Conheça as missões recentes da Nasa como as imagens do James Webb
A Nasa é conhecida por suas missões espaciais e nessa semana tivemos duas descobertas interessantes. A primeira foi em Marte onde o Perseverance, um robô, descobriu um objeto que tem intrigado muitos observadores do espaço que deram sugestões do que se parece: uma ‘"planta rolante do deserto" ou "linha de pesca", até um ‘’espaguete’’.
Apesar das teorias criadas, a explicação mais plausível é que se trata apenas de restos de um componente utilizada pelo explorador robótico que pousou na superfície de Marte em fevereiro do ano passado (2021).
Esses objetos foram detectados pela primeira vez no dia 12 de julho, por meio de uma câmera de prevenção de riscos situada na parte frontal esquerda do rover mas quando o robô retornou ao local já não haviam mais vestígios desse objeto.
A segunda notícia, é ainda mais intrigante, pois trata-se da captura da imagem de uma galáxia pelo Telescópio James Webb. A imagem é importante para entender a história deste telescópio da Nasa e o que os cientistas esperam esclarecer com as imagens divulgadas.
Mas o que é o telescópio espacial James Webb e o que ele descobriu até agora?
James Webb é o telescópio sucessor do Hubble, que foi lançado em abril dos anos 90 e até então era o responsável por diversas descobertas. Webb, por sua vez, foi lançado em 25 de dezembro de 2021, e é considerado, hoje, o maior telescópio construído da Nasa e já conseguiu registrar imagens incríveis do universo.
Entre elas, a primeira fotografia divulgada pelo Webb é conhecida como "Primeiro Campo Profundo de Webb" ou campo profundo do Universo, é uma imagem infravermelha mais nítida e profunda do universo que já vimos até hoje, nessa imagem é possível observar o aglomerado de galáxias chamado de SMACS 072.
Além disso, o telescópio conseguiu capturar a marca d'água na atmosfera de um planeta gigante quente chamado "WASP-96 b” que se trata de um dos exoplanetas que orbita uma estrela bem distante como o nosso Sol.
Foram encontradas evidências de nuvens e neblina que nunca foram vistas anteriormente, e a mais relevante foi quando o Webb captou a morte de uma estrela que ficava na nebulosa Anel do Sul.
Captura da Galáxia mais antiga do universo por James Webb
Nessa semana, o Webb pode ter atingido grande recorde, pois conseguiu registrar a galáxia mais antiga e distante que há conhecimento na Terra, chamada de GLASS-z13. Estima-se que a luz dessa galáxia foi emitida há cerca de 13,5 bilhões de anos.
Logo, isso é interessante pois relaciona-se diretamente aos primórdios do Universo, já que de acordo com os cientistas, a mancha vermelha que foi capturada faz parte de um grupo giratório de estrelas, gases e poeiras, que deve ter se formado no mínimo, há 300 milhões de anos após o Big Bang.
Sendo assim, o fato chocou uma vez que se tornou o registro mais antigo de um objeto já apresentado pelos cientistas, uma verdadeira descoberta astronômica.
Esses registros mostram ser apenas uma pequena proporção do potencial deste telescópio, já que seus instrumentos podem contribuir ainda mais para que os astrônomos consigam desvendar os grandes mistérios da formação do universo.
Confira as próximas missões da Nasa para esse ano
Este ano ainda há outras missões que prometem grandes descobertas, entres elas então:
Primeiro, temos o foguete Artemis 1 que a Nasa anunciou que irá enviar à Lua entre os dias 29 de agosto, 2 ou 5 de setembro. O foguete faz parte da primeira missão não tripulada de retorno à Lua. A Nasa pretende enviar vários voos que servirão de estudo para o futuro pois há um interesse dos Estados Unidos de enviar uma tripulação humana novamente à Lua em até 2025.
Vale lembrar que no dia 20 de julho desse ano foi comemorado 53 anos da missão que levou os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins, por meio da missão Apollo 17 a pisarem pela primeira vez na superfície desse satélite natural.
Além disso, outra a missão muito discutida é a Capstone — que vem da sigla em inglês para que significa Experiência de Navegação e Operações Tecnológicas do Sistema de Posicionamento Autônomo Cislunar, sendo uma missão anterior ao Artemis, com o intuito de lançar um satélite para testar a órbita central da Lua fazendo com que gire junto com a mesma enquanto orbitando a Terra.
Esse estudo tem como objetivo é conhecer, para então, poder garantir que as viagens futuras dos astronautas sejam mais seguras.
Se tudo acontecer como programado, em 2025, deve acontecer o primeiro pouso na Lua desde a missão Apollo em 1972.
Um fato interessante dessa missão é que é planejado incluir nessa viagem a primeira mulher astronauta e a primeira pessoa negra a pisar na Lua.
Mas qual é o interesse dessas missões? Há índicos que muitas delas, como dito anteriormente, servirão para examinar o ambiente lunar, e também planejar nada consiga ameaçar os astronautas.
Isso é importante, para que antes de que uma tribulação seja enviada tenham-se todos os estudos necessários pelos cientistas, para assim, proteger esses astronautas, tendo a total certeza que há conhecimento necessário sobre a poeira lunar e/ou o vento solar.
Ficando evidente que o objetivo central dessas expedições é de encontrar maneiras de proteger as tripulações e certificar que há equipamentos que possam auxiliar contra qualquer ameaça, além disso, dar a oportunidade aos cientistas de entender e testar os protótipos que vem desenvolvendo até então para que as equipes possam explorar esses locais.
Este artigo foi escrito por Lucas Dadalt e publicado originalmente em Prensa.li.