Um dos grandes protagonista do Open Banking pode ser o Reino Unido, por ser o pioneiro nesta nova abordagem bancária e que apresentou um desenvolvimento distinto e inicial de normas e padrões. Porém outros países tem ganhado terreno dentro desse contexto e na América Latina, além do Brasil, vale destacar os avanços do México.
Para entender o desenvolvimento desse sistema, Carlos Figueredo , fundador e CEO da Open Vector, empresa de consultoria de Open Banking, discorre em sua palestra a jornada de implantação do Open Finance no México e quais as perpectivas para o futuro.
No caso do México, o país viu na experiência do Reino Unido uma oportunidade, não somente como uma questão regulatória e nasceu no pais como um esforço de mercado combinado a orientação de regulador.
Para Figueredo "o segmento de open banking no México é altamente regulamentado, com um grande foco no mercado". Isso exigiu uma estrutura bastante particular e também o contato com instituições internacionais, que dispunham de estrutura para poder ajudá-los. Com base nisso foram estabelecidos ps padrões.
O México estudou o modelo pioneiro de Open Banking e teve tempo suficiente para se educar sobre a prática de Open Banking e Open Finance antes de serem levados a cumprir os padrões. A estrutura, segurança e complexidade do sistema britânico serviu de inspiração para o México.
Um primeiro passo foi a Lei de Fintech, publicada em 9 de março de 2018, que tem por objetivo regulamentar a fintechs, seu funcionamento dentro do sistema financeiro mexicano e as transações em criptomoedas.
A Lei de Fintech se aplica a 27 subsetores de finanças, não apenas bancos, mas associações, cooperativas, bolsas de valores e casas de câmbio. O Open Finance surge como oportunidade para cruzar diferentes setores, ou seja, ir além da produão de produtos e serviços bancários.
A lei mexicana de fintech abrangerá mais de duas mil entidades como parte da iniciativa Open Finance.
O importante não apenas a inovação ou mudanças técnicas que acontecerem dentro das fintechs, afirma Figueredo. A ideia era ir atrás de aprovações e tentar entender o que estava acontecendo. No final das contas, "não estamos falando de bancos, mas de consumidores".
Para o CEO todo esse processo está relacionado com inclusão social. "Devemos incluir a todos, não somente as pessoas bancarizadas, mas as não bancarizadas também, por isso no México vimos uma grande oportunidade de avaliar estes aspectos".
Quer saber mais sobre o Open Finance no México? Assista na íntegra a palestra de Carlos Figueredo!
Este artigo foi escrito por Carlos Figueredo e publicado originalmente em Prensa.li.