A adoção de múltiplos gateways para a administração de APIs é uma tendência do mercado. Essa configuração é popular porque otimiza as funções de segurança e armazenamento e torna as infraestruturas mais eficientes.
Porém, ao mesmo tempo em que existem esses benefícios, há também algumas dificuldades. Afinal, quanto mais portais uma empresa tem, mais difícil é a tarefa de observar cada um deles e identificar quem está consumindo. Além disso, manter APIs que não conversam entre si tem um custo mais alto.
Os desafios crescem na medida em que novas APIs são adicionadas, especialmente quando falamos em ambientes híbridos.
Tráfego de API externo x interno
A utilização de dois gateways é um padrão em muitas empresas, sendo um para uso externo e outro para uso interno. Isso acontece porque cada ambiente tem suas demandas de segurança e agilidade.
Quando se trata do uso interno, os usuários têm mais disposição para lidar com vários processos. A vantagem desse sistema é que, em caso de falha ou ataque a uma estrutura, a outra parte segue funcionando normalmente. Além disso, existe a redução de custos que os portais internos trazem para administrar os processos.
No ambiente externo, porém, é interessante investir mais na experiência do usuário, já que clientes e parceiros não conhecem os sistemas internos.
Implantação local x Nuvem x Implantação híbrida
A maioria das empresas em transição de uma infraestrutura local para a nuvem escolhe novos gateways de API. Dois dos principais motivos são:
Um gateway de API que os atendeu bem na implantação local não atende às necessidades emergentes de nuvem;
Certos recursos de gerenciamento de API vêm empacotados com novos aplicativos ou sistemas baseados em nuvem.
As empresas totalmente comprometidas com a nuvem geralmente usam dois gateways por dois ou três anos, enquanto é feita a transição de APIs e funcionalidades do antigo gateway de API local para o novo gateway de API na nuvem.
Para a maioria, no entanto, ter vários gateways de API é uma situação permanente, pois optam por uma arquitetura híbrida que mantém alguns aplicativos no local enquanto move outros para a nuvem.
De acordo com uma pesquisa com 550 tomadores de decisão de TI realizada pela Axway, 51% dos aplicativos são executados em arquiteturas em nuvem. Embora este seja um marco importante, significa que 49% dos aplicativos ainda são executados no local em servidores físicos ou virtuais.
Governança central x local
A Lei de Conway afirma que a forma como uma organização é estruturada refletirá em como o software pode ser construído. Podemos observar que as multinacionais, por exemplo, usam vários gateways para atender às demandas específicas de áreas diferentes.
Deixar a administração de cada gateway com o seu respectivo time agiliza a distribuição de dados e regulações, e traz um crescimento no portfólio de APIs. Esses vários gateways são resultado da união entre diversos sistemas de TI.
A adição de novos gateways geralmente acontece quando uma empresa identifica novas necessidades de segurança e monitoramento. Usar uma arquitetura híbrida nesse momento é uma escolha inteligente porque isso possibilita um suporte mais específico para cada estágio do ciclo de vida das APIs. Mas apesar dessas vantagens, existem alguns desafios que surgem com a adoção da arquitetura híbrida:
Governança e segurança
As políticas e configurações são diferentes entre os fornecedores de gateways, o que leva a um desafio duplo: o de conhecer todos os recursos afetados, suas configurações e quais políticas cabem ali; e o da implementação de uma política em diferentes soluções de gerenciamento de APIs.
Visibilidade de consumo
Como cada gateway é normalmente vinculado a um único portal, ter vários gateways de APIs cria uma experiência em silos desde a governança até o consumo. O consumidor não consegue descobrir e acessar facilmente todas as APIs e os produtores não têm uma visão centralizada de quem as está utilizando.
Custos
Manter uma arquitetura híbrida pode ser caro. Dependendo do tamanho da equipe, sua empresa pode precisar de assistência externa. Além disso, o que é feito em um gateway precisa ser feito no outro também. Há ainda a possibilidade de trabalho dobrado, já que com vários gateways a identificação das APIs fica mais difícil, e isso traz o risco de as equipes criarem APIs que já existem. A mesma dificuldade de identificação pode impossibilitar a reutilização dessas APIs.
Depuração e monitoramento
Cada gateway vem com o seu próprio log, o que dificulta a determinação da causa de um problema; o isolamento da API em questão é a correção desse problema. Nesse meio tempo, várias mensagens incorretas seguem sendo distribuídas, o que significa ainda mais tempo e trabalho para corrigir essas falhas.
A meta, então, deve ser diminuir a construção de novos sistemas e focar na manutenção de ecossistemas, centralizando o que for preciso e distribuindo o que for possível. Nem todas as APIs têm que ser administradas pelo mesmo gateway, e escolher as ferramentas certas vai dar a liberdade para cada área trabalhar com o que funciona melhor.
Ter fácil acesso a todo o ambiente digital é determinante para atingir a eficiência que sua empresa precisa para continuar crescendo em ritmo acelerado. O objetivo da Axway é simplificar a administração e a integração dessas APIs. A plataforma central da Axway é aberta, e permite acesso total a todas as ferramentas com o objetivo de trazer uma visão ampla de toda a integração.
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Este artigo foi escrito por Luis Franco e publicado originalmente em Prensa.li.