😎 Do Brasil a Paris: IA para o bem de todos
O Plano Nacional de Inteligência Artificial prevê a utilização da tecnologia em uma série de áreas. Saiba mais na edição de hoje!
Olá! Além de uma nova dezena de medalhas olímpicas, o Brasil agora tem um Plano Nacional para a Inteligência Artificial. Na Prensa Tech desta semana você vê:
🌏 IA PARA O BEM DE TODOS: Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação acontece após 14 anos de hiato;
🥇 OLIMPÍADAS É TECNOLOGIA: 5G, IA, AR, VR, IOT, FR em Paris;
👩💻 MUNDO TECH: Uma curadoria com o que chamou a atenção da redação da Prensa na última semana.
Brasil lança plano de uso e desenvolvimento de IA
Prevendo o investimento de R$ 23 bilhões entre 2024 e 2028 para desenvolver e usar a inteligência artificial no Brasil, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) foi lançado na abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
As ações se dividem em cinco eixos: Infraestrutura e Desenvolvimento de IA; IA para Melhoria dos Serviços Públicos; IA para Inovação Empresarial; Apoio ao Processo Regulatório e de Governança da IA.
A Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Finep) será a principal financiadora do Plano. Está previsto um investimento total de R$ 23 bilhões para o período 2024-2028, dos quais R$ 15 bilhões serão operacionalizados pela Finep, por meio de recursos de financiamento reembolsável, subvenção econômica para empresas, investimento em participação acionária e recursos não-reembolsáveis para ICTs – Instituições de Ciência e Tecnologia.
Outros parceiros — Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Ministério da Saúde, Ministério da Educação, BNDES, CNPQ e Sebrae — contribuirão com o restante dos recursos.
Após um hiato de 14 anos, a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação começou na última terça-feira (30) com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e trouxe a público a aprovação do plano “IA para o bem de Todos”.
O evento acontece depois de mais de 200 conferências preparatórias feitas de dezembro de 2023 a maio de 2024 em todo o país. A conferência é realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e organizada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), com apoio de várias entidades nacionais, como o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict).
A ministra Luciana Santos disse que a 5ª CNCTI mostra a democracia brasileira. “Sem a participação social e popular, sem ouvir as pessoas e sem essa relação dialética, não teríamos chegado até aqui e além daqui”, disse a ministra. Ela lembrou que várias sugestões foram obtidas nas conferências livres, temáticas, distritais, estaduais e regionais em 2023, e estão sendo discutidas na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. A escuta da população brasileira continuou até o último domingo (4), de forma remota, por meio da Plataforma de Recomendações, onde qualquer pessoa pode sugerir propostas de políticas públicas.
Como a tecnologia mudou as Olímpiadas de Paris?
As Olímpiadas de Paris são as primeiras que acontecem com 5G, IA (Inteligência Artificial), AR (Realidade Aumentada), VR (Realidade Virttual) e IOT (Internet das Coisas). Com o domínio da pauta IA nas discussões ao redor do mundo desde 2022, ela também não ficaria de fora do campeonato global aguardado ansiosamente a cada quatro anos. Desde a otimização da segurança com sistemas de vigilância algorítmica até a análise de dados para aprimorar o desempenho dos atletas, a tecnologia está do inicio ao fim.
Inovações como equipamentos avançados, trajes inteligentes e sistemas de análise de dados estão cada vez mais presentes, auxiliando atletas a otimizar sua performance. Equipamentos como sapatilhas com cravos ajustáveis, varas de salto mais flexíveis e trajes de natação com tecidos tecnológicos são exemplos de como a tecnologia pode melhorar o desempenho esportivo.
O uso de smartwatches para monitorar métricas de saúde e desempenho ajudará atletas e treinadores a otimizar o treinamento e a recuperação. Tecidos inteligentes, com sensores embutidos, permitem o monitoramento em tempo real dos movimentos e sinais vitais dos atletas, oferecendo insights detalhados sobre a performance e ajudando na reabilitação pós-lesão.
A justiça nas competições também é aprimorada por tecnologias como o Árbitro Assistente de Vídeo (VAR) e o sistema Hawk-Eye, que garantem decisões mais precisas e justas. Além disso, dispositivos inteligentes e sistemas de análise de dados permitem que treinadores monitorem a performance dos atletas em tempo real, possibilitando ajustes estratégicos para maximizar o desempenho.
Em termos de sustentabilidade, Paris 2024 se destaca com iniciativas para ser a Olimpíada mais sustentável da história. Todos os espectadores serão incentivados a utilizar transporte público, bicicletas ou se deslocar a pé, com uma frota de ônibus de emissão zero em serviço.
Nos sistemas de vigilância, além do reconhecimento facial, também tem sido utilizada a análise de comportamento para monitorar e indicar possíveis riscos e atividades ilícitas. No transporte público, sistemas GPS e sensores de avaliação informam as pessoas nos pontos de parada em quanto tempo o veículo chegará e se ele tem ou não assentos disponíveis.
No que diz respeito à transmissão e compreensão das diversas modalidades esportivas, há uma série de aplicações de edição que acontecem com cortes feitos pela IA que detectam os principais lances e jogadas. Além disso, o número de dados estatísticos também tornam a experiência para quem assiste mais dinâmica, visual e factual com Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR).
No Brasil, a transmissão da Globo está inovando na cobertura dos Jogos Olímpicos de Paris. Em vez de mostrar a Torre Eiffel, a Globo decidiu apresentar ao público brasileiro a vista de dentro do símbolo da cidade. Para exibir a vista de Paris, estão sendo utilizados quase 150 m² de LED, a mesma tecnologia usada na Esfera, em Las Vegas, com resolução de 16K.
Além da vista parisiense, o estúdio olímpico também contará com recursos de inteligência artificial, utilizados para transformar fotos e vídeos feitos por satélite em projeções 3D. Outra técnica, chamada Gaussian Splatting, permitirá transformar rapidamente imagens em 2D – como a foto de um atleta brasileiro com uma medalha – em elementos 3D, que aparecem ao lado dos apresentadores durante o programa.
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🌏 MUNDO TECH
UMA CURADORIA ESPECIAL DA REDAÇÃO PRENSA COM NOTÍCIAS SOBRE TECNOLOGIA, TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E INOVAÇÃO
🤳 Congresso dos EUA aprova projeto de leis para proteger crianças e adolescentes na internet: Os textos determinam que as plataformas devem proteger menores de idade dos conteúdos considerados problemáticos e perigosos. Eles estabelecem limites na comunicação dos demais usuários com crianças e impõem controles parentais mais rigorosos nas redes sociais. Os legisladores estão atualmente pressionando por um projeto de lei que abrangeria a todos, não apenas as crianças.
🥇 Tecnologia criada na USP ajudou a preparar equipe brasileira de judô: Chamado iSports, o software é baseado em modelos estatísticos. Foi concebido para ser uma espécie de “olheiro” esportivo, inicialmente aplicado ao futebol. O programa realiza testes e armazena resultados físicos e técnicos, gerando gráficos, tabelas e parâmetros que permitem aos profissionais da modalidade analisar os dados e interpretá-los, sendo uma ferramenta de auxílio para verificar o desempenho dos atletas.
📺 O YouTube é a plataforma de streaming mais acessada nos aparelhos de televisão estadunidenses: Há dois anos, a empresa abandonava os planos de investir em produções próprias e voltava a apostar em conteúdo gerado pelos usuários. A busca por experiências mais casuais em meio ao confinamento fez a audiência do YouTube via TVs disparar durante a pandemia, e o sistema que uniu criadores e público segue forte mesmo depois do lockdown.
📃 Conheça o criador do app que promete ajudar usuários a cultivarem suas próprias bases de dados: Gather é um novo aplicativo para arquivar, organizar e curar informações online. Desenvolvido pelo programador Spencer Chang, o serviço visa substituir grupos individuais onde links e referências se perdem em mensagens desorganizadas. O Gather está disponível para iOS e Android.
🧠 Por que a inteligência artificial nunca se igualará à mente humana: O escritor e jornalista David Brooks acredita que o medo da inteligência artificial ignora um princípio básico: a mente humana não funciona como uma máquina. Enquanto a IA carece de autoconsciência, emoções, agência e uma visão de mundo única, o cérebro humano combina o consciente e o inconsciente, a racionalidade e a intuição, a lógica e o emocional de formas ainda misteriosas.
Essa foi a sua Prensa Tech desta segunda. Voltamos na próxima semana! 😉