Da Amazônia à IA: o papel da indústria financeira na urgência climática
Febraban 2025 debate caminhos para um futuro sustentável, inteligente e personalizado no Brasil
O Febraban Tech 2025 reforçou o papel estratégico do sistema financeiro na transição para um futuro mais sustentável e digitalmente inteligente.
A Prensa Open de hoje destaca os debates sobre sustentabilidade, inovação tecnológica, personalização de serviços e inclusão financeira. Os painéis reforçaram o papel estratégico da Amazônia, o impacto das novas tecnologias e a importância de educar e empoderar os clientes no novo ciclo do setor financeiro.
COP30 e Amazônia: o Brasil no centro do debate climático
Governador do Pará e Banco da Amazônia destacam potencial da região, mas reforçam que não há sustentabilidade sem justiça social
No painel que discutiu a COP30, marcada para acontecer em Belém, a urgência climática se cruzou com a mobilização de recursos e inovação. Amaury Oliva, diretor da Febraban, destacou que a jornada até a conferência é uma oportunidade concreta para o setor bancário incorporar critérios ambientais e sociais em suas decisões.
“Nossa missão é fortalecer a governança, aprimorar a gestão de riscos e fomentar o desenvolvimento de produtos e serviços financeiros que apoiem a transição para uma economia de baixo carbono, resiliente e inclusiva”, afirmou Amaury Oliva.
Helder Barbalho, governador do Pará, e Luiz Lessa, do Banco da Amazônia, apontaram a COP30 como um divisor de águas.
Belém já vive os efeitos da preparação para o evento, que deve reposicionar o Brasil como protagonista global em sustentabilidade. A bioeconomia, os créditos de carbono e a captura de CO₂ foram apontados como frentes promissoras, mas o alerta permaneceu: não há justiça climática sem justiça social — e a Amazônia precisa ser tratada como território estratégico, não como um símbolo romântico.

As tecnologias mais impactantes de 2025, segundo o MIT
CEO da MIT Technology Review chama atenção para inclusão, IA, biotecnologia e o papel da inovação no futuro do planeta
Já no palco principal, Elizabeth Bramson-Boudreau, CEO da MIT Technology Review, apresentou uma curadoria das tecnologias mais impactantes de 2025, com foco em acessibilidade, sustentabilidade e inteligência artificial. A executiva ressaltou que a transformação digital deve vir acompanhada de inclusão — e que soluções como os small language models e os agentes de IA estão redesenhando o modo como nos informamos e interagimos com o mundo. A biotecnologia também ganhou destaque como vetor de mudanças em setores de alto impacto ambiental, como a agropecuária. A palestra mediada por Rodrigo Mulinari (Banco do Brasil) trouxe uma reflexão essencial: prever o futuro da tecnologia exige pensar também no futuro do planeta.
Personalização em escala é o novo padrão no setor financeiro
AWS apresenta casos de sucesso em hiperpersonalização com IA e dados de qualidade: eficiência, agilidade e experiências mais humanas
A conexão entre inovação e experiência personalizada ganhou fôlego na apresentação de Felipe Pojo, da AWS. Dados de qualidade, linguagem natural e atenção humanizada formam a tríade da hiperpersonalização — tendência que vem transformando a maneira como instituições financeiras se relacionam com seus clientes. Casos práticos ilustraram esse avanço: o Banco Inter elevou em 20% a eficiência operacional; o PagBank reduziu em 85% o tempo médio de atendimento com agentes de IA; e a Livelo criou um especialista digital que ajuda usuários a realizarem sonhos por meio do uso de pontos. A mensagem é clara: personalizar não é mais diferencial — é o novo padrão.
Educação financeira como motor de transformação social
Banco do Brasil, Itaú, Santander e Sicredi mostram como empoderar clientes também é inovar: da gamificação à orientação personalizada
Encerrando o ciclo de debates, um painel dedicado à educação financeira lembrou que empoderar clientes também é inovação. Luciene Alves (Banco do Brasil) defendeu que a educação financeira deve permear toda a jornada bancária. Gustavo (Itaú Unibanco) apresentou a gamificação como estratégia para simplificar o controle de gastos, enquanto Camila (Santander) destacou o papel dos produtos bancários na construção do conhecimento financeiro. Cristiane (Sicredi) compartilhou a estrutura de três etapas do programa da instituição, que alia diagnóstico, análise e recomendações personalizadas — tudo com linguagem acessível e foco no impacto real. O saldo do encontro mostrou que transformar o presente passa por educar, personalizar e, sobretudo, incluir.
Essa foi a sua Prensa Open de hoje! Até a próxima quinta-feira 💎