Como viver na era do estresse e ansiedade
Uma única edição de jornal num domingo pode conter mais informações do que um cidadão do século 17 recebia ao longo da vida inteira. Nas últimas décadas temos observado a tecnologia ocupar um espaço importante em nossas vidas, recebemos as notícias rapidamente através de múltiplos canais, como celular, rádio, tv, computador e o impacto disso na saúde mental da população já começa a ser estudado e discutido, mas como podemos administrar esse excesso de pensamentos? O que isso pode provocar? O estresse e a ansiedade são apontados como alguns dos sintomas mais relatados.
Precisamos entender que o estresse é uma resposta do organismo, para se adaptar o corpo ativa a produção excessiva de dois hormônios, a adrenalina e o cortisol.
Mas a adrenalina e o cortisol não são vilões, arrisco dizer que nossa espécie somente sobreviveu até hoje graças a eles, imagine se o homem das cavernas, vendo o tigre lá na entrada continuasse de boa, curtindo a fogueirinha dele?
Uma das queixas mais comuns atualmente é de que estamos passando tempo demais convivendo com a ansiedade, o cérebro entende que existe a ameaça, ele aumenta o cortisol, que aumenta a glicose, que é o combustível para fugir ou lutar naquela situação difícil.
Sabendo que o problema é o estímulo constante gerado pela ansiedade, podemos virar o jogo!
Em momentos que se sentir sobrecarregado, respire fundo, fique sentado com os olhos fechados por alguns instantes e concentre-se em seus sentidos: Que cheiro está sentindo? O que você consegue ouvir? Qual o sabor da última coisa que comeu? Qual o tecido que está usando? De olhos fechados, pode descrever o que tem em volta?
Especialistas sugerem que se você se imaginar num lugar que te dê a sensação de tranquilidade, você é capaz de produzir os hormônios que liberam a sensação de bem - estar.
Uma antiga frase, atribuída a vários pensadores cabe bem ao nosso tempo:
“Que eu tenha força para mudar o que posso, serenidade para aceitar o que não posso e sabedoria para distinguir entre elas.”
Até a próxima.
Este artigo foi escrito por Juliana Lima e publicado originalmente em Prensa.li.