Como usar operadores de associação no Python
Estou de volta com mais um artigo sobre Python na Prensa. Quem acompanha as minhas publicações já deve ter lido pelo menos um dos meus artigos sobre essa linguagem de programação.
O mercado de tecnologia está aquecido, e entender os conceitos por trás dela é muito importante para quem deseja criar uma carreira na área.
Caso tenha caído aqui de paraquedas e não saiba do que estou falando, convido a ler os demais artigos. Deixarei abaixo os links, confira:
Operadores de associação
No artigo anterior, expliquei como usar os operadores de identidade do Python. Dando prosseguimento ao nosso aprendizado, chegou a vez de falar sobre os operadores de associação.
Eles são usados para verificar se determinado valor está contido em sequências como strings, dicionários, tuplas e listas, por exemplo. O retorno é sempre um booleano, ou seja, só pode ser True ou False.
Há dois tipos de operadores de associação no Python. São eles: “in” e “not in”. Numa tradução ao pé da letra, podem significar como “está contido em” e “não está contido em”.
Como é mais fácil aprender através de exemplo, vejamos como usá-los a seguir:
texto = “Como aprender Python sem esforço”
print(“Python” in texto)'
Acima, usamos a função print() para imprimir o resultado da avaliação. Poderíamos traduzir a expressão mostrada no código para a nossa boa e velha língua portuguesa como: retorno verdadeiro ou falso se a cadeia de caracteres “Python” estiver contida na variável texto.
Neste caso o retorno é “True”, ou seja, verdadeiro, pois é fácil verificar que o texto "Python" existe na cadeia de caracteres.
Outra maneira de testar se determinado conteúdo pode ser encontrado é através de um comando condicional, assim:
if “python” in texto:
print(“Eu amo Python!”)
else:
print(“Python é demais!”)
Agora, uma pergunta: qual das duas mensagens será impressa na tela? “Eu amo Python” ou “Python é demais!”? Quem respondeu a segunda opção, acertou. Isso acontece porque o operador “in” diferencia letras maiúsculas de minúsculas. Desse modo, o comando abaixo retorna True:
print(“python” not in texto)
A busca não precisa ser por palavras inteiras. Podemos verificar se a string contém um único caractere:
palavra = input(“Digite uma palavra ou frase: “)
if “a” not in palavra:
print(“Não há nenhuma letra ‘a’ no texto informado.”)
Podemos usar os operadores “in” e “not in” para verificar o conteúdo de outros tipos de dados no Python. Como listas, por exemplo:
linguagens = [“python”, “java”, “php”, “basic”]
if “python” in linguagens:
print(“Python é a melhor linguagem de programação do mundo!”)
else:
print(“Você devia aprender Python!”)
Acima usamos o “in” e abaixo, “not in”:
print(“python” not in linguagens)
Além de strings e listas, podemos usar os operadores “in” e “not in” para trabalhar com dicionários. Estes são formados por um conjunto do tipo chave/valor. No exemplo a seguir, temos um conjunto de dados e podemos verificar a existência de uma determinada chave:
dados = {“nome”: ”Max”, “idade”: 40, “gênero”: “masculino”}
print(“nome” in dados)
O retorno da avaliação acima é True, ou seja, verdadeiro, pois a chave “nome” existe no dicionário “dados”. Podemos ir além e usar o operador para imprimir a idade apenas se o determinado valor existir na variável:
if “idade” in dados:
print(f"{dados[‘nome’]} tem {dados[‘idade']} anos.")
A saída a seguir será: “Max tem 40 anos.”
Atenção: cuidado ao usar os códigos de exemplo acima em que fazemos uso do "if". Não esqueça de usar a endentação corretamente e deixar uma linha em branco após o bloco condicional.
Se você chegou até aqui, obrigado. Espero que tenha gostado do conteúdo. Ainda há muito mais a explorar nesse maravilhoso mundo da programação. Nos próximos artigos vamos começar a desvendar um pouco mais a fundo alguns dos tipos de objetos muito importantes no Python: as listas, tuplas e dicionários.
Aguarde, e até a próxima.
Este artigo foi escrito por Maximiliano da Rosa e publicado originalmente em Prensa.li.