Toda organização está passando por transformações e muitas delas acabam por ser influenciadas devido a nossa necessidade de estarmos cada vez mais conectados. Para consumidores esta é uma questão bem relevante e que abrange diversos segmentos como Manufatura, Financeiro, Saúde, Varejo e Bens de Consumo.
Mas a realidade nem sempre é simples e a transformação às vezes esbarra em barreiras de integração:
Sistemas Legados;
Silos de dados;
Experiência de usuário desconectado;
Dados imprecisos;
Multi Clouds;
Compliance GDPR e LGPD.
Em seu painel “Crie experiências conectadas de modo mais rápido e seguro”, Danilo Bordini, Regional Vice President da Mulesoft, aborda a importância de experiências conectadas em tempos de Transformação Digital ao mesmo tempo em que apresenta a abordagem de API-led Connectivity.
Para isso ele também contou com a participação de Mifael Moraes, Especialista em Sistemas e Roberto Rosenfeld, Gerente de Desenvolvimento de Sistemas. Ambos da Portocred, empresa cliente da MuleSoft.
Em pesquisa da MuleSoft foi apontado que uma interação com o cliente atravessa 35 sistemas diferentes. Isso mostra como dados e processos são altamente fragmentados e por isso atenção a conectividade é importante.
O mesmo estudo mostrou que apesar do crescimento exponencial de sistema complexos, apenas um terço está integrado. O reflexo é que hoje a TI gasta 80% do seu tempo com a manutenção do sistema e não inova. Um exemplo de abordagem tradicional não funciona mais, por exemplo, é trabalhar com mecanismos de conexão ponto a ponto, o que acaba sendo algo muito rígido, com gargalos, difícil de escalar e de fazer manutenção.
Danilo Bordini conta que a abordagem adotada pela MuleSoft envolve a TI emergindo como parceira de negócios e inovação. “Não basta termos tecnologia apenas, é preciso que a TI mude”. A TI deve fornecer novos assets (ativos) para que áreas possam consumi-los e aumentar as entregas. A base disso são as APIs modernas.
Para ele as APIS devem ser tratadas como blocos de construção padrão, logo devem ser desenvolvidas visando a exposição segura de dados e recursos de negócios para reutilização. Alguns dos principais recursos em blocos de construção reutilizáveis são:
Produzido e projetado para facilitar o consumo;
Facilmente gerenciado para a segurança, escalabilidade e desempenho;
Detectável.
É aqui que entra a abordagem de API-led Connectivity. É uma abordagem de integração feita para conectar e expor ativos que aceleram a entrega de projetos, ao mesmo tempo ela permite que empresas criem uma infraestrutura apropriada, aumentando a produtividade e se preparando melhor para as mudanças. A partir desse método é possível integrar dados à aplicações através de APIs reutilizáveis e específicas.
Tais APIs são desenvolvidas para desempenhar um papel determinado – desbloquear dados de sistemas, compor dados em processos ou fornecer uma experiência. Dessa forma elas são divididas em 3 tipos:
APIs de sistema:
Normalmente elas acessam os principais sistemas da empresa e fornecem um meio de isolar o usuário da complexidade tecnológica. Por esse motivo muitos usuários conseguem acessar certos dados sem precisar aprender os sistemas subjacentes e assim tem a oportunidade de reutilizar essas APIs em vários projetos.
APIs de processo:
Partem das APIs de sistema para executar processos. Elas simplificam e automatizam um fluxo de trabalho compilando componentes modulares no nível do sistema em um processo independente na forma de um aplicativo composto.
Logo elas oferecem um meio de combinar dados e orquestrar várias APIs de sistema para uma finalidade comercial específica.
APIs de experiência:
Semelhantes às APIs de processo, já que compõem o conteúdo, os recursos e a funcionalidade de várias outras APIs.
Porém, diferente das APIs de processo, as de experiência são vinculadas a um contexto de negócios exclusivos e por isso projetam formatos de dados, intervalos de interação ou protocolos em um canal e contexto específicos, em vez de processá-los ou criá-los.
Elas são o meio pelo qual os dados podem ser reconfigurados a fim de facilitar seu consumo pelo público-alvo.
O objetivo da API-led connectivity não envolve apenas criar APIs reutilizáveis para compor novos serviços, mas descentralizar e democratizar o acesso aos dados da empresa. Com as entregas dentro do prazo e orçamento, a API-led connectivity cria infraestrutura voltada para a visibilidade, conformidade e governança.
Dentre as diferentes empresas que são clientes MuleSoft, a Portocred, financeira tradicional com foco em empréstimos, apresenta sua visão de como foi a transformação da organização. Roberto Rosenfeld conta que a mudança começou a 4 anos a partir do momento em que decidiram substituir seus sistemas legados.
Um de seus aprendizados de Roberto quanto canal de APIs é “ser genérico ao criar, pois isso facilita na sua reutilização e quanto mais você se investe na experiência de usuário melhor será a conexão.” Já para Mifael Moraes é importante tem em mente “o menor impacto em seus parceiros durante esse processo de migração”. Para ambos o que facilita nessa transformação é saber escolher bem o parceiro.
Quer entender mais como funciona API-led connectivity e conferir mais cases?
Assista ao painel completo!
Este artigo foi escrito por Danilo Bordini e publicado originalmente em Prensa.li.