Descubra os investimentos mais realizados pelos brasileiros
Embora a rentabilidade deste produto esteja longe de ser das melhores, outro dado foi bem mais preocupante que este. Afinal, existe uma grande parcela da população que simplesmente não investe o dinheiro em nenhum lugar e a porcentagem de entrevistados que responderam dessa forma foi de 61%.
Outro resultado no mínimo curioso indicou que 2% dos entrevistados preferem guardar o dinheiro embaixo do seu colchão. Já deu para perceber por esses dados que o brasileiro ainda teme diversificar os investimentos e que ainda pode aprender bastante sobre esse tema.
Contudo, há espaço para novos produtos de investimento, como as criptomoedas, que atraíram os investimentos de 2% dos entrevistados, sobretudo pessoas das gerações Z e Millenials. A porcentagem de investimentos em moedas digitais aparece empatada com a de títulos públicos, ações e títulos privados.
A pesquisa explica que o retorno das aplicações geralmente tem como destino a casa própria (29% da população). Os brasileiros também pretendem manter o dinheiro guardado ou aplicado (20%) e investir em um negócio próprio (8%).
Novidades no levantamento
Pela primeira vez, foi medido no levantamento o conhecimento dos brasileiros (investidores e não investidores) sobre as instituições financeiras. Quando questionados sobre quais tipos conhecem, a maioria dos entrevistados citaram, espontaneamente, mais de uma instituição.
Os mais lembrados foram os bancos tradicionais (45%), seguidos pelos bancos digitais (10%) – que são mais mencionados pelas pessoas das gerações Z e Millenials.
Quando falamos sobre produtos de investimento, a poupança é a mais conhecida entre as pessoas de todas as classes sociais. Na sequência, aparecem as ações, os fundos de investimento, os títulos públicos e os privados.
Uso de aplicativos
No momento de realizar uma aplicação, ir pessoalmente ao banco continua sendo o meio mais utilizado por 51% da população. Neste universo, estão, principalmente, a classe D/E e pessoas das gerações X, Boomers e acima de 76 anos.
Na sequência, a internet aparece: aplicativos dos bancos são usados por 42% das pessoas e os sites por 13%. Não vou mentir que essa informação me surpreendeu já que imaginei que mais da metade da população já investisse utilizando os aplicativos.
Dificuldades econômicas
Outro aspecto observado na pesquisa foram as dificuldades econômicas vividas por milhões de brasileiros no país, pois mais da metade dos brasileiros (63%) teve perda total ou parcial de renda. O estudo indica que 16% dos entrevistados perderam o emprego e outros 25% declararam que alguém da sua residência passou por um desligamento ao longo do ano de 2021.
Para 54% dessas pessoas, a alternativa para lidar com os imprevistos financeiros foi resgatar parte dos investimentos, pedir empréstimo, fazer uso do rotativo do cartão de crédito ou cheque especial ou se desfazer de algum bem.
Porém, a maioria dos brasileiros (59%) têm a expectativa de uma melhora no cenário econômico já em 2022. As classes D e E são as mais otimistas: 62% das pessoas desse grupo acreditam na melhora do ambiente econômico. Como diria o ditado, a esperança é a última que morre.
Com o cenário atual da inflação, infelizmente, não concordo com melhoras significativas das condições de vida da população neste ano, mas torço para que isso se concretize.
Conclusão
Se você ficou curioso para conhecer os dados da pesquisa da Ambima na íntegra, deixo a seguir o link da página para que você possa consultá-la: https://www.anbima.com.br/pt_br/especial/raio-x-do-investidor-2022.htm. Espero que após a leitura desse texto, você aproveite para refletir sobre produtos financeiros que possam ajudá-lo a realizar seus projetos pessoais e profissionais.
Afinal, existe atualmente bastante conteúdo sério e gratuito disponível na internet que auxilia novos investidores a escolher produtos com melhor rentabilidade que a poupança e com a mesma segurança. Verifique se no seu banco eles também não dispõem de materiais que informem sobre os produtos financeiros ofertados.
Este artigo foi escrito por Caroline Brito e publicado originalmente em Prensa.li.