No dia 1º de fevereiro, teremos a implementação do Open Banking no Brasil. O sistema irá revolucionar o mercado financeiro com diversas modificações. Dito isso, é preciso saber como realizar essas alterações, como os bancos estão se preparando tecnologicamente em relação ao Open Banking.
O objetivo da live “Dada a largada” foi tratar sobre temas importantes e pertinentes, desde os desafios que o âmbito da tecnologia pode encontrar até os benefícios da implementação do novo sistema.
O evento contou com a participação de alguns nomes importantes:
• Daniel Freire, Superintendente Executivo de TI do Banco BMG;
• Pedro Romero, Head de Digital Banking, Growth e Open Banking no Banco Pan;
• Márcio Alexandre, Superintendente de Governança de TI e Segurança Cibernética na Sicoob;
• Ronaldo Silva, Chefe Adjunto do Departamento de promoção da cidadania financeira no Banco Central (BACEN);
• Diego Perez, Presidente da ABFintechs.
Desafios da tecnologia na implantação do Open Banking
A implementação do Open Banking foi dividida em 4 fases, cada uma delas com o propósito de expandir o projeto de forma regular e segura. A 1ª fase de implementação iria ocorrer em novembro de 2020, entretanto, os Bancos alegaram que tinham receio e estavam com dificuldades para cumprir todas as regras para implementação, desta forma, a fase foi adiada para fevereiro.
Os maiores desafios, além do processo regulatório, é contar com a tecnologia para garantir que cada uma das etapas de segurança e processo seja efetivada com sucesso. Desta forma, as organizações investiram tempo e dinheiro para se prepararem ativamente para utilizar a tecnologia no Open Banking.
Para Pedro Romero, o processo de estruturação no Banco PAN foi longo, existiu a necessidade de criação de APIs, organização de governanças, busca por parceiros e entre outros, mas, que esse processo é uma grande oportunidade.
“Para nós que somos um player de crédito focado em públicos de classes baixas que normalmente estão ligados a grandes bancos, enxergamos que é uma oportunidade muito grande para atrair mais clientes, e entregar produtos adequados”, diz Pedro.
Pensando além dos benefícios, é preciso analisar as maiores ameaças que podem surgir no Open Banking. De acordo com Pedro, as maiores ameaças que poderão ser encontradas são em relação a estabilidade de sistemas, conexão e segurança.
“Com o transacional muito forte, se conseguirmos ser bem sucedidos na comunicação, e tivermos bastante clientes, o volume de tráfego que vai ter entre as instituições será muito grande”, diz Pedro.
Desta forma, podemos concluir que a criação de novos serviços aportados pela tecnologia de novas APIs é a grande dificuldade das organizações, que devem pensar em como realizar estes processos de forma segura e garantir o bom funcionamento dos sistemas.
Entenda os benefícios do Open Banking para a cidadania financeira
O novo sistema financeiro não beneficiará somente os bancos, o ponto principal é como o Open Banking irá atuar nas mudanças da sociedade promovendo uma boa educação financeira para as pessoas.
Esse novo sistema irá permitir que a criação de novos serviços personalizados atue efetivamente na classe dos desbancarizados, que terão acesso a produtos financeiros com muito mais facilidade. Isso movimentará o mercado financeiro positivamente.
De acordo com Ronaldo Silva, o Banco Central do Brasil define que Cidadania Financeira é composta por 4 pilares principais.
“A Cidadania Financeira é composta por Inclusão Financeira, Educação Financeira, Participação e Proteção do Consumidor”, diz Ronaldo.
Esses 4 tópicos são referências para a criação da Cidadania financeira, entretanto, Ronaldo destaca que Inclusão Financeira e Educação Financeira são os principais focos para que a cidadania financeira tenha sucesso.
“Para nós do Banco Central, Cidadania Financeira é o exercício de direitos e deveres que permite o cidadão gerenciar bem seus recursos financeiros”, esclarece Ronaldo.
Sabemos que o Open Banking permite que novos bancos e fintechs possam ofertar produtos e serviços diferenciados com muito mais facilidade, isso quer dizer que essas novas organizações também terão um papel fundamental na Cidadania Financeira.
Quer saber mais sobre o que nossos convidados falaram? Assista a live.
Este artigo foi escrito por Editorial Prensa.li e publicado originalmente em Prensa.li.