Desenho na Educação Infantil: importância na alfabetização e criatividade
O desenho é uma atividade artística e de comunicação. A presença de ilustrações auxilia no processo de aprendizagem dos pequenos.
Para as crianças, desenhar é uma tarefa é muito importante no desenvolvimento sócio emocional, motor e artístico.
Por isso, é importante que o professor saiba como trabalhar o desenho na educação infantil da melhor maneira possível.
Neste artigo, aprenda os benefícios do desenho para as crianças, sua importância no Ensino Infantil, além de dicas práticas para usar a arte como método pedagógico em suas aulas.
Quais os benefícios do desenho no desenvolvimento das crianças?
O ato de desenhar promove a coordenação motora fina, desenvolvida a partir do estímulo dos músculos das mãos e dos pés.
Esse tipo de atividade permite que a criança segure o lápis, objetos e rabisque de diferentes maneiras, além de recortar e costurar coisas.
Incentivar as crianças a desenhar e explicar o seu desenho é essencial no processo da própria construção do imaginário e da personalidade de cada uma.
Além de estabelecer relação entre realidade e imaginação, há outros benefícios que o ato de desenhar proporciona aos pequenos. Veja a seguir os principais.
Desenvolvimento Socioemocional
Quando as crianças desenham, fortalecem aspectos psicoemocionais, pois, ao produzir uma arte, elas podem expressar sentimentos como: raiva, medo, angústia, solidão, alegria e afeto.
O contato com o papel demonstra suas vivências e como influenciam os seus sentimentos.
Desenvolvimento Cognitivo
Quanto ao aspecto cognitivo, desenhar aumenta a percepção da criança acerca do ambiente em que ela vive. Pode ser o espaço familiar ou escolar.
No entanto, é importante destacar a singularidade de cada ser. No desenho é possível observar como cada criança percebe a realidade de cada lugar.
Essa concepção nunca será igual, fazendo da expressão artística algo muito importante para desenvolver a compreensão de mundo para as crianças.
Desenvolvimento Psicomotor
Ilustrar também fortalece o desenvolvimento psicomotor. As crianças começam a aplicar a coordenação motora fina através dos primeiros rabiscos.
A forma de segurar o lápis é trabalhada a partir desse momento, quando os pequenos começam a ter noções espaciais e sensoriais.
Cabe ao docente da Educação Infantil propor atividades que incentivem e ampliem esses primeiros passos.
À medida que a criança vai criando seus traços e rabiscos no papel, novas formas de segurar o lápis ou pincel vão surgindo.
A importância do desenho na Educação Infantil
Incentivar as crianças a terem contato com lápis e papel é primordial.
Quando o pequeno ser inicia os seus primeiros rabiscos, há um encontro entre o mundo real e o mundo imaginário. Esse hábito deve começar na família e ser aprimorado na escola.
Pesquisas sobre a importância do desenho na Educação Infantil, mostram que muitas produções artísticas das crianças são cenas fiéis da realidade viva.
Muitas vezes, os desenhos demonstram possíveis problemas de coordenação motora, psiconeurológicos e até familiares.
Nesses casos, quando os adultos não conseguem enxergar tais dificuldades, cabe aos professores propor as melhores soluções.
Nesse sentido, por ainda não dominarem a escrita, o desenho é a melhor maneira dos pequenos expressarem suas emoções.
No ensino infantil, as crianças começam a conhecer letras, números e formar pequenas palavras.
Desse modo, o desenho pode ser usado como método pedagógico, colaborando com as demais disciplinas da Educação Infantil.
Por isso, selecionei 4 atividades para trabalhar o desenho em sala de aula. Confira a seguir.
4 atividades pedagógicas para trabalhar o desenho na Educação Infantil
É importante que o docente incentive os alunos a usarem a arte para expressar seus pensamentos e o ambiente que os cercam.
Algumas atividades podem ajudar o professor a observar o desenvolvimento das crianças no ensino infantil.
1- Desenho livre
Essa atividade pode realizada tanto de forma individual como em duplas. O objetivo é deixar a criança se expressar por grafismos livres.
A liberdade para desenhar incentiva o uso da imaginação, proporcionando a criação de narrativas que serão transformadas em desenho.
Os materiais utilizados podem ser variados:
• Lápis de cor;
• Giz de cera;
• Lápis grafite;
• Pincéis hidrocor;
• Papel cartão;
• Cartolina;
• Sulfite.
Organize os materiais de forma atrativa em uma mesa para os pequenos escolherem os que mais lhe agradam.
2- Observação da natureza
A ideia dessa proposta é levar os alunos a observar o ambiente que o cercam. Depois eles irão retratar a realidade em forma de desenho.
Os materiais podem ser os mais simples:
• Papel cartão ou sulfite;
• Lápis;
• Giz;
• Pincel.
Na escola, você pode levar as crianças para observar o jardim ou área de lazer. Se não houver, os corredores e salas de aula também são ótimos recursos para observação e criação.
Em casa, observar o ambiente doméstico, árvores e jardins próximos também são ótimas estratégias.
3- Areia e cola
Para realizar essa atividade com os alunos o professor deve reunir materiais naturais como folhas de árvores, pedrinhas, flores secas, sementes e outros. Além da areia, claro.
A ideia é criar desenhos em papéis ou criar cartazes na cartolina usando esses materiais, auxiliando os pequenos a soltar a criatividade.
4- Narrativas
Nessa atividade, a criança pode contar histórias a partir de um desenho. Pode ser realizada em grupo ou de forma individual.
No fim da produção artística, peça para cada criança explicar o seu desenho como se estivesse contando uma pequena história.
O desenho reproduz vivências
É por meio do desenho que a criança cria e recria individualmente formas expressivas da realidade através das suas vivências.
Gradualmente, o professor irá observar o crescimento e evolução dos pequenos na aprendizagem.
Por isso, o desenho deve ser incentivado, além de trazer benefícios ao desenvolvimento dos alunos, é uma ótima ferramenta pedagógica para os professores.
Agora que você já sabe a importância do desenho na educação infantil, não deixe de conferir todas as dicas e aplicar em sala de aula.
Este artigo foi escrito por Gabriela Pereira e publicado originalmente em Prensa.li.