Autonomia e praticidade são destaques positivos
O movimento crescente em direção ao Open Banking é, para 79% dos brasileiros, positivo. Isso é o que aponta o levantamento feito pela Axway, multinacional líder em soluções de APIs aplicadas no Open Banking.
As maiores vantagens relatadas foram os serviços de pagamento facilitados, as ofertas mais vantajosas e produtos personalizados. Também foram mencionados maior facilidade para obter empréstimos e diversidade de serviços financeiros oferecidos.
A pesquisa, que ouviu cerca de mil pessoas no Brasil, revelou que 46,3% já sabem o que é o Open Banking, 46% já ouviram falar, mas ainda não sabem o que é, e 7,7% nunca ouviram falar sobre.
“O levantamento mostra que, ao compreenderem o que é o Open Banking, os brasileiros são receptivos à novidade e detectam quais as principais vantagens que podem obter com o sistema. Os serviços de pagamento facilitados, que ocorrem por meio dos iniciadores de pagamento, como Pix e WhastApp, facilitaram as transações entre diferentes instituições financeiras”, explica Claudio Maia, Líder de Open Banking da Axway na América Latina.
O Pix, que completou 1 ano de existência em novembro de 2021, foi responsável por mais de 50 milhões de transações por dia desde seu lançamento. São mais de 70% de transações bancárias realizadas pelo iniciador e 104,4 milhões de pessoas que já fizeram Pix – o que representa 62,4% da população adulta do país.
Outro fator essencial do compartilhamento de dados é que ele facilita a comparação de ofertas e serviços. O Open Banking, como sabemos, oferece ao brasileiro mais praticidade e menos burocracia, especialmente durante processos como troca de instituições financeiras.
“Em posse de seus dados, os consumidores têm o poder de comparação e decisão. É uma grande vantagem”, afirma Maia.
Mas o brasileiro ainda se preocupa
Ainda que seja um processo inovador com muitas vantagens, o Open Banking causa preocupações e questionamentos quanto às mudanças. Para os brasileiros que não veem o sistema como positivo, 54,4% afirmam que se preocupam em não ter controle sobre quem tem acesso às suas informações.
Existe também o receio de que que os aplicativos financeiros monitorem continuamente as atividades financeiras, além de causar desconfiança ao compartilhar os dados com aplicativos que não sejam do banco do usuário.
“Vemos que a segurança e a privacidade ainda são a maior preocupação. Por isso, o Banco Central determina que o compartilhamento dos dados deva ocorrer apenas com o consentimento do consumidor, que pode revogar essa autorização a qualquer momento”, explica Cláudio Maia.
Além de assegurar o cidadão brasileiro de que as regras de compartilhamento de dados serão cumpridas rigorosamente, os bancos e as instituições financeiras devem escolher soluções voltadas para as demandas de seguranças. Um bom caminho é optar por APIs que atendam às exigências e políticas de segurança.
“O Open Banking é uma grande revolução para empresas e consumidores, mas precisa ocorrer de forma segura para que todos possam aproveitar as oportunidades”, conclui Claudio Maia.
Paralelo a isso, também é primordial investir em medidas de educação financeira e digital, algo que deve ser um esforço conjunto, e contínuo, entre o BC e as instituições financeiras.
Dessa forma, é possível construir uma mentalidade madura voltada às práticas da economia aberta, para que cada brasileiro compreenda que aderir ao Open Banking é uma escolha segura e vantajosa tanto para o usuário quanto para as instituições financeiras.