💎 E o DREX? O que a BC# diz sobre a moeda digital
Um olhar detalhado sobre o futuro financeiro do Brasil
Boa quinta feira, mundo Open!
Na edição anterior da Prensa Open falamos sobre Open Finance. Hoje chega ao fim a nossa série de newsletter sobre os pontos discutidos pela Agenda de Inovação do Banco Central (BC#) com um capítulo especial sobre o DREX.
Real digital e a tokenização da economia
O DREX é um marco na evolução do sistema financeiro brasileiro, com a promessa de revolucionar três dimensões chave:
Eficiência Bancária:
A introdução do conceito de tokenização nos ativos e passivos promete melhorias no controle de riscos, colaterais, financiamento, gestão de ativos, análise de dados, liquidação e produtos financeiros.
Eficiência nos Pagamentos Digitais:
Servindo como uma ponte para o ambiente de finanças descentralizadas (De-Fi), o DREX trará inovações regulatórias para o setor, aumentando a eficiência na intermediação financeira.
Eficiência em Contratos e Registros:
A plataforma possibilitará maior automação e segurança nos processos contratuais e registros, potencializando a inovação financeira.
Trilema: dilema entre privacidade, programabilidade e descentralização
Um dos grandes desafios do DREX é equilibrar a privacidade, a programabilidade e a descentralização dos serviços. A solução para esse trilema envolve integrar a privacidade à blockchain de forma eficiente, sem comprometer a validação das operações pelos bancos ou o acesso regulatório do Banco Central.
A Parfin, uma das empresas envolvidas no projeto, desenvolveu um sistema que permite a criptografia das transações enquanto mantém a programabilidade dos contratos inteligentes, embora ainda haja desafios quanto à escalabilidade dessa solução.
Outras propostas, como a Confidential Space do Google Cloud, também estão sendo exploradas, mas nenhuma solução madura foi estabelecida até agora.
Piloto Drex: O projeto Real Digital entra em uma nova fase diretrizes
O projeto do Real Digital, agora na fase piloto, tem diretrizes claras para o desenvolvimento da plataforma do DREX. As principais etapas incluem:
Desenvolvimento de uma DLT Multiativo com Hyperledger Besu.
Simulação de transações e fragmentação de ativos.
Ampliação dos testes, incluindo a governança por contratos inteligentes e a inclusão de novos ativos e reguladores.
As expectativas para 2024 e 2025 envolvem a participação de novos proponentes e a expansão das funcionalidades da plataforma, sempre com um olhar atento às necessidades regulatórias e de governança.
Expectativas para nossa moeda digital
O DREX tem o potencial de democratizar o acesso aos serviços financeiros, especialmente para aqueles que estão excluídos ou possuem acesso precário ao sistema financeiro tradicional. Ao reduzir os custos de transação e eliminar intermediários, o DREX pode transformar áreas como remessas internacionais e microtransações, além de oferecer novas oportunidades de inovação financeira por meio de contratos inteligentes.
Com essa tecnologia, processos burocráticos como a compra e venda de automóveis e imóveis, ou mesmo pagamentos de aluguel e salários, podem ser automatizados, reduzindo a intervenção manual e aumentando a eficiência operacional.
O Banco Central do Brasil está comprometido com a excelência e segurança na implementação do DREX, o que inclui uma abordagem estratégica e cautelosa na exploração de novas soluções de privacidade e casos de uso.
Neste podcast do Instituto Brasileiro de Executivos e Finanças - IBEF é possível acompanhar um pouco mais sobre as expectativas dos especialistas para o DREX.
Até a Prensa Open da semana que vem!