apresentou a palestra “Desenvolvimento Ágil na Prática: Como Criar MVPs e Escalar Aplicações”. O foco foi o uso de plataformas low-code para acelerar o desenvolvimento de soluções, reduzir custos e validar hipóteses de mercado com mais agilidade.
Como a automação inteligente está mudando as empresas?
Segundo o especialista André Gutierrez, implementação da automação inteligente pode gerar impactos expressivos nas empresas, trazendo benefícios como: aumento de 20% na produtividade; redução de 30% nos custos manuais; maior resiliência operacional; e redução em 50% do tempo de resposta às mudanças.
No Brasil, empresas como Banco do Brasil, Magazine Luiza e Votorantim Cimentos já adotaram essa tecnologia para otimizar seus processos e melhorar a eficiência operacional. André destacou três setores estratégicos onde a automação inteligente pode gerar maior impacto:
Experiência do Cliente – Uso de chatbots inteligentes e automação no atendimento para melhorar o suporte e personalizar interações.
Supply Chain – Otimização da logística e previsão de demanda, reduzindo desperdícios e aumentando a eficiência.
Finanças – Automação de processos financeiros, como faturamento e compliance, trazendo mais precisão e economia de tempo.
Segundo o Gartner, apenas 25% das empresas brasileiras possuem iniciativas avançadas de automação, o que indica um mercado com grande potencial de crescimento. A adoção de plataformas Low-Code e No-Code está transformando a maneira como as empresas criam aplicações, tornando o processo mais colaborativo, acessível e rápido.
André reforçou que o objetivo dessas soluções não é substituir profissionais, mas potencializá-los, comparando a tecnologia a “uma armadura que fortalece o profissional”.
Diretrizes para adotar automação de forma eficiente
Para que a automação traga resultados consistentes, não basta adotar ferramentas: é fundamental seguir uma estratégia bem estruturada. André Gutierrez destacou cinco diretrizes essenciais para as empresas que desejam acelerar sua transformação digital:
Comece pequeno, pense grande — Inicie automatizando processos simples e operacionais, ganhe experiência e escale gradualmente para áreas mais estratégicas.
Potencialize com Inteligência Artificial — Use IA para tornar as automações mais inteligentes e adaptáveis, ampliando o alcance e a precisão das soluções.
Garanta integração entre sistemas — Evite ilhas de automação. Conecte ferramentas e dados, garantindo que os processos sejam contínuos e interoperáveis.
Monitore e ajuste continuamente — Implante indicadores de performance e revise as automações com frequência, aprimorando o que for necessário.
Cultive a cultura do teste rápido — Estimule a experimentação com o princípio “Erre rápido, aprenda mais rápido ainda”, reduzindo riscos e acelerando a inovação.
A combinação de Automação de Processos Robóticos (RPA) com Agentes de Inteligência Artificial é uma das chaves para colocar essas diretrizes em prática. Ela permite que tarefas repetitivas e manuais sejam executadas de forma autônoma, com maior eficiência e menor margem de erro.
Além de ganhos operacionais, a automação inteligente traz impactos diretos sobre o negócio: reduz custos no desenvolvimento de aplicações, agiliza a entrega de soluções, estimula uma cultura de inovação contínua e diminui o backlog de TI — liberando as equipes para focar em projetos estratégicos.
A mensagem da palestra foi clara: ao combinar Low-Code, RPA e IA, as empresas não só aceleram sua capacidade de inovação, como também fortalecem seus profissionais, criando operações mais ágeis, inteligentes e preparadas para os desafios do futuro.
Zoho Flow: como integrar sistemas sem código?
Silvio César de Almeida destacou durante o APICON 2025, o Zoho Flow — uma plataforma low-code que facilita a integração de aplicativos e a automação de fluxos de trabalho, eliminando a necessidade de programação complexa.
Suas principais funcionalidades incluem:
Conexão entre apps internos e externos sem necessidade de código.
Criação de fluxos automatizados por meio de uma interface visual.
Integração com sistemas como Zoho Creator, CRM, Email e ERP.
Sincronização de dados, notificações e alertas automáticos.
Testes rápidos e implementação de mudanças em tempo real.
Compatibilidade com centenas de aplicativos.
Low-code para MVPS ágeis e escaláveis
A combinação das ferramentas Zoho Creator e Zoho Flow permite a criação de soluções funcionais em poucos dias, possibilitando testes com usuários reais antes de grandes investimentos. Essa abordagem possibilita:
Validação rápida de hipóteses de mercado.
Melhoria contínua baseada em feedback real dos usuários.
Escalabilidade e ajustes sem necessidade de refazer toda a aplicação.
Silvio citou o caso de sucesso do Ouvidor Digital, um projeto que utilizou tecnologia low-code para desenvolver uma solução funcional e escalável em tempo reduzido. A palestra destacou como essas plataformas estão transformando o mercado, permitindo que empresas acelerem o desenvolvimento sem abrir mão do controle e da lógica. Como afirmou Silvio: “Low-code acelera o desenvolvimento com controle e lógica.”
Além disso, ele enfatizou a importância da validação contínua e da interação com os usuários para aprimorar os produtos ao longo do tempo, resumindo essa abordagem na fórmula: “Validação + interação = evolução.”
Por fim, Silvio ressaltou o papel da Zoho no cenário global, destacando que a empresa se consolidou como a terceira maior big tech do mundo, sendo um verdadeiro gigante indiano no setor de tecnologia e automação empresarial.
Essa foi a sua Prensa Tech de feriado! Até a próxima!