Integração de APIs: padrões e boas práticas

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Integrar sistemas e garantir a comunicação eficiente entre eles é um desafio enfrentado por muitas organizações. A necessidade de sincronizar times, equipes e sistemas em larga escala pode interromper fluxos de produtividade e causar obstáculos significativos. 

É nesse contexto que as APIs (Interfaces de Programação de Aplicativos) surgem como uma solução para padronizar e otimizar a forma como os sistemas se conectam. No entanto, apenas a implementação das APIs não é suficiente — é essencial adotar uma abordagem estratégica abrangente, considerando padrões e boas práticas de integração.

Nas palavras de Daniel Dias, LATAM Tech Sales Director na Digibee, em sua palestra no API Connect Conference 2023:

“As APIs não são suficientes sozinhas, e elas não são suficientes porque elas precisam estar conectadas. E quando a gente olha cada uma dessas conexões a gente percebe que tem muita coisa acontecendo ali. Design, code, teste, deploy, debug, evolução, manutenção, descomissionamento... Sem falar em segurança, governança, monitoração.”

É aqui que entra a pergunta: 

Como gerenciar o caos por trás das APIs?

A necessidade de tornar informações e dados acessíveis tanto para parceiros de negócio quanto para clientes é um fator complexo. Somada à diversidade de sistemas - legados e modernos - e de soluções que surgem para resolver problemas de integração, essa necessidade pode se tornar, também, cara de gerenciar.

Para lidar com estes desafios e promover uma integração eficiente, é necessário adotar uma arquitetura moderna de integração. Essa arquitetura proporciona autonomia aos desenvolvedores, removendo dependências e permitindo conexões flexíveis entre os sistemas. Para Daniel Dias, 

“Integração não é mais uma atividade somente técnica. Eu começo a convidar o ecossistema para falar de integração uma vez que eu entendo que ela é uma atividade que empodera, que habilita —  integração é uma atividade contínua que eu implemento, monitoro e melhoro.”

Princípios fundamentais da arquitetura moderna de integração

• Os três pilares 

A arquitetura moderna de integração se baseia em três pilares: Cloud Native, Full Lifecycle e Low Cost. Ela envolve migrar de uma arquitetura centralizada para uma descentralizada e dinâmica, permitindo que desenvolvedores se concentrem em desenvolver aplicativos e otimizar a experiência dos clientes.

Essa abordagem busca otimizar os recursos, reduzir custos e promover a modularidade e reutilização de componentes em nome de melhorar a agilidade e fornecer uma melhor experiência aos consumidores.

• Capacidades necessárias para lidar com o cenário de integração

Essas capacidades incluem resiliência, gerenciamento distribuído, padrões de integração reutilizáveis, flexibilidade para incorporar novas tecnologias, segurança robusta e componentes globais.

• Infraestrutura baseada em Kubernetes 

O Kubernetes é a base de qualquer plataforma ou arquitetura moderna de integração. Ele permite a construção de infraestruturas imutáveis, desacopladas e de alto desempenho, garantindo a proteção dos fluxos de dados e facilitando a integração de sistemas.

• Adoção de padrões de integração 

Os padrões de integração, como consistência de dados, automação de processos e serviços compostos, permitem que a organização trabalhe com integrações modernas e promovam a agilidade em escala.

• Habilitação dos desenvolvedores

Ao adotar uma arquitetura moderna de integração, os desenvolvedores ganham autonomia para acessar e consumir dados de diferentes sistemas de forma simples e padronizada. A descentralização controlada permite que os desenvolvedores construam soluções respeitando os padrões globais definidos pela equipe de arquitetura.

Por onde começar

Ao implementar uma arquitetura moderna de integração, as organizações podem superar os desafios e o caos causados pela complexidade. A ordem, então, é definir os requisitos, analisar as APIs disponíveis, implementar as integrações necessárias, testar a integração e monitorar o desempenho. É importante ter uma documentação clara das APIs e integrações, para que outros desenvolvedores possam entender e utilizar corretamente as plataformas disponibilizadas. 

Também é fundamental investir em segurança, protegendo as APIs e assegurando que apenas usuários autorizados tenham acesso a elas, além de considerar a escalabilidade da solução, visando permitir que ela possa lidar com um grande volume de requisições e crescer conforme a demanda.

“Com o desenvolvimento de integrações resolvido, desenvolvedores passam a focar no stream de dados. Erros são facilmente evitados e os padrões facilmente implementados. Ao passo que, ao final do dia, nós começamos a ter um cenário mais organizado — com sistemas core, business capabilities, canais e camadas de integração conectando sistemas core independente da interface disponível, ajudando na criação das APIs”, conclui Daniel.

Com uma abordagem adequada, as integrações de APIs podem se tornar poderosas ferramentas para impulsionar a inovação e melhorar a eficiência nas organizações. Acesse o canal Prensa Tech no Youtube e conheça as melhores práticas e estratégias para impulsionar suas ideias.

*Artigo escrito com base na fala de Daniel Dias, LATAM Tech Sales Director na Digibee, em sua palestra Integrações - o segredo para resolver o caos atrás das APIs no API Connect Conference 2023.