A CNV, como também é chamada a comunicação não-violenta, é um conjunto de práticas que busca a resolução de conflitos por meio de uma conversa “desarmada”. O termo foi criado por Marshall Rosenberg, na década de 60, e tem ganhado cada vez mais adeptos ao redor do mundo.
Os princípios da comunicação não-violenta são:
Abaixo, detalhamos cada um desses pontos, demonstrando como eles podem te auxiliar a dar feedbacks mais produtivos para a sua equipe.
Observe, mas sem criticar:
Ninguém gosta de ser chamado à atenção, não é mesmo? No ambiente de trabalho, uma crítica carregada de julgamento, em vez de ajudar, pode piorar a situação.
Nesses casos, a comunicação não-violenta aconselha a observação neutra do problema e da fala do outro. A ideia é sempre partir de argumentos objetivos, deixando as críticas e o julgamento de lado.
No momento do feedback, por exemplo, é importante não utilizar palavras de cunho negativo como “sempre”, “nunca”, “jamais”. Em vez de: “Você nunca atinge as suas metas", diga: “Você entregou resultados abaixo do esperado nos últimos dois meses”. A partir daí, é possível estabelecer um diálogo que foque na resolução do problema.
2. Dê lugar aos sentimentos:
Geralmente, acabamos fazendo um esforço consciente para que os sentimentos fiquem da porta para fora da empresa. Assimilamos que as críticas não devem ser “levadas para o coração” e fingimos uns para os outros que aquilo não nos afeta.
Para a comunicação não-violenta, é importante deixar claro os sentimentos que permeiam as nossas relações. Como você, líder, sente-se em relação às atitudes do seu liderado? Como a sua equipe se sente em relação às metas estabelecidas? Essa abertura humaniza as relações de trabalho, tornando-as mais horizontais.
3. Entenda quais são as suas necessidades e as dos outros:
Às vezes, focamos muito no objetivo final e acabamos esquecendo o processo e as pessoas envolvidas nele.
Nessa etapa, a comunicação não-violenta te convida a observar as necessidades do seu subordinado. Segundo Rosenberg, “por trás de todo comportamento existe uma necessidade”. Em resumo, quais são as lacunas de habilidades que precisam ser preenchidas?
Como líder, cabe a você identificar essas necessidades.
4. Seja claro e realista nos seus pedidos:
Toda melhora acontece de maneira gradativa. Exigir que um funcionário entregue um desempenho muito acima do que ele está acostumado possivelmente gerará frustração tanto para ele quanto para você.
Por isso, utilize as dicas anteriores e seja transparente e realista na hora de elaborar e dar os seus feedbacks.
Entenda que você é uma peça essencial no desenvolvimento da sua equipe, sendo sua função gerar um ambiente propício ao crescimento individual e coletivo das pessoas que estão sob sua responsabilidade.
Agora que as dicas já foram passadas, queremos conversar com você.
Você já conhecia a comunicação não-violenta? Conte para gente nos comentários quais as técnicas e estratégias que você costuma utilizar na aplicação dos seus feedbacks e quais foram os resultados alcançados.
Este artigo foi escrito por João Marques e publicado originalmente em Prensa.li.