Recentemente, o termo comunicação não-violenta ganhou bastante destaque principalmente no meio empresarial e entre equipes de funcionários das mais diversas empresas, e isso não foi à toa.
Vivemos em um mundo onde a comunicação é muito mais do que uma área, é uma necessidade de sobrevivência, afinal de contas, se não nos comunicamos, não vivemos em sociedade e não conseguimos trocas com os outros seres humanos.
Nós nos comunicamos desde o momento em que nascemos, desde o choro de um bebê até mesmo a maneira como falamos, tudo é comunicação e nos dias de hoje ela precisa ser feita com consciência e empatia.
Assim como uma rede de empresas de torre de resfriamento usa a comunicação para conversar com seus funcionários e clientes, todos usamos a comunicação para conversar e viver em sociedade.
Mas quando falamos do ambiente empresarial, o cenário às vezes muda, isso porque é comum vermos comunicações violentas dentro de alguns ambientes corporativos, principalmente entre pessoas de poder e subordinados.
Infelizmente, muitas pessoas ao ganharem um cargo de poder na empresa, acabam usando isso como desculpa para agredir outra com palavras, ou simplesmente aprendem a se comunicar dessa maneira, mas ela está longe de trazer bons frutos para a empresa.
Isso porque, uma comunicação violenta faz com que a outra parte se sinta inferiorizada e diminuída, impedindo que ela possa expressar suas ideias e opiniões de maneira respeitosa, pois não foi abordada ou recebida dessa maneira.
Seja para conversar com um fornecedor de piso de borracha e fazer um orçamento ou até mesmo para agendar uma consulta com o médico, a comunicação deve sempre ser a mais educada, natural e compreensiva.
Muitos gestores e líderes de empresas estão trabalhando suas formas de se comunicarem, pois estão vendo que aderir a uma comunicação violenta só traz prejuízos para o funcionário, para a equipe e para a empresa como um todo.
E é dentro deste cenário que o termo da comunicação não violenta tem ganhado cada vez mais destaque, e hoje iremos entender mais sobre ela, assim como os seus pilares e as maneiras como você pode colocar esse conceito em prática.
Entenda o que é a comunicação não-violenta
O termo comunicação não-violenta também é bastante conhecido pela sua sigla CNV, que é muito usada dentro das empresas e se refere a um estilo de comunicação onde ambas as partes expõem o que pensam e desejam com o máximo de respeito e calma.
Todo e qualquer tipo de negócio, seja uma empresa especializada em Cftv ou até mesmo uma escola, é formada por pessoas, e é normal que cada uma tenha a sua opinião e visão sobre algo, mas os debates entre todos devem acontecer de maneira respeitosa.
O termo foi criado pelo Rosenberg, político e escritor que sofreu com a violência e segregação marcaram sua vida. Formou-se em psicologia e, após alguns anos, dedicou e estudou a maneira como as pessoas se comunicavam umas com as outras.
Foi aí que seguiu a sigla CNV, apareceu em um momento crítico da história dos EUA, onde a segregação da população negra tornava a comunicação entre eles e os policiais e preconceituosos cada vez mais violenta e improdutiva.
Dentro deste cenário, Rosenberg começou a mediar esses conflitos e estudar diferentes maneiras de como orientar alunos, professores e outros cidadãos a se comunicarem melhor, além de apoiar e atuar em movimentos para o fim da segregação.
Hoje, felizmente podemos contar que um distribuidor de equipamentos de proteção individual, por exemplo, não irá levar em consideração a cor da sua pele na hora da contratação do produto ou serviço, mas infelizmente, nem sempre as coisas foram assim.
Podemos ver que a CNV surgiu em um momento bem delicado e em um cenário onde as pessoas eram tratadas com o máximo de desprezo e violência apenas pela cor de sua pele, e mesmo com o passar dos anos, nem tudo melhorou como imaginamos.
Entretanto, não há como negar que o trabalho de Rosenberg fez toda a diferença no mundo e trouxe para nossas vidas um conceito que mudou completamente a maneira como nos comunicamos com o próximo, independentemente da cor da pele ou posição dele.
A comunicação não-violenta é extremamente importante para nossa vida em sociedade e principalmente para o meio empresarial, pois ela permite uma relação saudável entre os funcionários e líderes, o que evita muitos problemas, como:
Brigas e desentendimentos;
Perda de funcionários;
Menos produtividade;
Colaboradores infelizes;
Maior taxa de demissão;
Péssimo clima organizacional;
Entre outros.
Seja em uma empresa de levantamento topográfico ou até mesmo em um pequeno comércio de bairro, a comunicação é extremamente importante para que as relações e os resultados sejam sempre os melhores.
Por isso, entendemos que a comunicação não-violenta faz toda a diferença dentro de uma empresa que deseja ter resultados melhores e um clima organizacional onde todos possuem espaço e respeito para falarem e ouvirem.
Principais pilares da CNV
A comunicação não-violenta existe há tanto tempo que é um conceito profundo em seu significado e que possui alguns pilares que sustentam essa ideia tão importante. Confira abaixo quais são eles:
Consciência
Esse pilar diz respeito aos sentimentos e sensações, que precisam ser bem tratadas e entendidas antes de comunicarmos algo, caso contrário, é fácil se comunicar de maneira violenta em um momento de raiva, por exemplo.
Linguagem
A linguagem é o pilar que defende a construção de uma mensagem personalizada, por exemplo, uma rede de fabricantes de reservatórios metálicos precisa entender quem é o seu público para construir uma mensagem que seja bem entendida e recebida.
Comunicação
A comunicação não é apenas o ato de falar, mas também ouvir, e isso é extremamente importante para que você crie e mantenha uma relação saudável com todos os colaboradores da sua empresa e um pilar essencial para a CNV.
Influência
A influência é um pilar que defende a ideia onde ambos os lados terão que abrir mão de algo para que tudo saia como o planejado, um relacionamento nem sempre é construído quando ninguém quer abrir mão do que pensa, às vezes isso é necessário.
Esses pilares, por mais simples que possam parecer, são essenciais para que a comunicação seja natural e tranquila entre ambas as partes, permitindo que cada um tenha o seu espaço e tempo de fala.
Dicas de como aplicar a CNV
Agora que você já entendeu tanto o que é a comunicação não-violenta assim como os seus pilares, chegou o momento de conferir algumas dicas essenciais para aplicar este conceito dentro da sua empresa. Confira:
Observe as pessoas e o espaço
Uma rede de empresas fabricantes de painéis elétricos precisa entender o cenário de seu negócio e o perfil de seus trabalhadores para saber como se comunicar da melhor maneira com cada um deles.
Às vezes, a forma como se comunica com o funcionário de um hospital será diferente da maneira como se comunica com um professor em uma escola, pois são pessoas e espaços diferentes, sendo assim, é essencial entender cada um deles no seu negócio.
Entenda os sentimentos
Todos temos sentimentos e é impossível impedi-los, mas é possível entendê-los para controlá-los e não deixar que eles nos deixem tomar decisões ou ações impulsivas, o que pode gerar uma comunicação bem violenta.
Sendo assim, entenda o que você e os seus funcionários sentem, isso é essencial para que vocês lidem com esses sentimentos da melhor maneira possível e saibam expô-los da forma correta, garantindo uma comunicação saudável.
Compreenda as necessidades
Tanto uma empresa de instalação elétrica predial quanto uma clínica odontológica, por exemplo, possuem necessidades que precisam ser bem compreendidas para que todos possam trabalhar de maneira eficiente.
Quando os gestores e colaboradores entendem as necessidades de ambos os lados, torna-se ainda mais simples saber entender o outro lado e ter mais empatia para se comunicar de maneira educada e respeitosa.
Comunique e argumente
O ato de comunicar diz respeito a sempre falar sobre algo que te deixa feliz ou que te incomoda, pois quando guardamos isso, tendemos a remoer sentimentos que não nos fazem bem, por isso, falar e colocar para fora o que sentimos é sempre uma boa ação.
Assim como argumentar, contrapor algo que você não concorda ou não acha certo, isso te ajuda a se posicionar e entender mais sobre os processos da empresa, tendo espaço até mesmo para oferecer novas ideias.
Essas dicas, por mais simples que pareçam, já fazem toda a diferença na construção de uma comunicação educada e natural entre todos dentro da sua empresa, seja gestores e funcionários ou até mesmo os funcionários e parceiros da marca.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
Este artigo foi escrito por Lucas Avila e publicado originalmente em Prensa.li.