O Open Insurance é mais um passo que o Brasil dá ao Open Everything - um conceito que visa a abertura de dados através de APIs padronizadas, permitindo que sejam reutilizados ou trocados entre diferentes serviços. Um grande exemplo já em voga desse princípio é o Open Banking.
A ideia central continua sendo a mesma: dar poder de decisão ao cliente (pessoa física ou jurídica) sobre o compartilhamento de dados com as instituições participantes do sistema de seguros aberto no Brasil. Com o acesso facilitado e automatizado aos dados, as diferentes instituições podem criar produtos inovadores e facilitados.
Por parte de seguradoras, e demais organizações autorizadas a funcionar pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, o compartilhamento padronizado de dados e serviços é feito por meio de APIs (Application Programming Interfaces). Você pode ler mais a fundo sobre APIs neste artigo.
Os benefícios do Open Insurance para o cliente são diversos, como pode-se observar abaixo:
Cliente no controle – Como já mencionado, é o cliente quem vai escolher como, quando e com quem compartilhar os seus dados por meio do pedido de consentimento à seguradora detentora dos dados.
Segurança e privacidade – Outro fator importante, o compartilhamento dos dados só poderá ser feito com consentimento do cliente. O processo é 100% digital e realizado dentro de um ambiente seguro.
Praticidade – O cliente poderá compartilhar seus dados com a seguradora escolhida sempre que desejar, a qualquer hora e em qualquer lugar, de um jeito prático e acessível.
Compartilhamento gratuito - O acesso aos dados será concedido para a seguradora credenciada que o cliente desejar e o Open Insurance proporciona o direito de compartilhamento gratuito deles.
Como está a implementação do Open Insurance hoje?
A 1.ª fase entrou em vigor no dia 15 de dezembro de 2021, com a abertura e padronização de dados das seguradoras. São informações sobre canais de atendimento, produtos e serviços, que serão disponibilizadas em três partes ao longo do primeiro semestre de 2022.
A 2.ª fase está prevista para o início de setembro de 2022, e contempla o compartilhamento de dados do consumidor, que poderá compartilhar dados com as seguradoras de preferência. Tudo feito por meio de consentimento, que pode ser revogado a qualquer momento.
Por último, em dezembro, a 3.ª fase é esperada para oferecer serviços à escolha do consumidor, que terá acesso a produtos sem a necessidade de acessar os canais das seguradoras com as quais já tem relacionamento.
A linha do tempo, a seguir, detalha cada fase da implementação do Open Insurance:
Imagem: Susep
O que esperar dos próximos passos?
O Open Insurance vai proporcionar aos consumidores uma rede mais ampla de produtos e serviços de seguros com maior agilidade, conveniência e segurança.
Espera-se que, além da integração da prestação de serviços de seguros a partir do compartilhamento de dados, novos modelos de negócio possam surgir com foco no cliente.
Com isso, o consumidor poderá ter acesso a produtos personalizados e com condições mais favoráveis às necessidades e interesses, enquanto ganha maior visibilidade e controle dos produtos contratados.
Confira nesta live, com participação do Líder em Open Banking na Axway, Claudio Maia, como a implementação do Open Insurance promete mudar nosso relacionamento com os Seguros.