Escalonando negócios com SaaS, código aberto e arquitetura sem servidor
Não basta somente atender demandas dos mais variados tipos, é necessário a criação de um ecossistema digital que integre processos, cultura e produtos com maior velocidade.
O ponto de partida para empresas que desejam aumentar seu retorno sobre investimento (ROI) é proporcionar um ambiente mais produtivo para os times de tecnologia, fornecendo-lhes maior infraestrutura, colocando seus usuários no centro das decisões e acelerando resultados.
Diversas Startups digitais, firts e fintechs estão incorporando novas tecnologias, que lhes permitem inovar, sem aumentar custos com recursos técnicos ou capital humano.
São três pilares tecnológicos responsáveis por atenderem demandas de alta exigência:
Software as a Service (SaaS): Esse modelo disponibiliza software e soluções tecnológicas por meio da internet, fornecendo alta acessibilidade. A grande vantagem para as empresas que utilizam é a facilidade de consumirem esses serviços, sem ter que criá-los.
Nesse modelo, as empresas não precisam se preocupar em instalar, em manter e atualizar hardwares ou softwares.
Arquitetura sem servidor: permite criar e executar aplicações e serviços, sem utilizar nenhuma infraestrutura física local. Os servidores são gerenciados pelas respectivas plataformas, que possibilitam aos desenvolvedores se dedicarem à criação de códigos, sem se preocuparem com as operações de servidores ou tempos de execução em ambientes de nuvem.
Dessa forma, os desenvolvedores conseguem otimizar seu tempo, investindo no desenvolvimento de produtos escaláveis e confiáveis.
Código aberto: Trata-se de fornecer acesso a bibliotecas de softwares existentes, que podem ser integradas aos códigos de propriedade das empresas.
Cada abordagem tecnológica acima citada atende requisitos específicos de negócios, apresentando diversos benefícios significativos, como integração simplificada, facilidade de upgrade, proporcionando pouco investimento inicial.
Dá-se ênfase, a partir de agora, nos benefícios que cada uma delas proporciona às empresas que as utilizam.
Benefícios e desenvolvimento de negócios com o SaaS, Arquitetura sem servidor e código aberto
Acoplar um provedor SaaS em seu negócio garante maior assertividade nas decisões de compra, identificando clientes em potencial.
Por exemplo, a equipe de marketing da Apollo, empresa líder global em gestão de ativos e soluções tecnológicas, precisava converter mais leads de entrada.
Cerca de 40% das solicitações de reuniões agendadas pela equipe não estavam sendo convertidas. Eles sabiam que precisavam consertar seu funil de entrada, antes de investir mais pesado em aquisição digital.
Optaram pela Chili Piper, uma consultoria de tecnologia, como solução para seu problema de conversão de entrada. Implantaram o Chili Piper Concierge, uma ferramenta que qualifica automaticamente o lead, encaminha para o vendedor e exibe um agendador para que eles reservem um horário instantaneamente.
Implementaram essa ferramenta em sua página de solicitação de demonstração para encaminhar leads ao representante apropriado no momento do envio do formulário. Adicionaram também ao seu aplicativo, para ajudar na conversão de usuários de testes, que impulsionou a expansão do negócio.
A Apollo viu um aumento significativo de 50% nas reuniões de marketing Inbound reservadas em seu site. Desse modo, foram capazes de intensificar com segurança os esforços de aquisição, aumentando sua receita em 300% mesmo com uma equipe de vendas com metade do tamanho.
Outro exemplo prático de como um SaaS de código aberto pode resolver problemas ou adaptar-se a necessidades específicas é a Rocket.Chat. Uma plataforma de gestão de comunicação que estimula a criação de chats, grupos e canais facilitando a comunicação entre empresa e cliente.
Vale destacar que ela pode ser integrada à ferramentas e aplicativos como Slack, Facebook, WhatsApp entre outras. Além disso, tem como modelo de negócio, o Open Source, um software de código aberto que permite ser visto, modificado e compartilhado por qualquer pessoa.
O jornal britânico The Guardian entendeu ser necessário investir em arquiteturas sem servidor, à medida que o número de assinantes aumentava.
O desafio era orquestrar o fluxo de dados interno entre o sistema de bancos de dados primário e todos os sistemas de terceiros.
Com a falta de integração dos sistemas, não era possível ver quantos clientes conseguiam cumprir todo caminho, através do fluxo de trabalho de checkout online do novo assinante.
Os problemas de confiabilidade resultavam em clientes que não recebiam seus documentos porque essa informação não aparecia nos bancos de dados do jornal.
Utilizando-se de arquitetura sem servidor da AWS (Amazon), a equipe de desenvolvimento da GNM (The Guardian) implementou Step Functions, uma ferramenta que simplifica a coordenação de aplicativos e micro serviços distribuídos, adicionando tarefas específicas, coordenando sistemas de trabalhos usando fluxos de trabalho visuais.
Isso tornou o processo de orquestração de aplicativos e negócios mais automatizado e confiável, com dados atualizados sobre todos os assinantes. A entrega passou a ser mais consistente e pontual para milhares de assinantes.
Para que o SaaS, arquitetura sem servidor e código aberto agreguem valor aos seus negócios, é necessário que se repense completamente a estratégia de TI, colocando estes profissionais como protagonistas do negócio.
Desenvolvedores e heads devem promover rupturas em suas arquiteturas tecnológicas, redesenhando processos, incorporando novas abordagens, através de sistemas que detém maior segurança e agilidade.
E os líderes que conseguirem gerenciar estas tarefas irão adquirir as capacidades organizacionais necessárias para aumentar sua penetração em outros mercados, impulsionando crescimento em suas companhias de forma progressiva.
Três chaves para destravar valor através da arquitetura sem servidor, SaaS e código aberto.
O sucesso aparece quando as empresas aplicam as três áreas descritas a seguir.
1. Conceber a arquitetura de TI
As empresas devem repensar totalmente a forma como abordam a arquitetura de TI em termos de perspectiva no suporte à criação de negócios.
Pensando em obter maior agilidade no processo, através de unidades implantáveis menores que resultem em entregas mais rápidas, que aumentam a adaptação às mudanças.
Neste contexto, é fundamental investir tempo para tomar as melhores decisões de arquitetura de baixo nível, tais como as funções síncronas e assíncronas.
Por exemplo, uma empresa asiática de petróleo foi capaz de configurar a infraestrutura tecnológica em 12 semanas de forma rápida, escalável, sem se preocupar com o número de solicitações simultâneas.
Em seguida, adicionou serviços para apoiar tarefas como aquisição de dados visuais de câmeras em movimento autônomo, upload de dados para armazenamento e extração de camadas de insumos relevantes.
Conceber novas estratégias, pensando em melhorar a funcionalidade, permitirá às empresas adentrarem em novos cenários, projetando mudanças capazes de reestruturar processos a uma velocidade diferente do que é possível atualmente.
Com o SaaS e arquitetura sem servidor eliminam-se despesas operacionais, o que possibilita um dimensionamento mais rápido, sem influenciar na infraestrutura já existente.
2. Investir em ferramentas e equipes de produtos de tecnologia
Aplicar melhores práticas resulta em maior sincronismo de atividades, reduzindo a complexidade arquitetônica. As equipes devem se apoiar na reestruturação de modelos operacionais nativos de nuvem.
Preocupando-se com interações arquitetônicas e desenvolvimento de funcionalidades e auto recuperação em novas capacidades, assim como escalonamento sob demanda.
As organizações que investirem nessas ferramentas estarão sempre um passo à frente dos concorrentes, ainda mais se usufruírem dos componentes dos aplicativos SaS, sem servidor conectando funções adicionais conforme necessário.
3. Desenvolvimento nos processos de integração
A abordagem sem servidor requer equipes em sintonia, que tenham expectativas parecidas sobre integração e gerenciamento de interação dos ativos e provedores existentes.
Se faz necessário aplicar uma disciplina capaz de garantir maior funcionalidade dos requisitos tecnológicos, estes que permitem o bom funcionamento dos ativos existentes com a arquitetura sem servidor.
Com abastecimento de serviços adicionais para assegurar que os endpoints, eventos e controles de acesso otimizados sejam aproveitados.
Conclusão
O SaS, a arquitetura sem servidor e o código aberto estão emergindo como ativos importantes nas operações das indústrias. É necessário alinhar as operações de tecnologia com o core do negócio, para tirar o máximo de proveito dessas ferramentas nessa cadeia de valor que cresce globalmente.
Este artigo foi escrito por Rainier Luidgi e publicado originalmente em Prensa.li.