Estratégia brasileira para a transformação digital: Insights sobre CIAM para o Open Banking e LGPD
O Brasil está passando por uma grande transformação digital, especialmente quando consideramos o lançamento do PIX, Open Banking e LGPD. Para Spencer Bybee, estas iniciativas vieram que quase ao mesmo tempo para empresas brasileiras e muitas delas estão procurando a melhor maneira de se adequarem a estes processos.
Quando questionado sobre o que tudo isso representa para o mercado, Peter Barker acredita que a jornada está ocorrendo rapidamente, a do Open Banking, por exemplo, terá sua 2ª fase em julho e 3ª fase em agosto.
Para ele, muitas empresas olham para isso como apenas um mandato de conformidade, porém, na realidade todos esses mandatos dizem respeito de como os negócios serão conduzidos no futuro. O que implica em uma enorme oportunidade para clientes competirem de uma forma totalmente diferente. “Não é apenas cumpri9r, mas encontrar uma maneira diferente de competir”.
Já Allan Foster acredita que há duas formas diferentes de ver essa questão (cumprir x competir). Algumas das empresas estão receosas, pois veem nessa abertura novos regulamentos e oriundos deles ameaças ao seu negócio. Normalmente são aquelas empresas que buscam cumprir o mínimo para estar em conformidade com o regulamento. Por outro lado, temos os clientes ansiosos, que pensam nos regulamentos como oportunidade.
Segundo Peter Barker, muito da transformação digital está focada em como tudo está conectado e sob demanda, o que ocasiona nas elevadas expectativas dos consumidores e as experiências que estes demandam.
“O essencial em tudo isso, e para possibilitar isso, é ter uma base de identidade muito forte, para que você possa conectar todas essas coisas, não apenas fisicamente, mas, também logicamente”. Superar tais expectativas com experiências personalizadas, este é o grande tema da transformação digital para Peter.
Outro ponto importante quando falamos de transformação digital é como está foi impactada e acelerada pela pandemia de COVID-19. Para Peter Barker, houve uma grande mudança nos canais de consumidores, uma transição de canais físicos para online.
Ao mesmo tempo, esse processo expôs pontos fracos das organizações como entregar experiências de clientes ao consumidor final. A partir disso, muitas empresas estão descobrindo que não possuem identidade de infraestrutura centralizada e harmonizada. Logo, estão tendo dificuldades em entregar a experiência perfeita aos seus clientes.
Há dois pontos importantes. Há alguns anos temos falado da necessidade da transformação digital e muitas empresas a adotaram. O que a pandemia fez foi pegar uma rota alternativa e mais curta. “Sempre pensamos que a transformação digital era paralela a tudo o que estávamos fazendo. E de repente em 2020 foi tudo o que fizemos”, comenta Allan Foster.
Para Peter, os consumidores de hoje preferem uma via rápida, ou seja, não querem nenhum atrito com sua experiência. Uma das mudanças geradas pela pandemia foi a migração para nuvem, mas a questão salientada por Peter e que muitas empresas não podem simplesmente enviar tudo para a nuvem de um dia para o outro. É preciso fazer da maneira correta.
Quer entender um pouco mais sobre a palestra? Vem conferir o vídeo!
Este artigo foi escrito por Spencer Bybee e publicado originalmente em Prensa.li.