Dicas para não cair em golpes na hora de procurar emprego
De acordo com os dados mais recentes do IBGE, a quantidade de desempregados no Brasil beira a casa dos 12 milhões de pessoas. Os números são referentes ao primeiro trimestre de 2022 e representam 11,1% da população em idade de trabalhar. Há ainda 4,6 milhões de pessoas em situação de desalento. Ou seja, são aqueles que desistiram de procurar emprego por acreditarem que não encontram ocupação.
Apesar disso, há empregos sendo gerados todos os dias no país. Somente no mês de maio de 2022, segundo dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foram geradas mais de 277 mil vagas no Brasil. Ainda assim, muita gente continua sem ocupação formal e, o que é pior, muitos acabam caindo em golpes ao procurar por uma vaga de emprego.
Há alguns anos, o único jeito de se conseguir emprego era por meio da entrega de currículos impressos nas empresas ou por intermédio de agências. Com o avanço da tecnologia e a popularização das redes sociais e aplicativos de mensagens, muito mudou.
Hoje em dia é fácil enviar o currículo ou se candidatar a vagas de emprego sem precisar sair de casa. Aliás, é possível até mesmo trabalhar sem precisar se deslocar a determinado lugar específico. O trabalho remoto é uma realidade, e por conta da pandemia, acabou tornando-se ainda mais comum. Existem até sites especializados em oferecer esse tipo de emprego.
Em compensação, essa facilidade toda para se candidatar a uma vaga de emprego pela internet também abriu as portas para os aproveitadores e golpistas. Uma pesquisa rápida no Google ou nas redes sociais revelam uma infinidade de vagas falsas.
No entanto, reconhecer quando se trata de uma tentativa de fraude ou simples SPAM nem sempre é fácil. Mas há algumas dicas que facilitam essa tarefa de separar o joio do trigo. Vamos ver algumas a seguir:
Cuidado com e-mail do Gmail (ou outro gratuito)
A imagem acima mostra uma vaga falsa. Apesar de usar o logotipo oficial, e até mesmo o padrão de cores da empresa, há um simples detalhe que revela a fraude: o e-mail para onde enviar o currículo utiliza o domínio do Gmail. Empresas de grande porte tem suas próprias contas e domínios de e-mail. Dificilmente alguma grande companhia usará o Google com um endereço eletrônico gratuito.
Jamais pague para participar do processo seletivo
É comum encontrar ofertas de emprego na internet que exigem que o candidato pague para ser encaminhado à vaga. Outros, exigem que estes façam um curso e desembolsem dinheiro por um suposto diploma. Independente da situação, jamais envie qualquer valor para a pessoa que está recrutando. Embora existam sites e serviços de recrutamento online como Gupy, Vagas.com, Infojobs, Indeed e outros, geralmente quem paga pelo serviço é a empresa. Nunca o candidato.
Cuidado com os erros de português
Isso vale para qualquer conteúdo na internet, não só vagas de emprego. Anúncios de vagas falsas são, geralmente, recheados de erros de ortografia. É preciso ficar atento.
Busque informações em canais oficiais
A maioria das empresas tem presença na internet. Alguns têm perfis em todas as redes sociais mais relevantes. Muitas compartilham vagas diretamente em seus feeds. Em alguns casos, há companhias que contam com perfis ou páginas exclusivas para divulgar suas vagas de emprego. Muitas estão presentes no Linkedin, a rede social especializada em negócios. Para identificar se o perfil é oficial, os serviços têm uma opção para exibir se a conta é verificada.
Além disso, quase toda grande empresa tem uma seção no seu site oficial chamado de “Trabalhe Conosco”. Nesse caso ou é possível enviar o currículo pelo site ou há um link para o local utilizado pela companhia para fazer a seleção. Ou, simplesmente, é possível encontrar ali o e-mail ou número de WhatsApp do setor de RH da mesma.
Não custa nada perguntar
Esta última dica é uma continuação da anterior: não custa nada perguntar. De posse do número ou e-mail oficial do RH da companhia, é possível mandar uma mensagem para a empresa e perguntar sobre a vaga. A maioria responde rapidamente. Foi assim que fui informado, por exemplo, que a vaga mencionada no primeiro tópico não era verdadeira.
Este artigo foi escrito por Maximiliano da Rosa e publicado originalmente em Prensa.li.