De Jurassic Park a Jurassic World: Domínio, o que torna a franquia de Spielberg um sucesso de público e crítica?
Se tem uma franquia que é impossível não ficar hypado, essa franquia é Jurassic Park.
Desde que Steven Spielberg adaptou lá nos anos 90 a obra homônima de Michael Crichton para os cinemas, a franquia conquistou uma legião de fãs.
Com vários aspectos únicos, o universo de Jurassic Park se tornou icônico por vários motivos, que vão desde a logo originalíssima do primeiro filme, passando por cenas marcantes do cinema e culminando com o marco em efeitos especiais que o filme se tornou.
E toda esta magia acaba de ganhar o seu merecido grand finale. Jurassic World: Domínio estreou nos cinemas brasileiros já nos primeiros dias de junho.
Com um elenco de peso, reunindo todos os protagonistas de todos os seis filmes da franquia, além é claro das feras mais assustadoras, Jurassic World: Domínio promete muitas cenas de roer as unhas, como já demonstrou nos trailers!
Mas qual será a fórmula que fez uma franquia sobre dinossauros se tornar um sucesso de bilheteria? A resposta é simples: Pegue um assunto que desperta interesse e fascínio em todos os públicos, entregue o projeto nas mãos de um dos maiores gênios da sétima arte e voilá: sucesso garantido.
É claro que o leitor da Geração Z, nascido neste século, está mais do que acostumado a efeitos especiais e visuais até bem mais avançados do que aqueles vistos nos filmes da franquia. Mas imagine isso nos anos 90?
O impacto visual e a evolução em efeitos especiais que os dinossauros de Spielberg causaram em 1993, quando o filme chegou às telonas foi excepcional! Foi um marco para o cinema, que só veio a ser equiparado e talvez superado por Matrix, no final da “iluminada” década de 90, já quase na virada do século.
O resultado obtido pelo filme fica ainda mais fantástico quando se observa os aspectos técnicos da produção dessas cenas com os dinossauros: parte delas em CGI, ainda nos primórdios desse recurso, que ficou à cargo da Industrial Light & magic, e parte em animatrônica, que ficou à cargo da Stan Winston Studios.
Spielberg já tinha se aventurado em mesclar técnicas de Live Action e animação 2d em Uma Cilada Para Roger Rabbit, filme de 1988 produzido por ele e dirigido por Robert Zemeckis. E adivinhe: se tornou “só” mais um sucesso estrondoso de bilheteria e crítica, e faturou 3 Oscars, além do Oscar de melhores efeitos visuais.
Para dar vida aos seres jurássicos, foram usadas técnicas parecidas, para que os personagens virtuais “contracenassem” com os atores. E Spielberg foi além: em várias cenas, foram utilizados robôs, utilizando técnicas de animatrônica nunca antes vistas!
Jurassic Park foi tão bem recepcionado por crítica e público que se tornou o filme de maior bilheteria mundial, até o lançamento de Titanic, em 1997. O filme também faturou 3 Oscars, nas 3 categorias a que fora indicado. Entre elas, a de Melhores Efeitos Especiais.
Como era de se esperar, as sequências não conseguiram repetir o mesmo sucesso do original. Convenhamos que essa seria uma tarefa árdua, levando em consideração os aspectos de inovação que Jurassic Park trouxe.
Mas isso não quer dizer que os demais filmes tenham sido ruins. Um ou outro foram considerados apenas medianos, é verdade, como Jurassic Park 3. Mas praticamente todos os outros 4 filmes da franquia até agora tiveram críticas positivas e foram sucessos de bilheteria.
O quarto filme, por exemplo: Jurassic World, atualmente é a quarta maior bilheteria mundial, tendo faturado 1,5 Bilhões de Dólares.
Em Jurassic World: Domínio vemos duas gerações reunidas: Sam Neil, Laura Dern e Jeff Goldblum representando a "Velha Guarda" e Chris Pratt e Bryce Dallas Howard unindo forças pra salvar suas vidas e, ao que tudo indica, alguns dinossauros.
Spielberg assina a produção de todos os filmes, mas desde Jurassic Park 3 a direção ficou por conta de 3 diretores diferentes:
Joe Johnston, amigo pessoal de Spielberg, assumiu a direção em JP3 (e foi o único dos diretores dos filmes a ser bombardeado pela crítica). Em Jurassic World, foi a vez de Collin Trevorrow mandar muito bem.
Já em JW: Reino Ameaçado, J.A. Bayona foi escalado para dar um toque a mais de terror na trama, mas parece que não teve "carta branca" para tal.
E novamente Collin Trevorrow é o encarregado a dar o rumo final à franquia, assinando a direção do último filme.
E o fato de que a franquia continua fazendo sucesso para um novo público, mesmo os novos filmes da sequel Jurassic World tendo sido lançados vinte anos depois do original, só mostra que dinossauros continuam despertando fascínio no público geral.
Apesar de que dificilmente Jurassic World: Domínio conseguirá superar Jurassic Park (fica a pergunta se algum filme sobre dinossauros o fará algum dia?), a expectativa é de que o seu último capítulo faça jus a sua franquia em termos de grandiosidade e entretenimento.
Este artigo foi escrito por Eliezer J. Santos e publicado originalmente em Prensa.li.