Dopamina está ligada ao seu cansaço
A Sociedade atual está em constante busca pela felicidade, contudo, ninguém nunca conseguiu realmente descrevê-la.
O que muito se tem dito é que a felicidade advém do prazer. Uns dizem que do prazer geral (como no hedonismo) outros, do prazer eterno (como prega o cristianismo). Mas nunca se chega a um consenso.
Prazer e Vício
Os prazeres atuais vão de encontro ao estoicismo e, até mesmo, o hedonismo. Ainda que no segundo o prazer era pilar fundamental, não era o prazer viciante, descontrolado. E, infelizmente, é esse tipo de prazer que há na atualidade.
Burn-Out, ansiedade, e doenças do século XXI
O Burn-out, a ansiedade, a depressão, nada mais são do que doenças advindas da imoderação da comunidade em relação a tudo, e existem teses relacionadas ao uso continuado das redes sociais.
A exposição exacerbada às telas, as mil notificações durante o dia e a constante checagem de bips só geram desfoque e sensação de cansaço ao fim do dia.
Dado isso, esse texto tentará explicar o motivo de você se sentir tão cansado (ou tão elétrico). Talvez, no fim, você consiga traçar sua própria solução para isso.
De onde vem?
Vício vem da palavra latina que significa defeito. Todavia, atualmente, existem 2 grandes conotações relacionadas a essa palavra: a) defeito b) dependência.
Primeiramente, é necessário compreender que o vício advém do descontrole do uso de determinado objeto, podendo gerar a compulsão.
A compulsão, normalmente, só se alivia momentaneamente, por já ter se tornado uma doença. Ela está interligada com o sistema nervoso central e, consequentemente, com a liberação de dopamina, endorfina, entre outras substâncias, as quais são liberadas em menores proporções cada vez que se é gerado o gatilho.
Ou seja, na primeira vez que você toma cafeína vai fazer mais efeito do que na quinta vez, se for a mesma quantidade da substância, e isso também ocorre com outras substâncias que levam ao vício.
Logo, todo o sistema viciante se baseia em um pivot central: a pessoa precisa adicionar uma maior quantidade para gerar um efeito parecido. E aí que está o problema, pois gera, obviamente, um ciclo vicioso, que não consegue, muitas vezes, se encerrar sem ajuda.
E como saber se é vício?
Para determinar se uma ação contém vício, tem-se que verificar a quantidade e o lapso temporal entre uma e outra ação, ou seja, o tempo da compulsão.
Alguns dos elementos característicos são a perda de controle, em que o desejo e a vontade se sobrepõem à razão. Dessa forma, o indivíduo sabe que não deve, só que faz mesmo assim.
Outro problema bem evidente é o desenvolvimento da tolerância da pessoa à substância e, paradoxalmente, o efeito da intolerância à falta desse mesmo item.
Como sair?
Chamada também de roda de ratos, muitas vezes, as pessoas viciadas sentem-se rodando em círculos, sem ter perspectiva de um futuro.
Existem diversas formas de vício e compulsões, entretanto, as mais comuns entre os jovens, redes sociais e internet, ainda não possuem um sistema de prevenção nem de acompanhamento.
A filosofia traz, de formas variadas, uma visão modificada dessa utilização dos meios digitais. É mister relembrar que existem diversas correntes filosóficas, desde as religiosas, até as puramente socráticas, incluindo as terapêuticas.
O importante é procurar uma em que se foque na desaceleração desse consumo desenfreado de dopamina, e em como utilizar essa substância de forma “correta” de modo a não prejudicar a pessoa.
Terapia, Introspecção
Muitas pessoas agem tão no automático que não se conhecem de verdade. Esquecem até mesmo do que gostam e de como é um tempo de auto cuidado.
A busca incessante pela produtividade, no final, só termina em burn-out e em pouca produtividade.
Já sabe qual decisão tomar? Espero que sim
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Este artigo foi escrito por Maria Renata Gois e publicado originalmente em Prensa.li.