O que dizem os números
A empresa líder de gerenciamento de APIs, Axway, promoveu uma pesquisa publicada em março deste ano, na qual revela que quase 80% dos entrevistados não comprariam de varejistas cujo site apresente insegurança em relação a dados privados de seus clientes.
Das cerca de mil pessoas ouvidas no país, 86% romperiam relações com empresas que sofreram um ciberataque. Os dados indicam ainda que 56% dos consumidores nunca fariam negócios com tais corporações. Afinal, isso mostraria vulnerabilidade nos procedimentos tecnológicos.
Assim, chega-se ao ponto focal deste artigo: “quem tem confiança na segurança de um site de e-commerce?”
A noção de que o crescimento das operações comerciais pela internet quereria preocupação com cibersegurança é antiga. O comportamento do consumidor é parâmetro determinante. Afinal, é ele o foco em si.
“Diante disso, a falta de segurança nesta modalidade de compras é apontada como um dos principais fatores que ainda inibem a adoção e o crescimento do comércio eletrônico”, afirmam os criadores do artigo “E-commerce: privacidade, segurança e qualidade das informações como preditores da confiança".
Dia das Mães no e-commerce
Em 2021, a data comemorativa mais esperada pelo comércio em geral depois do Natal foi vivida em plena pandemia. Dessa maneira, análises e levantamentos estatísticos podem parecer inusitados. Ainda assim, o movimento foi considerado saudável tanto por comerciantes presenciais quanto e-commercers.
A pandemia enclausurou os consumidores em seus lares. A saída foi ir às compras online. Segundo analistas da Neotrust, o e-commerce abocanhou quase 7 bilhões de reais do total movimentado no comércio em geral na quinzena anterior ao Dia das Mães, incluindo o próprio dia. Dessa maneira, a linha do gráfico de vendas subiu 15% se comparado a 2020.
O faturamento aumentou, mas a quantidade de operações diminuiu em 5% em relação ao ano anterior. O que aparentemente seria uma contradição é explicado pelo aumento do valor médio de compra, o chamado “tíquete”. Os 14 milhões de negócios firmados significaram 475 reais em média, alta de 21%.
O mercado de e-commerce associa o menor número de operações justamente ao receio, à não confiança no instante de informar os dados pessoais. Entretanto, o aumento no tíquete médio aumentou também as expectativas. Afinal, 2020 e 2019 tinham apresentado retração de 30% e 1,4% respectivamente.
O que fazer pela cibersegurança
Toda e qualquer invenção chega a dois públicos constantes: os bons usuários e os usuários mal-intencionados. Foi assim desde a descoberta do fogo e a invenção da roda. Até mesmo remédios podem ser instrumentos de mau uso.
Com a internet, não haveria de ser diferente. Os cibercriminosos estão à espreita do menor descuido na segurança.
Nesse cenário, diz-se que a atenção à cibersegurança, em especial à segurança no e-commerce, precisa ser constante. E com progressão geométrica na intensidade de atenção.
Algumas medidas são já conhecidas; outras dependem de certo nível de expertise das equipes gestoras. Elas geralmente precisam de apoio de especialistas.
Educação operacional
Os colaboradores precisam de instrução constante sobre novas técnicas usadas por hackers. Atualização do conhecimento do mercado de cibersegurança é forte aliado da manutenção da imagem corporativa em relação à segurança de dados.
Senhas
Proprietários de e-commerce precisam rever periodicamente os níveis de acesso oferecidos pelas senhas de seus colaboradores. Bom percentual de problemas com cibersegurança se origina em operações internas inadequadas ou mesmo maliciosas.
Cobrança das plataformas
As plataformas que hospedam e-commerce têm interesse em cibersegurança. Afinal, detêm algum nível de responsabilidade sobre os serviços que dispõem. Mantenha boa relação com os gestores hospedeiros e certifique-se de que estão atentos a esse fator determinante.
Backups
A equipe gestora de e-commerce certamente depende de colaboradores. Estes precisam estar conscientes da importância de backups efetivos. Boa parte dos incidentes de qualquer importância pode ser revertida com esse procedimento.
HTTPS robusto
Confira com certa constância o processo de indexação do site nos mecanismos de busca. Mantenha contato com as plataformas de pesquisa para conhecer atualizações ideais. O teor de cibersegurança pode estar contido em parte nesse procedimento.
Os certificados de segurança devem ser confiáveis sempre. Além disso, é bom acompanhar links externos eventualmente associados ao seu site. Os destinos de tais links precisam ser conferidos por equipe específica.
Melhor ação pró-cibersegurança
Investir em parceiros especializados em cibersegurança é, de longe, a melhor maneira de proteger os dados dos clientes de e-commerce. Afinal, as equipes operacionais internas têm suas respectivas funções e devem atuar segundo seus objetivos.
Portanto, todo e-commerce efetivo e de sucesso precisa de apoio externo confiável. O mercado de bons profissionais de cibersegurança está atento às ações de criminosos cibernéticos. São esses profissionais a melhor opção para manutenção dos dados pessoais confiados por clientes.
Um parceiro de confiança em cibersegurança tem importância crucial. Pode evitar que um e-commerce faça parte de listas de negativação.
Portanto, o protocolo de cibersegurança não abraça somente os dados do e-commerce em si. Visa em especial os dados dos clientes que, de certa maneira, são os mais vulneráveis.
E os mais vitimados.
Este artigo foi escrito por Serg Smigg e publicado originalmente em Prensa.li.