Eles e Nós!
A muito tempo se fala sobre a polarização no mundo. Nos EUA existe até hoje o sentimento de “nós” contra “eles”, como se um lado do espectro político representasse o bem, e o outro o mal. Na Europa houve o mesmo sentimento em diversos países por diversas pautas, como no BREXIT, que resultou na saída do Reino Unido da União Europeia. No Brasil não é diferente, pelo contrário, cada vez fica mais nítido essa divisão do “bem” contra o “mal”.
A praticamente um ano das eleições 2022, a corrida pelo mais alto cargo do executivo segue quente e, porque não dizer, tensa. A CPI da Covid cada vez expõe mais o atual governo, a pandemia foi transformada em pauta política de ambos os lados, novos nomes surgem como possíveis candidatos para presidente e velhos nomes surgem como alternativas. Manifestações pró governo (democráticas ou não, mas deixo isso a critério do leitor(a) ) e contra o governo, marcaram os últimos dias, sem falar na atual crise que estamos enfrentando, tudo isso é um combustível a mais para 2022.
Qual caminho será escolhido pela maioria da população ano que vem? Não faço ideia. Mas acredito que o próximo(a) presidente terá a missão mais difícil de todas, unir um país que não quer ser unido mas, pelo contrario, quer continuar vivendo separado e acreditando apenas em suas verdades, elas de fato sendo verídicas ou não. Para muitos é mais fácil e cômodo, se alienar do debate do que participar do mesmo ou pior, levar o baixo nível que tanto vemos nas redes sociais para esses debates.
O questionamento que aqui quero deixar, é se um país rachado é o melhor caminho para que possamos galgar novos objetivos, enfrentarmos os obstáculos e os superarmos, fazendo nossa economia e nossa nação crescer novamente.
Talvez seja a hora de virarmos a chave, e trocarmos o pronome “ELES” por “NÓS”.
Este artigo foi escrito por Patrick Gulart e publicado originalmente em Prensa.li.