A guerra do amanhã na verdade é agora!
Quem nunca imaginou o fim do mundo como nos filmes que atire a primeira pedra.
Em A guerra do amanha, novo blockbuster da Amazon Prime, temos Chris Pratt viajando no tempo para tentar salvar o mundo que está perdendo a batalha contra alienígenas em 2051. O que não é nem um pouco original, muito menos criativo mas te prende na frente da televisão do inicio ao fim e te faz desejar ter visto nos cinemas.
Mesmo depois de cuidar de dinossauros, enfrentar Thanos e hibernar por 30 anos, nosso amado Pratt agora é Dan Forester professor de biologia e ex- militar que carrega nas costas o peso de tentar salvar sua família e, consequentemente, o mundo. Após algumas tentativas sem sucesso o governo agora recruta civis para lutar essa guerra quase perdida e é aí que Dan entra com toda sua inteligência e charme. Resumindo tudo sem muito spoiler, ele é recrutado e tenta fugir mas não consegue, viaja no tempo e lá encontra o verdadeiro motivo pelo qual lutar. Mas no meio disso tudo o tempo acaba e ele é jogado, literalmente, no presente e o mais incrível ou irônico nisso tudo é perceber que o futuro só será salvo no nosso presente.
Cheio de ação, ficção cientifica e um belo drama familiar, o enredo mostra que se os mais velhos não cuidarem do presente, pode não existir um futuro para os seus filhos e netos. Isso soa familiar para você?
A guerra do amanhã é uma história que nos faz pensar sobre o futuro. Afinal, ter medo do desconhecido atinge todo mundo em algum momento da vida e deixa qualquer um ansioso e nervoso. Mas, não muito diferente do filme, temos uma noção do que nos espera lá na frente porque o futuro é fruto de nossas escolhas. Aquilo que decidimos fazer hoje pode alterar todo o rumo da nossa vida, por menor que seja.
Vivemos em uma guerra e, como a arte imita a vida, nossa juventude está sem esperança querendo acreditar que existe um futuro. Se no filme vemos um pai disposto a largar tudo para salvar sua filha, no real não poder ser diferente. Uma frase do filme que ficou famosa é de que o mundo precisa de mais cientistas, mas a real é que necessitamos de mais pessoas como Dan Forester dispostas a estender a mão para quem está ao seu lado.
Não é hora de reter afeto e muito menos de soltar a mão uns dos outros, mas de colocar na vitrine aquilo que temos e sentimos de melhor.
A guerra do amanhã é apenas para nos lembrar que a nossa verdadeira guerra já começou e uma convocação para amar o próximo na vida real!
Chegar de cuidar só de si né, lute pelos seus.
Imagem de capa - Divulgação
Este artigo foi escrito por Janine Eunice Reis e publicado originalmente em Prensa.li.