O e-lixo desponta como uma crise financeira e ambiental, com repercussões diretas para os consumidores e sua saúde financeira. Tess Buckley, membro do grupo de trabalho ESG da The Payments Association, destaca a necessidade urgente de as empresas de pagamentos liderarem uma economia circular, abordando questões relacionadas à obsolescência programada e seu impacto no meio ambiente, na privacidade do consumidor e na vida daqueles envolvidos na extração de materiais.
A obsolescência programada, um modelo prevalente entre as grandes empresas de tecnologia, visa impulsionar atualizações frequentes de dispositivos, maximizando os lucros, mas gerando significativo e-lixo. A demanda consistente por novos materiais também contribui para a escravidão moderna na fabricação e extração de materiais. Para enfrentar esses desafios, Buckley sugere uma transição para uma economia tecnológica circular, diferenciando atualizações de segurança da obsolescência programada e defendendo práticas sustentáveis.
Com grandes empresas de tecnologia ingressando no setor bancário, as empresas de pagamentos desempenham um papel fundamental em afastar uma cultura de "sabotagem de software". A complexa relação entre atualizações para obsolescência programada e aquelas para segurança de pagamento requer consideração cuidadosa. Embora regulamentações específicas visem abordar essas questões, uma mudança coletiva e urgente em direção a uma economia tecnológica circular é imperativa.
Por isso, empresas de pagamentos precisam liderar a iniciativa, defendendo práticas sustentáveis, apoiando uma economia circular e diferenciando atualizações focadas em segurança para garantir um futuro mais sustentável, seguro e ético.
Fonte: The Fintech Times