Estamos no Inverno ou no Verão das Criptomoedas e NFTs?
Sempre haveria uma série de acontecimentos aleatórios que impediria o presente de mudar - Antes que o Café esfrie
A frase inicial resume bastante o que está acontecendo atualmente no mercado de criptomoedas. Ainda que ela seja retirada de um livro de ficção japonês (que está sendo um best-seller mundialmente) parece que se aplica diretamente ao mercado financeiro.
Inverno? Verão? Qual estação?
As criptomoedas não estão nos seus melhores dias, e todos sabemos disso. No meu 1º artigo aqui na Prensa, eu falo justamente na possibilidade de estourar uma “bolha” dos NFTs, que AINDA não foi rompida.
Agora, voltando para o plano real das coisas: Se no hemisfério norte é inverno, no sul - obrigatoriamente - é verão, certo? Bem, esse princípio é o que está sendo aplicado aqui (para alento dos investidores).
A OpenSea — maior mercado para negociar NFTs do mundo — demitiu 20% de sua equipe nos últimos meses, dizendo que a demissão em massa ocorreu após a queda dos valores de vendas e de valuation referentes aos NFTs.
O maior medo da empresa atualmente é uma queda do crescimento de forma abrupta, depois dos recordes de 2021, já que o mercado dos tokens não fungíveis teve uma rápida expansão, mas uma longa queda.
Até o Neymar está no meio
No início do Hype vários artistas compraram inúmeros itens digitais por valores bem salgados. No entanto, Neymar perdeu mais de 5 milhões nas compras dos macaquinhos mais cobiçados da internet (The Bored Ape) nos últimos tempos. Contudo, a série de acontecimentos aleatórios que está na primeira linha deste artigo está prestes a surgir, e talvez, seja a solução para isso tudo.
Inesperado e Cobiçado
Com a famosa frase “tenha seus amigos perto, e seus inimigos mais perto ainda” O Itaú implementou um sistema de criptoativos. É claro que a Holding não quer que a descentralização da blockchain cresça sem ela estar dentro do mercado, e isso você pode entender mais aqui, onde eu falo sobre a questão dos Bancos x Criptomoedas.
É mister relembrar que as criptomoedas possuem um conceito de descentralização de poder, buscando romper com os monopólios das instituições bancárias. Dessa forma, a entrada de um dos maiores bancos do Brasil nesse cenário mostra que os oligarcas estão a todo custo tentando refrear esse rompimento.
O Itaú ainda anunciou que está aderindo à tokenização, ou seja, ele vai emitir, distribuir e negociar ativos financeiros digitalizados — em outras palavras, os ativos tradicionais vão ter suas representações digitais. Esse novo Item do Banco será chamado de Itaú Digital Assets, e obviamente, é um pé no mundo dos criptoativos.
Mas não é só o Itaú que está nessa rodada. A própria Nubank já criou seu sistema de venda de criptoativos, ainda que de forma bem incipiente. A parceria do roxinho com a Shopee é só mais uma inovação na tentativa de crescimento perante esse novo mercado que visa romper com a tradição das instituições financeiras.
Você deve se perguntar: mas o Nubank não é nada convencional, por que está ocorrendo isso?
Então, a empresa roxinha aboliu o home-office, criando um novo modelo de trabalho híbrido, intitulado de “nu way of working”. Nele, os funcionários trabalharão 2 meses de forma remota e 1 semana no escritório. A companhia afirma que esse novo sistema foi implementado após amplas pesquisas sobre o futuro do trabalho e análises de dados internos. O objetivo, dizem eles, é tornar o ambiente similar ao pré-pandemia, centralizando o foco em estratégias e atividades para o time trabalhar em conjunto.
This is the end, Hold your Breath and count to ten - Adele
Como eu disserto nesse artigo daqui, a única saída para os criptoativos, bem como os NFTs, resistirem a esse inverno é se popularizando, ou seja, tornando-se viáveis de serem comprados pelo homem de classe média.
Inclusive, o Nubank implementou na sua plataforma no último mês, a possibilidade de se comprar criptomoedas, mas ainda não se pode vendê-las nem comprar itens com essa forma de pagamento (o que é bem controverso).
Então, será que esse inverno no pólo norte será um verão no polo sul? Será que os NFTs super caros vão, sim, se desvalorizar mas haverá um aumento de NFTs comprados e consumidos pela classe média? Ou as consequências climáticas e o aquecimento global vão equiparar todo o globo? Cenas para os próximos capítulos.
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Este artigo foi escrito por Maria Renata Gois e publicado originalmente em Prensa.li.